Drenagem biliar endoscópica paliativa em obstrução biliar maligna distal: comparação entre próteses metálica e plástica. Uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-07082024-145920/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Os tumores de vias biliares em estágios avançados apresentam mau prognóstico. A abordagem paliativa por meio da drenagem biliar endoscópica é considerada o tratamento de escolha das obstruções biliares malignas distais (MBDO) irressecáveis e/ou inoperáveis. Várias questões surgem sobre quais tipos stents biliares devem ser utilizados nesses casos. Esta revisão reúne informações da mais alta qualidade sobre os dois tipos de prótese disponíveis. OBJETIVO: Comparar stent plástico versus stent metálico na MBDO e avaliar qual deles é mais benéfico no cuidado desses pacientes. MÉTODOS: Elaboração de metanálise de ensaios clínicos randomizados (ECR) de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA). Realizou-se pesquisa abrangente nas fontes Medline (PubMed), Central Cochrane Library, EMBASE, LILACS e literatura cinzenta, para identificar ECR comparando sucesso clínico, taxa de reintervenção, eventos adversos, taxa de disfunção do stent e sobrevida média. A diferença de risco (RD) e a diferença média (MD) foram calculadas, e a heterogeneidade foi avaliada com a estatística de inconsistência (I2). Realizaram-se análises de subgrupo por tipo de SEMS. RESULTADOS: Foram incluídos 12 ECRs neste estudo, totalizando 1.005 pacientes. Não houve diferença no sucesso clínico (RD = -0,03; intervalo de confiança de 95% [IC 95%] [-0,01, 0,07]; I2 = 0%), taxa de eventos adversos (RD = -0,03; IC 95% [-0,10, 0,03]; I2 = 57%) e sobrevida média do paciente (MD = 0,63; IC 95% [-18,07, 19,33]; I2 = 59%) entre SEMS versus prótese biliar plástico (PS). No entanto, associouse a colocação do SEMS à menor taxa de reintervenção (variáveis dicotômicas, RD = - 0,34; IC 95% [-0,46, -0,22]; I2 = 57% e variáveis contínuas, MD = -0,67; IC 95% [-0,85, -0,50]; I2 = 0%) e à maior duração da patência do stent (MD = 125,77 d; IC 95% [77,54, 174,01]). Análises de subgrupos revelaram que SEMS coberto e descoberto melhoraram a permeabilidade do stent em comparação ao PS (MD = 152,25; IC 95% [37,42, 267,07]; I2 = 98% e MD = 101,5; IC 95% [38,91, 164,09]; I2 = não aplicável; respectivamente). A disfunção do stent foi menor no grupo SEMS coberto (RD = -0,21; IC 95% [-0,32, -0,1]; I2 = 20%), sem diferença no grupo do SEMS descoberto (RD = - 0,08; IC 95% [-0,56, 0,39]; I2 = 87%). CONCLUSÃO: Enquanto ambos os tipos de stent apresentaram taxa de sucesso clínico, taxa de complicações e sobrevida média semelhantes para tratamento de MBDO, SEMS foram associados a maior tempo de patência do stent em comparação com PS |
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Drenagem biliar endoscópica paliativa em obstrução biliar maligna distal: comparação entre próteses metálica e plástica. Uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizadosPalliative endoscopic biliary drainage in malignant biliary distal obstruction: comparison between metal and plastic stents. A systematic review and meta-analysisBile duct neoplasmsCholestasisColangiopancreatografia retrógrada endoscópicaColestaseCuidados paliativosEndoscopic retrograde cholangiopancreatographyIcterícia obstrutivaJaundice obstructiveMeta-analysisMetanáliseNeoplasias dos ductos biliaresPalliative careRevisão sistemáticaStents and prosthesesStents e prótesesSystematic reviewINTRODUÇÃO: Os tumores de vias biliares em estágios avançados apresentam mau prognóstico. A abordagem paliativa por meio da drenagem biliar endoscópica é considerada o tratamento de escolha das obstruções biliares malignas distais (MBDO) irressecáveis e/ou inoperáveis. Várias questões surgem sobre quais tipos stents biliares devem ser utilizados nesses casos. Esta revisão reúne informações da mais alta qualidade sobre os dois tipos de prótese disponíveis. OBJETIVO: Comparar stent plástico versus stent metálico na MBDO e avaliar qual deles é mais benéfico no cuidado