Efeito da suplementação proteica no terço final da gestação sobre a programação fetal, e o desempenho das crias submetidas a diferentes estratégias de suplementação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Filipe Marinho da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16072013-151947/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram: 1- Avaliar o efeito da suplementação proteica, no terço final da gestação de vacas nelore, sobre a programação fetal e o desempenho de suas crias, submetidas à diferentes ritmos de crescimento até os 318 dias de vida. 2- Avaliar economicamente as diferentes estratégias de suplementação adotadas. Na fase I foram utilizadas 411 vacas da raça Nelore, no início do terço final da gestação, com idade média de 7,6 ± 2,1 anos, peso corporal médio de 429 ± 49 kg e escore de condição corporal (ECC) de 2,84 ± 0,44 (escala de 1 a 5). As vacas foram distribuídas em dois tratamentos conforme o ECC, peso corporal, idade e touro pai da cria. Os tratamentos foram: 1- grupo Vaca- Suplementada (VS) (n = 212) e 2- grupo Vaca-Controle (VC) (n = 199). Os animais do tratamento VS receberam diariamente 0,56 kg de um suplemento mineral proteico composto por 0,50 kg de farelo de soja e 0,06 kg de suplemento mineral, enquanto os animais do tratamento VC receberam somente o suplemento mineral. Na fase II, que corresponde ao período no qual a suplementação foi aplicada às crias, as vacas da primeira fase, juntamente com suas crias, foram redistribuídas, a partir do segundo mês de idade das crias em dois tratamentos. Os tratamentos foram suplementação em creep-feeding, oferecida ad libitum, representando o tratamento Bezerro-Suplementado (BS) (n = 201) e suplementação somente com sal mineral, representando o tratamento Bezerro-Controle (BC) (n = 188). Durante a fase II os animais foram pesados quatro vezes, sendo a primeira aos 108, a segunda aos 149, a terceira aos 182, e a quarta aos 208 dias de idade média dos grupos. Após a quarta pesagem os bezerros foram desmamados e encaminhados a um pasto onde permaneceram por 25 dias até o início da fase III. O ganho médio diário (GMD) foi calculado pela diferença entre duas pesagens consecutivas. Na fase III, que corresponde ao início do período de recria e da estação de inverno, e que teve duração de 85 dias, os bezerros (as) foram reagrupados em dois tratamentos. Em um dos tratamentos os animais foram alimentados em sistema de confinamento, originando o tratamento Recria-Suplementado (RS) (n = 209). No outro tratamento os animais foram mantidos em pastagem formada predominantemente por Panicum maximum cv. Colonhão ou Brachiaria brizantha cv. Marandu, formando o tratamento Recria-Controle (RC) (n = 180). Machos e fêmeas foram mantidos separados tanto no tratamento RS como no RC. As pesagens ocorreram com 16 horas de jejum hídrico e de sólidos, e foram realizadas aos 233, 261, 289 e 318 dias de idade média dos grupos. A análise econômica foi feita com base no cálculo da margem bruta, obtida pela subtração dos custos diferenciais da receita total. Foi observado efeito (P<0,05) da suplementação materna nas três primeiras pesagens da fase II, sendo que o grupo controle apresentou maiores pesos. No entanto, o peso aos 208 dias, momento do desmame, não sofreu (P>0,05) influência da suplementação materna. Foi observado efeito (P<0,05) da suplementação das crias em creep-feeding sobre o peso aos 208 dias, sendo que os animais suplementados foram mais pesados (187 x 180 kg). Quanto ao efeito de sexo das crias, os machos foram (P<0,05) mais pesados, tiveram maior (P<0,05) GMD e ganho de peso total (GTC) do que as fêmeas em todas as pesagens da fase II. Ao avaliar o efeito da suplementação materna sobre o GMD das crias na fase II, não foram (P>0,05) verificadas diferenças entre os tratamentos. Ao analisar o efeito da suplementação das crias em creep-feeding sobre o GMD, e GTC, verificou-se que os animais suplementados obtiveram resultados superiores (P<0,05). O efeito da suplementação materna sobre o peso das