Mensuração e avaliação da dor pós analgesia raqui-peri combinada durante o trabalho de parto: um enfoque experimental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zambrano, Érika
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09052007-102806/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram mensurar a intensidade de dor durante o trabalho de parto com ou sem analgesia raqui-peri combinada através de métodos psicofísicos, quais sejam estimação de categorias (escala analógica visual-VAS) e de estimação de magnitude, verificar a estabilidade, validar a escala psicofísica de percepção da dor e caracterizar os descritores de dor durante o trabalho de parto. Os métodos psicofísicos utilizados foram estimação de magnitudes e emparelhamento intermodal. Quatro experimentos foram realizados: Experimento 1 - Tarefa de determinação de limiares de dor; Experimento 2 - estimação de magnitudes e estimação de categorias, Experimento 3 - estimação de magnitudes e comprimento de linhas e Experimento 4- validação da escala psicofísica. Participaram 68 parturientes (42 receberam analgesia e 26 sem analgesia), internadas no centro obstétrico do Hospital do interior do estado de São Paulo, idade entre 18 a 35 anos, com feto único, estado físico ASA I ou II e que estavam em trabalho de parto. As diferentes sensações de dor foram avaliadas a cada 60 minutos (após a rotina obstétrica), até a finalização do parto (parturientes que não receberam analgesia) ou até a realização da analgesia de parto indicada pela equipe médica. A analgesia de parto foi realizada por meio da técnica raqui-peri combinada. Quinze minutos após a instalação do cateter uma nova avaliação da dor foi realizada, quando o período de observação foi finalizado. O trabalho de parto com ou sem analgesia foi de responsabilidade da equipe médica, não tendo o pesquisador influenciado, a participante poderia ou não ter aceitado. Os resultados obtidos foram que cada participante apresentou um tempo próprio na determinação do seu limiar. Os aspectos fisiológicos e psicológicos evidenciam que a dor é uma experiência única e individual. Para comparação da intensidade da dor durante o trabalho de parto nos grupos com analgesia (após medicação) e sem analgesia, através do teste estatístico de Mann-Whitney, constatou-se que houve uma diferença significativa entre as intensidades de dor nos 2 grupos (p<0,001). A escala psicofísica da intensidade de dor antes da analgesia foi validada com o expoente de 0,63, depois da analgesia o expoente foi de 0,95 e sem analgesia o expoente foi de 0,91. O coeficiente de correlação de Kendall (W) aplicado a estimação de magnitude e comprimento de linha antes, depois e sem analgesia, mostrou W=0,46, W=0,90 e W=0,66 respectivamente, indicando correlação entre os dados. Os descritores de dor mais atribuídos pelas parturientes durante o trabalho de parto foram insuportável, desesperadora e terrível.
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Quatro experimentos foram realizados: Experimento 1 - Tarefa de determinação de limiares de dor; Experimento 2 - estimação de magnitudes e estimação de categorias, Experimento 3 - estimação de magnitudes e comprimento de linhas e Experimento 4- validação da escala psicofísica. Participaram 68 parturientes (42 receberam analgesia e 26 sem analgesia), internadas no centro obstétrico do Hospital do interior do estado de São Paulo, idade entre 18 a 35 anos, com feto único, estado físico ASA I ou II e que estavam em trabalho de parto. As diferentes sensações de dor foram avaliadas a cada 60 minutos (após a rotina obstétrica), até a finalização do parto (parturientes que não receberam analgesia) ou até a realização da analgesia de parto indicada pela equipe médica. A analgesia de parto foi realizada por meio da técnica raqui-peri combinada. Quinze minutos após a instalação do cateter uma nova avaliação da dor foi realizada, quando o período de observação foi finalizado. O trabalho de parto com ou sem analgesia foi de responsabilidade da equipe médica, não tendo o pesquisador influenciado, a participante poderia ou não ter aceitado. Os resultados obtidos foram que cada participante apresentou um tempo próprio na determinação do seu limiar. Os aspectos fisiológicos e psicológicos evidenciam que a dor é uma experiência única e individual. Para comparação da intensidade da dor durante o trabalho de parto nos grupos com analgesia (após medicação) e sem analgesia, através do teste estatístico de Mann-Whitney, constatou-se que houve uma diferença significativa entre as intensidades de dor nos 2 grupos (p<0,001). A escala psicofísica da intensidade de dor antes da analgesia foi validada com o expoente de 0,63, depois da analgesia o expoente foi de 0,95 e sem analgesia o expoente foi de 0,91. O coeficiente de correlação de Kendall (W) aplicado a estimação de magnitude e comprimento de linha antes, depois e sem analgesia, mostrou W=0,46, W=0,90 e W=0,66 respectivamente, indicando correlação entre os dados. Os descritores de dor mais atribuídos pelas parturientes durante o trabalho de parto foram insuportável, desesperadora e terrível.The aim of this study was to measure the pain intensity during labor with or without combined spinal-epidural analgesia utilizing psychophysical methods, whether they be category estimations (visual analogical scale VAS) , or magnitude estimations, to verify the stability, to validate the psychophysical scale of pain perception, and to characterize the pain descriptors during labor pain. The psychophysical methods utilized were magnitude estimations and cross-modal matching. A total of four experiments were performed: Experiment 1 Pain threshold determination task; Experiment 2 magnitude estimations and category estimations; Experiment 3 magnitude estimations and line lengths; and Experiment 4 psychophysical scale validation. The study was comprised of 68 parturients (42 received analgesia, and 26 without analgesia), admitted in the Obstetrics center of the Interior Hospital in the state of Sao Paulo, age ranging from 18 to 35, with a singleton fetus, physical state ASA I or II, and who were in labor.The diverse pain sensations were assessed every 60 minutes (after obstetric routine), until the the end of labor (parturients who did not receive analgesia) , or until the application of labor analgesia recommended by the medical team.The analgesia was applied by means of combined spinal epidural analgesia . Fifteen minutes after installing the catheter, a new pain assessment was carried out when the observation period was concluded. Labor with or without analgesia was the responsibility of the medical team, not undergoing influence from the researcher, and the participant could accept or decline. The results were that each participant presented personal timing in determining their threshold. The physiological and psychological aspects evidenced that pain is a unique and individual experience.For the comparison of pain intensity during childbirth labor in the groups with analgesia and the groups without analgesia (after measurement), utilizing the Mann-Whitney statistical test, a significant difference between the pain intensities for both groups (p<0,001) was found. The psychophysical scale for pain intensity before analgesia was validated with the exponent 0,63, after analgesia the exponent was 0,95, and without analgesia 0,91. Kendall`s correlation coefficient (W) was applied to the magnitude estimations and the line-lengths before, after and without analgesia , W=0,46, W=0,90, and W=0,66 resepctively, indicating correlation between the data. The parturients` most attributed pain descriptors during labor were: unbearable, despairing, and terrible.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSousa, Fatima Aparecida Emm FaleirosZambrano, Érika2007-04-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09052007-102806/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:51Zoai:teses.usp.br:tde-09052007-102806Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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