Ecologia da pesca artesanal no Lago Paranoá - Brasília-DF
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-29052024-114235/ |
Resumo: | A pesca artesanal em reservatórios urbanos fornece renda e proteína barata à população carente. No Lago Paranoá (DF), a pesca profissional esteve proibida entre 1966 e 1999, tendo sido localizada durante este trabalho (1999-2000). Os objetivos deste estudo foram caracterizar a pesca no Lago Paranoá, visando fornecer subsídios para sua liberação. Estimou-se que há 55 pescadores ativos, que provém das cidades mais carentes do Distrito Federal. Pescam sozinhos ou em duplas, em canoas à remo e as artes de pesca utilizadas são a batida (64,7% das pescarias), a tarrafa (31,1% das pescarias) e a espera (4,2% das pescarias). O total de pescado capturado foi 62,50 toneladas em 1.498 viagens e 21,4 pescadores por mês (41,7Kg/viagem). Das espécies capturadas, 84,9% foram tilápia nilótica Oreochromis nitoticus, 11,1% de carpa comum Cyprinus carpio e 4,1% das demais espécies. O pescado é comercializado diretamente nas ruas e feiras das cidades-satélites ou vendido a atravessadores e donos de bar. Os pescadores conseguem R$1,23/Kg pela venda do pescado no atacado e R$2,12/Kg no varejo. Apesar desta alta rentabiliade, desde 1992 a atividade pesqueira está desestruturada. Em conseqüência, os pescadores deixaram de vender o pescado para intermediários e de contratar ajudantes, se unindo a outros pescadores para custear o material. Durante este trabalho, muitos pescadores estavam desistindo da atividade pesqueira, em busca de outros empregos, geralmente menos rentáveis. Felizmente, a liberação da pesca em dezembro de 1999 tende a mudar este quadro, gerando emprego, renda e proteína barata a população carente do Distrito Federal |
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