Colletotrichum gloeosporioides (sensu ARX, 1957) em seringueira (Hevea spp.): identificação, patogenicidade e controle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rolim, Palmira Regina Righetto
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20200111-134446/
Resumo: Diante da crescente incidência de antracnose em Hevea spp., ocorrendo principalmente em painel de sangria, e tendo sido relatadas três espécies do gênero Colletotrichum associadas a essa cultura, os objetivos do trabalho foram: identificar a espécie de Colletotrichum sp. isolado de seringueira; conhecer a incidência desse fungo em sementes e látex; determinar a patogenicidade de Colletotrichum sp. a clones recomendados para o Sudeste brasileiro; e selecionar fungicidas visando o controle da antracnose. Testes de sanidade de sementes e plaqueamento de látex apontaram presença de fungos do gênero Colletotrichum, cujos isolados foram incluídos no estudos posteriores. Isolados de folha, ramo, painel de sangria, colo, sementes e látex de seringueira, de diversas localidades, foram obtidos e estudados sob aspectos culturais, morfológicos, de patogenicidade e sensibilidade a fungicidas. Evidenciou-se a grande variabilidade existente entre os isolados, sob as diversas caracteristicas estudadas. Entretanto, todos os isolados foram identificados como pertencendo à espécie C. gloeosporioides (sensu ARX, 1957). A presença de ferimento em ramos verdes inoculados mostrou ser altamente favorável ao aumento da severidade de antracnose. A inoculação em caule verde demonstrou maior suscetibilidade do clone RRIM 600, em relaçãoao Fx 3028. Os clones GT 1, IAN 873 e PB 235 não diferiram estatisticamente de ambos. Inoculações efetuadas em discos foliares de sete clones, com três isolados, indicaram a existência de interação significativa entre isolados e clones, sendo que, em média, o RRIM 600 foi o menos infectado em tecido foliar e Fx3028 e GT1, os mais infectados. Os fungicidas procloraz, propiconazole e tebuconazote inibiram completamente o crescimento micelial dos isolados, in vitro, a partir de 100 ppm e anilazine , a partir de 100 ppm. Pulverizações de painel de sangria com tebuconazole na dose de 400 ml/100 l de água, em intervalos de duas semanas, reduziram a severidade de antracnose.
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