crias no decorrer da fase III, não foi diferente (P>0,05) entre os tratamentos. A suplementação das crias em creep-feeding foi efetiva em manter a diferença de peso obtida ao desmame, por toda a fase III, pois os animais suplementados foram mais pesados (P<0,05) ao final desta. Observou-se efeito de interação (P<0,05) entre manejo alimentar na fase III e sexo, sendo que, tanto para os animais alimentados em confinamento quanto para os mantidos à pasto, os machos foram mais pesados que as fêmeas. O GMD, ganho de peso médio diário da fase de recria (GMDR), ganho de peso total da fase de recria (GTR), e ganho total (GT) das crias até os 318 dias de vida não foram afetados (P>0,05) pela suplementação pré-parto materna. Ao avaliar o efeito da suplementação em creep-feeding sobre as variáveis de ganho de peso da fase III, foi verificado que os animais suplementados perderam menos peso (P<0,05) com o estresse do desmame do que os animais do grupo controle, e obtiveram maiores GT (P<0,05) até os 318 dias de idade. No entanto o GTR foi maior (P<0,05) para o tratamento controle. Observou-se efeito de interação (P<0,05) entre manejo alimentar na fase III e sexo, sendo que, tanto para os animais alimentados em sistema de confinamento quanto para os animais mantidos à pasto, os machos tiveram melhores ganhos de peso do que as fêmeas. A margem bruta foi maior para os tratamentos VC-BC-RS (R$ 40.014,48) e VC-BC-RC (R$ 38.266,03), seguido pelos tratamentos VS-BC-RC (R$ 35.574,47) e VC-BS-RS (R$ 35.501,23). A menor margem bruta foi obtida pelo tratamento VS-BS-RC (32.452,03). Os custos com suplementos, hora/máquinas e demais custos diferenciais nos tratamentos onde os animais foram suplementados impactaram significativamente sobre a margem bruta. Os animais dos tratamentos VS-BS-RS, VS-BS-RC, VS-BC-RS, VS-BC-RC, VC-BS-RS, VC-BS- RC e VC-BC-RC deveriam ter um ganho adicional de 29,08; 32,62; 20,61; 19,15; 19,47; 20,01; e 7,54 kg respectivamente, para que a margem bruta desses tratamentos fosse igual à do tratamento VC-BC-RS. A suplementação proteica de vacas Nelore no terço final da gestação não teve efeito sobre o peso e ganho de peso das crias. A suplementação em creep-feeding proporcionou maior peso ao desmame para animais suplementados, no entanto não programou o animal para obter maior desempenho nas fases seguintes. A recria de animais em sistema de confinamento foi eficiente em proporcionar maior peso aos 318 dias e maiores GMD. Os investimentos em suplementação pré-parto e em suplementação pré-desmame não foram eficientes em proporcionar maiores margens brutas, sugerindo que o melhor desempenho produtivo não necessariamente implica em melhor desempenho econômico.
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spelling Efeito da suplementação proteica no terço final da gestação sobre a programação fetal, e o desempenho das crias submetidas a diferentes estratégias de suplementaçãoEffect of protein supplementation in the final third of pregnancy on fetal programming, and performance of offspring submitted to different supplementation strategiesCreep-feedingConfinamentoCreep-feedingFeedlotfetal programmingGanho de pesoProgramação fetalSuplementação pré-partoSupplementation in late pregnancyWeight gainOs objetivos deste estudo foram: 1- Avaliar o efeito da suplementação proteica, no terço final da gestação de vacas nelore, sobre a programação fetal e o desempenho de suas crias, submetidas à diferentes ritmos de crescimento até os 318 dias de vida. 2- Avaliar economicamente as diferentes estratégias de suplementação adotadas. Na fase I foram utilizadas 411 vacas da raça Nelore, no início do terço final da gestação, com idade média de 7,6 ± 2,1 anos, peso corporal médio de 429 ± 49 kg e escore de condição corporal (ECC) de 2,84 ± 0,44 (escala de 1 a 5). As vacas foram distribuídas em dois tratamentos conforme o ECC, peso corporal, idade e touro pai da cria. Os tratamentos foram: 1- grupo Vaca- Suplementada (VS) (n = 212) e 2- grupo Vaca-Controle (VC) (n = 199). Os animais do tratamento