desses pacientes. MÉTODOS: Elaboração de metanálise de ensaios clínicos randomizados (ECR) de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA). Realizou-se pesquisa abrangente nas fontes Medline (PubMed), Central Cochrane Library, EMBASE, LILACS e literatura cinzenta, para identificar ECR comparando sucesso clínico, taxa de reintervenção, eventos adversos, taxa de disfunção do stent e sobrevida média. A diferença de risco (RD) e a diferença média (MD) foram calculadas, e a heterogeneidade foi avaliada com a estatística de inconsistência (I2). Realizaram-se análises de subgrupo por tipo de SEMS. RESULTADOS: Foram incluídos 12 ECRs neste estudo, totalizando 1.005 pacientes. Não houve diferença no sucesso clínico (RD = -0,03; intervalo de confiança de 95% [IC 95%] [-0,01, 0,07]; I2 = 0%), taxa de eventos adversos (RD = -0,03; IC 95% [-0,10, 0,03]; I2 = 57%) e sobrevida média do paciente (MD = 0,63; IC 95% [-18,07, 19,33]; I2 = 59%) entre SEMS versus prótese biliar plástico (PS). No entanto, associouse a colocação do SEMS à menor taxa de reintervenção (variáveis dicotômicas, RD = - 0,34; IC 95% [-0,46, -0,22]; I2 = 57% e variáveis contínuas, MD = -0,67; IC 95% [-0,85, -0,50]; I2 = 0%) e à maior duração da patência do stent (MD = 125,77 d; IC 95% [77,54, 174,01]). Análises de subgrupos revelaram que SEMS coberto e descoberto melhoraram a permeabilidade do stent em comparação ao PS (MD = 152,25; IC 95% [37,42, 267,07]; I2 = 98% e MD = 101,5; IC 95% [38,91, 164,09]; I2 = não aplicável; respectivamente). A disfunção do stent foi menor no grupo SEMS coberto (RD = -0,21; IC 95% [-0,32, -0,1]; I2 = 20%), sem diferença no grupo do SEMS descoberto (RD = - 0,08; IC 95% [-0,56, 0,39]; I2 = 87%). CONCLUSÃO: Enquanto ambos os tipos de stent apresentaram taxa de sucesso clínico, taxa de complicações e sobrevida média semelhantes para tratamento de MBDO, SEMS foram associados a maior tempo de patência do stent em comparação com PSINTRODUCTION: Bile duct tumors in advanced stages have a poor prognosis, with reserved life expectancy. From then on, the palliative approach through endoscopic biliary drainage is considered the treatment of choice for unresectable and/or inoperable malignant distal biliary obstruction (MBDO). Several questions arise as to which types of biliary stent should be used in these cases. This review brings together the highest quality information available on the two types of prostheses available. OBJECTIVE: To compare plastic stents versus metal stents in MBDO, and to evaluate which one is more beneficial in the care of these patients. METHODS: This metaanalysis was developed according to Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis guidelines. A comprehensive search was performed in MEDLINE, Cochrane, Embase, Latin American and Caribbean Health Sciences Literature, and grey literature to identify randomized clinical trials (RCTs) comparing clinical success, adverse events, stent dysfunction rate, reintervention rate, duration of stent patency, and mean survival. Risk difference (RD) and mean difference (MD) were calculated and heterogeneity was assessed with I2 statistic. Subgroup analyses were performed by SEMS type. RESULTS: Twelve RCTs were included in this study, totaling 1005 patients. There was no difference in clinical success (RD = -0.03; 95% confidence interval [95%CI] [-0.01, 0.07]; I2 = 0%), rate of adverse events (RD = -0.03; 95%CI [-0.10, 0.03]; I2 = 57%), and mean patient survival (MD = 0.63; 95%CI [-18.07, 19.33]; I2 = 59%) between SEMS vs. PS placement. However, SEMS placement was associated with a lower rate of reintervention (dichotomous variables, RD = -0.34; 95%CI [-0.46, -0.22]; I2 = 57% and continuous variables, MD= -0.67; 95%CI [-0.85, - 0.50]; I2 = 0%) and longer duration of stent patency (MD = 125.77 d; 95%CI [77.54, 174.01]). Subgroup analyses revealed both covered and uncovered SEMS improved stent patency compared to PS (MD = 152.25; 95%CI [37.42, 267.07]; I2 = 98% and MD = 101.5; 95%CI [38.91, 164.09]; I2 = not applicable; respectively). Stent