Caracterização e evolução clínica dos pacientes portadores de oclusão da artéria carótida interna: estudo comparativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-30012018-102523/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A estenose carotídea de origem aterosclerótica é um importante marcador de aterosclerose sistêmica avançada. A oclusão (obstrução completa da artéria) é rara e corresponde ao evento morfológico final da progressão da placa de ateroma na bifurcação carotídea. Muitos pacientes são sintomáticos no momento do diagnóstico e apresentam novos sintomas neurológicos na evolução apesar de tratamento clínico adequado. A literatura médica é escassa em determinar os principais fatores que podem levar a oclusão carotídea. A participação e intensidade das comorbidades e/ou fatores de risco, associados a dados demográficos peculiares foram pouco explorados. OBJETIVOS: Caracterizar o paciente com oclusão carotídea (OC) quanto a aspectos demográficos, doenças associadas e fatores de risco; detectar novos eventos neurológicos, cardiovasculares e óbitos no seguimento clínico destes pacientes. MÉTODO: Informações demográficas, clinicas e evolutivas de pacientes com oclusão carotídea e estenose carotídea não significativa foram recuperadas de um banco de dados compÍetado prospectivamente e complementadas com prontuário hospitalar e novos dados obtidos via convocação e/ou entrevista telefônica. RESULTADOS: No período de janeiro de 2005 a janeiro de 2013 foram analisados 213 pacientes portadores de OC e 172 portadores de estenose hemodinamicamente não significativa (ENS), ou abaixo de 50%. Foram analisados 4 dados demográficos e 9 fatores de risco, bem como sintomas neurológicos na apresentação e na evolução. No grupo OC predominaram indivíduos do sexo masculino, hipertensos, tabagistas, portadores de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), insuficiência renal crônica (IRC) com significância estatística em relação ao grupo ENS (p < 0,05).\\.Entre os pacientes com OC, 76,1% apresentaram sintomas neurológicos inicialmente contra 35,5% do grupo ENS (p = 0,000001). Quanto à evolução, os pacientes com OC apresentaram progressão significativa da estenose carotídea contralateral, quando comparada com a progressão da estenose nas carótidas do grupo ENS. (15,0% e 2,3%, p = 0,00011). O aparecimento de novos sintomas foi determinado pelo estado clínico de apresentação dos pacientes: 10,8% de novos sintomas nos inicialmente sintomáticos e 4,3% nos assintomáticos (p = 0,0218). Constatou-se maior número de óbitos na amostra OC (14,1%) do que na ENS (6,4%) com diferença significativa (p = 0,0150). CONCLUSÕES: OS pacientes portadores de OC apresentam maior prevalência de fatores de risco e comorbidades e maior mortalidade que o grupo ENS. No seguimento, os pacientes que se apresentavam sintomas neurológicos no momento do diagnóstico foram aqueles que mais desenvolveram novos eventos neurológicos. Este estudo representa um esforço em identificar uma amostra da população com estenose carotídea que pode necessitar de diagnóstico precoce e intervenção clínica vigorosa na prevenção de novos eventos e/ou óbitos |
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Caracterização e evolução clínica dos pacientes portadores de oclusão da artéria carótida interna: estudo comparativoCharacterization and natural history of patients presenting internal carotid occlusion: omparative studyAcidente vascular cerebralArtéria carótida internaAteroscleroseAtherosclerosisCarotid artery diseasesCarotid artery internaCarotid stenosisClinical evolutionDoença das artérias carótidasEstenose das carótidasEvolução clínicaStrokeINTRODUÇÃO: A estenose carotídea de origem aterosclerótica é um importante marcador de aterosclerose sistêmica avançada. A oclusão (obstrução completa da artéria) é rara e corresponde ao evento morfológico final da progressão da placa de ateroma na bifurcação carotídea. Muitos pacientes são sintomáticos no momento do diagnóstico e apresentam novos sintomas neurológicos na evolução apesar de tratamento clínico adequado. A literatura médica é escassa em determinar os principais fatores que podem levar a oclusão carotídea. A participação e intensidade das comorbidades e/ou fatores de risco, associados a dados demográficos peculiares foram pouco explorados. OBJETIVOS: Caracterizar o paciente com oclusão carotídea (OC) quanto a aspectos demográficos, doenças associadas e fatores de risco; detectar novos eventos neurológicos, cardiovasculares e óbitos no seguimento clínico destes pacientes. MÉTODO: Informações demográficas, clinicas e evolutivas de pacientes com oclusão carotídea e estenose carotídea não significativa foram recuperadas de um banco de dados compÍetado prospectivamente e complementadas com prontuário hospitalar e novos dados obtidos via convocação e/ou entrevista telefônica. RESULTADOS: No período de janeiro de 2005 a janeiro de 2013 foram analisados 213 pacientes portadores de OC e 172 portadores de estenose hemodinamicamente não significativa (ENS), ou abaixo de 50%. Foram analisados 4 dados demográficos e 9 fatores de risco, bem como sintomas neurológicos na apresentação e na evolução. No grupo OC predominaram indivíduos do sexo masculino, hipertensos, tabagistas, portadores de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), insuficiência renal crônica (IRC) com significância estatística em relação ao grupo ENS (p < 0,05).