VS receberam diariamente 0,56 kg de um suplemento mineral proteico composto por 0,50 kg de farelo de soja e 0,06 kg de suplemento mineral, enquanto os animais do tratamento VC receberam somente o suplemento mineral. Na fase II, que corresponde ao período no qual a suplementação foi aplicada às crias, as vacas da primeira fase, juntamente com suas crias, foram redistribuídas, a partir do segundo mês de idade das crias em dois tratamentos. Os tratamentos foram suplementação em creep-feeding, oferecida ad libitum, representando o tratamento Bezerro-Suplementado (BS) (n = 201) e suplementação somente com sal mineral, representando o tratamento Bezerro-Controle (BC) (n = 188). Durante a fase II os animais foram pesados quatro vezes, sendo a primeira aos 108, a segunda aos 149, a terceira aos 182, e a quarta aos 208 dias de idade média dos grupos. Após a quarta pesagem os bezerros foram desmamados e encaminhados a um pasto onde permaneceram por 25 dias até o início da fase III. O ganho médio diário (GMD) foi calculado pela diferença entre duas pesagens consecutivas. Na fase III, que corresponde ao início do período de recria e da estação de inverno, e que teve duração de 85 dias, os bezerros (as) foram reagrupados em dois tratamentos. Em um dos tratamentos os animais foram alimentados em sistema de confinamento, originando o tratamento Recria-Suplementado (RS) (n = 209). No outro tratamento os animais foram mantidos em pastagem formada predominantemente por Panicum maximum cv. Colonhão ou Brachiaria brizantha cv. Marandu, formando o tratamento Recria-Controle (RC) (n = 180). Machos e fêmeas foram mantidos separados tanto no tratamento RS como no RC. As pesagens ocorreram com 16 horas de jejum hídrico e de sólidos, e foram realizadas aos 233, 261, 289 e 318 dias de idade média dos grupos. A análise econômica foi feita com base no cálculo da margem bruta, obtida pela subtração dos custos diferenciais da receita total. Foi observado efeito (P<0,05) da suplementação materna nas três primeiras pesagens da fase II, sendo que o grupo controle apresentou maiores pesos. No entanto, o peso aos 208 dias, momento do desmame, não sofreu (P>0,05) influência da suplementação materna. Foi observado efeito (P<0,05) da suplementação das crias em creep-feeding sobre o peso aos 208 dias, sendo que os animais suplementados foram mais pesados (187 x 180 kg). Quanto ao efeito de sexo das crias, os machos foram (P<0,05) mais pesados, tiveram maior (P<0,05) GMD e ganho de peso total (GTC) do que as fêmeas em todas as pesagens da fase II. Ao avaliar o efeito da suplementação materna sobre o GMD das crias na fase II, não foram (P>0,05) verificadas diferenças entre os tratamentos. Ao analisar o efeito da suplementação das crias em creep-feeding sobre o GMD, e GTC, verificou-se que os animais suplementados obtiveram resultados superiores (P<0,05). O efeito da suplementação materna sobre o peso das crias no decorrer da fase III, não foi diferente (P>0,05) entre os tratamentos. A suplementação das crias em creep-feeding foi efetiva em manter a diferença de peso obtida ao desmame, por toda a fase III, pois os animais suplementados foram mais pesados (P<0,05) ao final desta. Observou-se efeito de interação (P<0,05) entre manejo alimentar na fase III e sexo, sendo que, tanto para os animais alimentados em confinamento quanto para os mantidos à pasto, os machos foram mais pesados que as fêmeas. O GMD, ganho de peso médio diário da fase de recria (GMDR), ganho de peso total da fase de recria (GTR), e ganho total (GT) das crias até os 318 dias de vida não foram afetados (P>0,05) pela suplementação pré-parto materna. Ao avaliar o efeito da suplementação em creep-feeding sobre as variáveis de ganho de peso da fase III, foi verificado que os animais suplementados perderam menos peso (P<0,05) com o estresse do desmame do que os animais do grupo controle, e obtiveram maiores GT (P<0,05) até os 318 dias de idade. No entanto o GTR foi maior (P<0,05) para o tratamento controle. Observou-se efeito de interação (P<0,05) entre manejo alimentar na fase III e sexo, sendo que, tanto para os animais alimentados em sistema de confinamento quanto para os animais mantidos à pasto, os machos tiveram melhores ganhos de peso do que as fêmeas. A margem bruta foi maior para os tratamentos VC-BC-RS (R$ 40.014,48) e VC-BC-RC (R$ 38.266,03), seguido pelos tratamentos VS-BC-RC (R$ 35.574,47) e VC-BS-RS (R$ 35.501,23). A menor margem bruta foi obtida pelo tratamento VS-BS-RC (32.452,03). Os custos com suplementos, hora/máquinas e demais custos diferenciais nos tratamentos onde os animais foram suplementados impactaram significativamente sobre a margem bruta. Os animais dos tratamentos VS-BS-RS, VS-BS-RC, VS-BC-RS, VS-BC-RC, VC-BS-RS, VC-BS- RC e VC-BC-RC deveriam ter um ganho adicional de 29,08; 32,62; 20,61; 19,15; 19,47; 20,01; e 7,54 kg respectivamente, para que a margem bruta desses tratamentos fosse igual à do tratamento VC-BC-RS. A suplementação proteica de vacas Nelore no terço final da gestação não teve efeito sobre o peso e ganho de peso das crias. A suplementação em creep-feeding proporcionou maior peso ao desmame para animais suplementados, no entanto não programou o animal para obter maior desempenho nas fases seguintes. A recria de animais em sistema de confinamento foi eficiente em proporcionar maior peso aos 318 dias e maiores GMD. Os investimentos em suplementação pré-parto e em suplementação pré-desmame não foram eficientes em proporcionar maiores margens brutas, sugerindo que o melhor desempenho produtivo não necessariamente implica em melhor desempenho econômico.The primary objective of the study was to evaluate the effect of protein supplementation of cows in the final third of pregnancy on fetal programming, as measured by the performance of their offspring submitted to growth rates up to 318 days old. The secondary objective, was to economically evaluate the different strategies of supplementation. In phase I we used 411 Nellore pregnant cows at the beginning of last trimester of gestation, with a mean age of 7.6 ± 2.1 years, mean body weight of 429 ± 49 kg and body condition score (BCS) of 2.84 ± 0.44 (range from1 to 5). Cows were assigned to two treatments according to BCS, body weight, age and father of calves . The treatments consisted of Supplemented-Cow group (SCO) (n = 212) and Control-Cow group (CCO) (n = 199). The cows SCO received daily 0.56 kg of protein supplement composed of 0.50 kg of soybean meal and 0.06 kg of minerals. The cows CCO received only mineral supplement. In phase II, which correspond to the period in which supplementation was offered to calves. Half of cows of each group from the first phase, with their offspring (2 months old), were redistributed in two treatments. 1- creep-feeding, offered ad libitum, Supplemented-Calf (SCA) (n = 201). 2 - Only mineral supplementation, Control-Calf (CCA) (n = 188). During phase II the animals were weighed four times, at 108, 149, 182 208 (weaning time) days old. After weaning they were sent to a pasture and remained for 25 days until the start of phase III. In phase III, which corresponds to winter season, lasted 85 days, the calves were regrouped into two groups. In group I, the calves were kept in feed lot, Supplemented-Growth group (SGG) (n = 209). In group II, the calves were kept in pasture composed predominantly of Panicum maximum or Brachiaria brizantha, Control-Growth group (CGG) group (n = 180). In this phase males and females were kept separated and finished when claves reached 318 days old. The economic analysis was based on the calculation of gross margin, obtained by subtracting the cost differential of total revenue. Effect was observed (P <0.05) of maternal supplementation during the first three weighings of phase II, the control group had higher weights. However, the weight at 208 days, was not (P> 0.05) influenced by maternal supplementation. Effect was observed (P<0.05) supplementing in the creep feeding at weaning time affected the body weight , (P <0.05), calves supplemented were heavier. The