Bïa Krieger versionista: três canções de Chico Buarque em francês
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-17072020-192736/ |
Resumo: | Propõe-se neste trabalho de pesquisa a análise de 3 versões em francês para canções de Chico Buarque, vertidas e interpretadas pela cantora e compositora Bïa Krieger (1967), a saber: \"Le Chevalier\" (\"João e Maria\"); \"Rémi\" (\"A Rita\') e \"Portrait en Noir et Blanc\" (\"Retrato em branco e preto\"). Trata-se de uma investigação de natureza interdisciplinar, posto que, na tradução cantável de canção, os versos traduzidos são necessariamente subordinados a um elemento extralinguístico: a música preexistente. Tendo em vista a complexa hibridez implicada nessa modalidade de tradução, faz-se necessário um estudo que contemple a reconfiguração das relações entre texto e música ocorrida no seio do processo tradutório, tendo em conta a singularidade do gênero canção. Objetivando abordar especificidades de traduções destinadas ao canto, este trabalho se apoia principalmente em autores que exploram as relações entre letra e música sob uma perspectiva semiótica, como Luiz Tatit (1986b; 1996; 1997; 2003) e em estudos específicos sobre a tradução cantável de canções, como os de Peter Low (2005), Carlos Rennó (1991) e de Klaus Kaindl (2005), que parecem conceber as teorias e as práticas de tradução como sendo \"indissoluvelmente ligadas\" (BASSNETT, 2003, p.73). No que concerne às escolhas tradutórias, a hipótese é de que novos \"espaços de compatibilidade\" entre letra e música (TATIT, 1986b, p.3) foram criados nas versões de Bïa não apenas em decorrência das limitações impostas pela música preexistente e em virtude de razões contrastivas entre a língua francesa e portuguesa, mas em função de sua personalidade musical e das expectativas de seu público receptor. As análises não perderão de vista as implicações da concomitância entre os papéis de intérprete e de versionista desempenhados por Bïa e tampouco o histórico de sua carreira de cantora e compositora radicada há mais de vinte anos na França e no Canadá. Para além do arcabouço teórico mencionado e de fundamentação teórica complementar, a pesquisa se orientará, igualmente, pelas reflexões de Bïa sobre o seu trabalho como versionista expostas em uma entrevista. |
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Bïa Krieger versionista: três canções de Chico Buarque em francêsBïa Krieger translator: three Chico Buarque songs in frenchBïa KriegerBïa KriegerChico BuarqueChico BuarqueSong translation.Tradução de cançãoPropõe-se neste trabalho de pesquisa a análise de 3 versões em francês para canções de Chico Buarque, vertidas e interpretadas pela cantora e compositora Bïa Krieger (1967), a saber: \"Le Chevalier\" (\"João e Maria\"); \"Rémi\" (\"A Rita\') e \"Portrait en Noir et Blanc\" (\"Retrato em branco e preto\"). Trata-se de uma investigação de natureza interdisciplinar, posto que, na tradução cantável de canção, os versos traduzidos são necessariamente subordinados a um elemento extralinguístico: a música preexistente. Tendo em vista a complexa hibridez implicada nessa modalidade de tradução, faz-se necessário um estudo que contemple a reconfiguração das relações entre texto e música ocorrida no seio do processo tradutório, tendo em conta a singularidade do gênero canção. Objetivando abordar especificidades de traduções destinadas ao canto, este trabalho se apoia principalmente em autores que exploram as relações entre letra e música sob uma perspectiva semiótica, como Luiz Tatit (1986b; 1996; 1997; 2003) e em estudos específicos sobre a tradução cantável de canções, como os de Peter Low (2005), Carlos Rennó (1991) e de Klaus Kaindl (2005), que parecem conceber as teorias e as práticas de tradução como sendo \"indissoluvelmente ligadas\" (BASSNETT, 2003, p.73). No que concerne às escolhas tradutórias, a hipótese é de que novos \"espaços de compatibilidade\" entre letra e música (TATIT, 1986b, p.3) foram criados nas versões de Bïa não apenas em decorrência das limitações impostas pela música preexistente e em virtude de razões contrastivas entre a língua francesa e portuguesa, mas em função de sua personalidade musical e das expectativas de seu público receptor. As análises não perderão de vista as implicações da concomitância entre os papéis de intérprete e de versionista desempenhados por Bïa e tampouco o histórico de sua carreira de cantora e compositora radicada há mais de vinte anos na França e no Canadá. Para além do arcabouço teórico mencionado e de fundamentação teórica complementar, a pesquisa se orientará, igualmente, pelas reflexões de Bïa sobre o seu trabalho como versionista expostas em uma entrevista.This research paper aims to analyze 3 translations of Chico Buarque\'s songs, rendered into French and performed by singer and songwriter Bïa Krieger (1967), namely: \"Rémi\" (\"A Rita\"); \"Le chevalier\" (\"João e Maria\"); \"Portrait en noir et blanc\" (\"Retrato em branco e preto\"). The research is, therefore, interdisciplinary in nature, since the translated verses, in singable translations of songs, are essentially subordinate to an extralinguistic element: the preexisting music. In view of the complex hybridity involved in this modality of translation, such study must inevitably contemplate the reconfiguration of relations between text and music, which occurs at the core of the translation process, by considering the singularity of the song as a genre. Aiming to approach some of the specificities regarding translations for sung performances, this paper relied mainly on authors who have explored the relations between lyrics and music from a semiotic perspective, such as Luiz Tatit (1986b; 1996; 1997; 2003), and from specific studies on singable translations of songs, such as those carried out by Peter Low (2003; 2005), Carlos Rennó (1991) and Klaus Kaindl (2005), which seem to understand translation theory and practice as \"indissolubly linked\" (BASSNETT, 2003, p.73). Concerning the translation choices, the hypothesis is that new \"spaces of compatibility\" between lyrics and music (TATIT, 1986b. p.3) were created in Bïa\'s translations, not only due to the limitations imposed by the preexisting song or the differences between French and Portuguese, but also as a result of her personality as a musician as well as the expectations of her audience. The analysis will not lose sight of the implications regarding the concurrency of roles, both singer and translator, played by Bïa, and neither will it disregard her career history as a singer and lyricist based in France and Canada for over 20 years. In addition to the previously mentioned theoretical framework and further theoretical background, this research will also rely on Bïa\'s reflections about her work as a songwriter, which were collected through an exclusive interview.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFaleiros, Álvaro SilveiraCassiano, Raissa Conde2020-03-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-17072020-192736/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-08-13T00:45:17Zoai:teses.usp.br:tde-17072020-192736Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-08-13T00:45:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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