\\.Entre os pacientes com OC, 76,1% apresentaram sintomas neurológicos inicialmente contra 35,5% do grupo ENS (p = 0,000001). Quanto à evolução, os pacientes com OC apresentaram progressão significativa da estenose carotídea contralateral, quando comparada com a progressão da estenose nas carótidas do grupo ENS. (15,0% e 2,3%, p = 0,00011). O aparecimento de novos sintomas foi determinado pelo estado clínico de apresentação dos pacientes: 10,8% de novos sintomas nos inicialmente sintomáticos e 4,3% nos assintomáticos (p = 0,0218). Constatou-se maior número de óbitos na amostra OC (14,1%) do que na ENS (6,4%) com diferença significativa (p = 0,0150). CONCLUSÕES: OS pacientes portadores de OC apresentam maior prevalência de fatores de risco e comorbidades e maior mortalidade que o grupo ENS. No seguimento, os pacientes que se apresentavam sintomas neurológicos no momento do diagnóstico foram aqueles que mais desenvolveram novos eventos neurológicos. Este estudo representa um esforço em identificar uma amostra da população com estenose carotídea que pode necessitar de diagnóstico precoce e intervenção clínica vigorosa na prevenção de novos eventos e/ou óbitosINTRODUCTION: Carotid stenosis is an important marker of severe systemic atherosclerosis. Internal Carotid occlusion (ICO) is rare and represents the final event when it comes to atherosclerotic plaque progression at the carotid bifurcation. Many patients are symptomatic when diagnosed with this condition and some of them will present more neurologic symptoms despite proper clinical management. So far only few studies have investigated if more comorbidities andjor risk factors, associated to demographic characteristics can lead to ICO. OBJETIVES: To identify the patient with ICO as regard to his demographic data, associated diseases and risk factors. Primary end-points were new neurologic events, cardiovascular symptoms and deaths during follow-up. METHOD: A prospective database was completed with demographic data and clinical information from patients with ICO and from a control group of patients with a non-significant stenosis (NSS), ar below 50%. Information was collected retrospectively from clínical records and missing data were completed with a medical appointment or teJephone interview. RESULTS: From [anuary 2005 to [anuary 2013, 213 patients with ICO and 172 patients with NSS were studied. Demographic data, risk factors for atherosclerosis and neurological symptoms at diagnosis and during follow-up were verified. Among patients with [CO there were more men and those with history of smoking, and more patients presenting with peripheral arterial disease (PAD) and chronic renal failure (CRF) than those in the NSS group (p < 0,05). At the time of diagnosis 76.1% of patients with ICO were symptomatic, while 35.5% in the NSS group (p=0.000001). Patients in the ICO group presented significant progression of the contralateral stenosis when compared to progression on any side in the control grouP\'\"(15.0% versus 2.3%, p = 0.00011). New symptoms were determined by the patient\'s clinical status. As regard to new neurological symptoms during follow-up, 10.8% of those initially symptomatic (both groups combined), presented new symptoms, opposed to 4.3% of those initially asymptomatic (p=0.0218). Number of deaths was significantly higher among patients in the ICO group (14.1% versus 6.4%, p=0.0150). CONCLUSIONS: Patients presenting with ICO have more risk factors and higher mortality by any cause. Those initially symptomatic will likely present more neurological symptoms during follow up. This study aims to identify those who are more at risk before the occlusion and could benefit of earJy diagnosis and vigorous c1inical intervention before new neurological events andjor deathBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Erasmo Simao daMulatti, Grace Carvajal 2017-11-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-30012018-102523/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-30012018-102523Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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