effect of sex of calves, bull calves were heavier, had higher (P <0.05) average daily gain (ADG) and total weight gain (TWG) than females in all weighings of phase II. The maternal supplementation on the offspring did not affect (P> 0.05) ADG in phase II between treatments. The effect of supplementation of calves in creep-feeding on daily gain (DG) and total weight gain (TWG) was higher for supplemented calves (P <0.05). The effect of maternal supplementation on weight of calves during phase III, did not showed differences (P> 0.05) between treatments. Supplementation of calves on creepfeeding was effective in keeping the weight difference obtained at weaning time for all phase III. The ADG and TWG of offspring at 318 days old were not affected (P> 0.05) by pre-partum maternal supplementation. Calves that were supplemented on creep-feeding in the phase III lost less weight (P <0.05) than control group. Interaction effect was observed (P <0.05) between feeding management in phase III and sex, both the animals fed in fed lot as well as for animals kept at pasture, males had better weight gains than females. Gross margin was higher for treatments CCO-CCA-SGG (R$ 40,014.48) and CCO-CCA-CGG (R$ 38,266.03), followed by treatments SC-CCA-CGG (R$ 35,574.47) and CCO-SCA-SGG (R$ 35,501.23). The lower gross margin was obtained by treatment SCO-SCA-CGG (32,452.03). The costs of acquiring supplements, machine works and other differential costs of treatments impacted significantly on the gross margin. The animals fed SCO-SCA-SGG, SCO-SCA-CGG, SCO-CCA-SGG, SCO-CCA-CGG, SCO-SCA-SGG, CCO-SCA-CGG CCO-CCA-CGG should have an additional gain of 29.08, 32.62, 20.61, 19.15, 19.47, 20.01, and 7.54 kg respectively, so that the gross margin of these treatments was equal to CCO-CCA-SGG treatment. The protein supplementation of cows in the last trimester of gestation had no effect on weight and weight gain of offspring. Thus, creep-feeding provided greater weaning weight, but the calve were not programmed for greater performance in subsequent phases. Calves in feedlot was effective in providing greater weight to 318 days and higher ADG. Investments in pre-partum supplementation and supplementation pre-weaning were not effective in providing higher gross margins, suggesting that better performance does not necessarily imply better economic performance.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPires, Alexandre VazRocha, Filipe Marinho da2012-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16072013-151947/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-16072013-151947Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Creep-feeding
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description Os objetivos deste estudo foram: 1- Avaliar o efeito da suplementação proteica, no terço final da gestação de vacas nelore, sobre a programação fetal e o desempenho de suas crias, submetidas à diferentes ritmos de crescimento até os 318 dias de vida. 2- Avaliar economicamente as diferentes estratégias de suplementação adotadas. Na fase I foram utilizadas 411 vacas da raça Nelore, no início do terço final da gestação, com idade média de 7,6 ± 2,1 anos, peso corporal médio de 429 ± 49 kg e escore de condição corporal (ECC) de 2,84 ± 0,44 (escala de 1 a 5). As vacas foram distribuídas em dois tratamentos conforme o ECC, peso corporal, idade e touro pai da cria. Os tratamentos foram: 1- grupo Vaca- Suplementada (VS) (n = 212) e 2- grupo Vaca-Controle (VC) (n = 199). Os animais do tratamento VS receberam diariamente 0,56 kg de um suplemento mineral proteico composto por 0,50 kg de farelo de soja e 0,06 kg de suplemento mineral, enquanto os animais do tratamento VC receberam somente o suplemento mineral. Na fase II, que corresponde ao período no qual a suplementação foi aplicada às crias, as vacas da primeira fase, juntamente com suas crias, foram redistribuídas, a partir do segundo mês de idade das crias em dois tratamentos. Os tratamentos foram suplementação em creep-feeding, oferecida ad