dysfunction was lower in the covered SEMS group (RD = -0.21; 95%CI [-0.32, -0.1]; I2 = 20%), with no difference in the uncovered SEMS group (RD = -0.08; 95%CI [-0.56, 0.39]; I2 = 87%). CONCLUSION: While both stent types presented a similar clinical success rate, complication rate, and patient-associated mean survival for treatment of MBDO, SEMS were associated with a longer duration of stent patency compared to PSBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoura, Eduardo Guimarães Hourneaux deScatimburgo, Maria Vitoria Cury Vieira2024-04-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-07082024-145920/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-16T17:23:02Zoai:teses.usp.br:tde-07082024-145920Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-16T17:23:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Drenagem biliar endoscópica paliativa em obstrução biliar maligna distal: comparação entre próteses metálica e plástica. Uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados Scatimburgo, Maria Vitoria Cury Vieira Bile duct neoplasms Cholestasis Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica Colestase Cuidados paliativos Endoscopic retrograde cholangiopancreatography Icterícia obstrutiva Jaundice obstructive Meta-analysis Metanálise Neoplasias dos ductos biliares Palliative care Revisão sistemática Stents and prostheses Stents e próteses Systematic review |
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INTRODUÇÃO: Os tumores de vias biliares em estágios avançados apresentam mau prognóstico. A abordagem paliativa por meio da drenagem biliar endoscópica é considerada o tratamento de escolha das obstruções biliares malignas distais (MBDO) irressecáveis e/ou inoperáveis. Várias questões surgem sobre quais tipos stents biliares devem ser utilizados nesses casos. Esta revisão reúne informações da mais alta qualidade sobre os dois tipos de prótese disponíveis. OBJETIVO: Comparar stent plástico versus stent metálico na MBDO e avaliar qual deles é mais benéfico no cuidado desses pacientes. MÉTODOS: Elaboração de metanálise de ensaios clínicos randomizados (ECR) de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA). Realizou-se pesquisa abrangente nas fontes Medline (PubMed), Central Cochrane Library, EMBASE, LILACS e literatura cinzenta, para identificar ECR comparando sucesso clínico, taxa de reintervenção, eventos adversos, taxa de disfunção do stent e sobrevida média. A diferença de risco (RD) e a diferença média (MD) foram calculadas, e a heterogeneidade foi avaliada com a estatística de inconsistência (I2). Realizaram-se análises de subgrupo por tipo de SEMS. RESULTADOS: Foram incluídos 12 ECRs neste estudo, totalizando 1.005 pacientes. Não houve diferença no sucesso clínico (RD = -0,03; intervalo de confiança de 95% [IC 95%] [-0,01, 0,07]; I2 = 0%), taxa de eventos adversos (RD = -0,03; IC 95% [-0,10, 0,03]; I2 = 57%) e sobrevida média do paciente (MD = 0,63; IC 95% [-18,07, 19,33]; I2 = 59%) entre SEMS versus prótese biliar plástico (PS). No entanto, associouse a colocação do SEMS à menor taxa de reintervenção (variáveis dicotômicas, RD = - 0,34; IC 95% [-0,46, -0,22]; I2 = 57% e variáveis contínuas, MD = -0,67; IC 95% [-0,85, -0,50]; I2 = 0%) e à maior duração da patência do stent (MD = 125,77 d; IC 95% [77,54, 174,01]). Análises de subgrupos revelaram que SEMS coberto e descoberto melhoraram a permeabilidade do stent em comparação ao PS (MD = 152,25; IC 95% [37,42, 267,07]; I2 = 98% e MD = 101,5; IC 95% [38,91, 164,09]; I2 = não aplicável; respectivamente). A disfunção do stent foi menor no grupo SEMS coberto (RD = -0,21; IC 95% [-0,32, -0,1]; I2 = 20%), sem diferença no grupo do SEMS descoberto (RD = - 0,08; IC 95% [-0,56, 0,39]; I2 = 87%). CONCLUSÃO: Enquanto ambos os tipos de stent apresentaram taxa de sucesso clínico, taxa de complicações e sobrevida média semelhantes para tratamento de MBDO, SEMS foram associados a maior tempo de patência do stent em comparação com PS |
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