libitum, representando o tratamento Bezerro-Suplementado (BS) (n = 201) e suplementação somente com sal mineral, representando o tratamento Bezerro-Controle (BC) (n = 188). Durante a fase II os animais foram pesados quatro vezes, sendo a primeira aos 108, a segunda aos 149, a terceira aos 182, e a quarta aos 208 dias de idade média dos grupos. Após a quarta pesagem os bezerros foram desmamados e encaminhados a um pasto onde permaneceram por 25 dias até o início da fase III. O ganho médio diário (GMD) foi calculado pela diferença entre duas pesagens consecutivas. Na fase III, que corresponde ao início do período de recria e da estação de inverno, e que teve duração de 85 dias, os bezerros (as) foram reagrupados em dois tratamentos. Em um dos tratamentos os animais foram alimentados em sistema de confinamento, originando o tratamento Recria-Suplementado (RS) (n = 209). No outro tratamento os animais foram mantidos em pastagem formada predominantemente por Panicum maximum cv. Colonhão ou Brachiaria brizantha cv. Marandu, formando o tratamento Recria-Controle (RC) (n = 180). Machos e fêmeas foram mantidos separados tanto no tratamento RS como no RC. As pesagens ocorreram com 16 horas de jejum hídrico e de sólidos, e foram realizadas aos 233, 261, 289 e 318 dias de idade média dos grupos. A análise econômica foi feita com base no cálculo da margem bruta, obtida pela subtração dos custos diferenciais da receita total. Foi observado efeito (P<0,05) da suplementação materna nas três primeiras pesagens da fase II, sendo que o grupo controle apresentou maiores pesos. No entanto, o peso aos 208 dias, momento do desmame, não sofreu (P>0,05) influência da suplementação materna. Foi observado efeito (P<0,05) da suplementação das crias em creep-feeding sobre o peso aos 208 dias, sendo que os animais suplementados foram mais pesados (187 x 180 kg). Quanto ao efeito de sexo das crias, os machos foram (P<0,05) mais pesados, tiveram maior (P<0,05) GMD e ganho de peso total (GTC) do que as fêmeas em todas as pesagens da fase II. Ao avaliar o efeito da suplementação materna sobre o GMD das crias na fase II, não foram (P>0,05) verificadas diferenças entre os tratamentos. Ao analisar o efeito da suplementação das crias em creep-feeding sobre o GMD, e GTC, verificou-se que os animais suplementados obtiveram resultados superiores (P<0,05). O efeito da suplementação materna sobre o peso das crias no decorrer da fase III, não foi diferente (P>0,05) entre os tratamentos. A suplementação das crias em creep-feeding foi efetiva em manter a diferença de peso obtida ao desmame, por toda a fase III, pois os animais suplementados foram mais pesados (P<0,05) ao final desta. Observou-se efeito de interação (P<0,05) entre manejo alimentar na fase III e sexo, sendo que, tanto para os animais alimentados em confinamento quanto para os mantidos à pasto, os machos foram mais pesados que as fêmeas. O GMD, ganho de peso médio diário da fase de recria (GMDR), ganho de peso total da fase de recria (GTR), e ganho total (GT) das crias até os 318 dias de vida não foram afetados (P>0,05) pela suplementação pré-parto materna. Ao avaliar o efeito da suplementação em creep-feeding sobre as variáveis de ganho de peso da fase III, foi verificado que os animais suplementados perderam menos peso (P<0,05) com o estresse do desmame do que os animais do grupo controle, e obtiveram maiores GT (P<0,05) até os 318 dias de idade. No entanto o GTR foi maior (P<0,05) para o tratamento controle. Observou-se efeito de interação (P<0,05) entre manejo alimentar na fase III e sexo, sendo que, tanto para os animais alimentados em sistema de confinamento quanto para os animais mantidos à pasto, os machos tiveram melhores ganhos de peso do que as fêmeas. A margem bruta foi maior para os tratamentos VC-BC-RS (R$ 40.014,48) e VC-BC-RC (R$ 38.266,03), seguido pelos tratamentos VS-BC-RC (R$ 35.574,47) e VC-BS-RS (R$ 35.501,23). A menor margem bruta foi obtida pelo tratamento VS-BS-RC (32.452,03). 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