Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mihsfeldt, Laila Herta
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-173005/
Resumo: A traça-do-tomateiro tuta absoluta (Meyrick, 1917) é uma das principais pragas do tomateiro ocorrendo em diferentes regiões do Brasil. Entretanto, seu controle, muitas vezes é dificultado, desde que os estudos sobre sua biociologia são problemáticos, pois ela é apenas criada em folhas de tomateiro. Assim, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver uma dieta artificial para a criação do inseto sem a dependência do hospedeiro natural (tomateiro), bem como encontrar um local alternativo de oviposição para estudar métodos racionais de controle da praga sem interrupção durante o ano. Deste modo, a dieta mais adequada para a criação da traça do tomateiro foi o hospedeiro natural, no caso, folhas de tomateiro "Santa Clara", e dentre as dietas artificiais, a que se mostrou mais promissora foi aquela composta de germe-de-trigo, farelo-de-soja, caseína, levedura de cerveja e feijão branco, contendo pó de folhas de tomateiro. Este pó de folhas, apresentou um efeito fagoestimulante, aumentando o "pegamento" inicial (menor mortalidade), bem como a viabilidade total do inseto no meio artificial. O número de instares foi constante e igual a 4 tanto nas dietas artificiais como na dieta natural, indicando a adequação nutricional dos meios artificiais. A temperatura mais adequada para a criação de T.absoluta esteve entre 18,25 graus C e a partir da definição das exigências térmicas do inseto em dieta artificial com feijão branco, constatou-se que podem ocorrer de|5,8 a 9 gerações de T.absoluta em localidades com isotermas entre 20 e 25 graus C. A constante térmica para a fase de as-adulto quando o inseto foi criado em dieta artificial, foi de 575 GD. Os valores da tabela de vida de fertilidade, comparados através da estimativa de variância "jackknife" confirmaram que a dieta natural é a mais adequada para a criação de T.absoluta e dentre as dietas artificiais a mais adequada foi aquela contendo feijão branco ) acrescido de´pó de folha de tomateiro e inadequada aquela contendo feijão Pintado. O papel sulfite com atraentes visual (polietileno verde) e olfativo (extrato de folha) destacou-se como local alternativo de postura, podendo substituir as folhas de tomateiro normalmente empregadas em criações de laboratório
id USP_e48cac8ac80456f726be2410cfdc3244
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-20210104-173005
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificialBiology ano thermal requirements of Tuta absoluta (Meyrick,1917) on artificial dietBIOLOGIADIETA ARTIFICIALEXIGÊNCIAS TÉRMICASTRAÇA-DO-TOMATEIROA traça-do-tomateiro tuta absoluta (Meyrick, 1917) é uma das principais pragas do tomateiro ocorrendo em diferentes regiões do Brasil. Entretanto, seu controle, muitas vezes é dificultado, desde que os estudos sobre sua biociologia são problemáticos, pois ela é apenas criada em folhas de tomateiro. Assim, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver uma dieta artificial para a criação do inseto sem a dependência do hospedeiro natural (tomateiro), bem como encontrar um local alternativo de oviposição para estudar métodos racionais de controle da praga sem interrupção durante o ano. Deste modo, a dieta mais adequada para a criação da traça do tomateiro foi o hospedeiro natural, no caso, folhas de tomateiro "Santa Clara", e dentre as dietas artificiais, a que se mostrou mais promissora foi aquela composta de germe-de-trigo, farelo-de-soja, caseína, levedura de cerveja e feijão branco, contendo pó de folhas de tomateiro. Este pó de folhas, apresentou um efeito fagoestimulante, aumentando o "pegamento" inicial (menor mortalidade), bem como a viabilidade total do inseto no meio artificial. O número de instares foi constante e igual a 4 tanto nas dietas artificiais como na dieta natural, indicando a adequação nutricional dos meios artificiais. A temperatura mais adequada para a criação de T.absoluta esteve entre 18,25 graus C e a partir da definição das exigências térmicas do inseto em dieta artificial com feijão branco, constatou-se que podem ocorrer de|5,8 a 9 gerações de T.absoluta em localidades com isotermas entre 20 e 25 graus C. A constante térmica para a fase de as-adulto quando o inseto foi criado em dieta artificial, foi de 575 GD. Os valores da tabela de vida de fertilidade, comparados através da estimativa de variância "jackknife" confirmaram que a dieta natural é a mais adequada para a criação de T.absoluta e dentre as dietas artificiais a mais adequada foi aquela contendo feijão branco ) acrescido de´pó de folha de tomateiro e inadequada aquela contendo feijão Pintado. O papel sulfite com atraentes visual (polietileno verde) e olfativo (extrato de folha) destacou-se como local alternativo de postura, podendo substituir as folhas de tomateiro normalmente empregadas em criações de laboratórioTuta absoluta (Meyrick, 1917) is one of the most important pests on toma to on dif f erent regions of Brazil. However, its control is difficult because studies of it bioecology are very hard, due to fact of it is reared only on tomato leaves. So, this study had the purpose to develop an artificial diet for insect rearing without natural host plants, as well as to f ind an alternative oviposition surface, in order to study rational methods of pests control with no interruption along the year. By this way, most adequate diet for rearing T. absoluta were leaves of ‘Santa Clara’ tomato and, among artificial diets, the best was that one containing wheat germ, casein, yeast, soybean and white common bean plus toma to leaves powder. This last one showed an phagostimulant effect, low larval mortality and promoted higher total viabilities. The number of larval instars was constant and equal to 4, as well on artificial diets as on tomato leaves (natural host), showing that the artificial diets are nutritionally suitable for rearing the insect. Most suitable temperature for rearing T. absoluta was between 18 and 25°C and considering the thermal requirements of the insect on artificial diet, the number of annual generations was estimated to be 5, 8 to 9,0 on regions with temperatures between 20 and 25°C. Thermal constant on egg - adult life cycle, when insect was reared on artificial diet, was 575 degree days. Parameters of fertility life table were compared using the "Jackknife methodn estimates of variance and the most adequate diet for rearing the insects was the natural one (tomato leaves) and among artificial diets, best one was with white common bean plus tomato leaves powder and the worst one was with ‘Pintado’ common bean. Paper covered with visual (green polyethylene) and olfactory (liquid leaves extract) attractives was the most suitable oviposition surface and can replace tomato leaves normally used on laboratory rearing methodsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPParra, José Roberto PostaliMihsfeldt, Laila Herta1998-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-173005/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-07T22:43:59Zoai:teses.usp.br:tde-20210104-173005Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-07T22:43:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
Biology ano thermal requirements of Tuta absoluta (Meyrick,1917) on artificial diet
title Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
spellingShingle Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
Mihsfeldt, Laila Herta
BIOLOGIA
DIETA ARTIFICIAL
EXIGÊNCIAS TÉRMICAS
TRAÇA-DO-TOMATEIRO
title_short Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
title_full Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
title_fullStr Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
title_full_unstemmed Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
title_sort Biologia e exigências térmicas de Tuta absoluta (Meyrick, 1917) em dieta artificial
author Mihsfeldt, Laila Herta
author_facet Mihsfeldt, Laila Herta
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Parra, José Roberto Postali
dc.contributor.author.fl_str_mv Mihsfeldt, Laila Herta
dc.subject.none.fl_str_mv
dc.subject.por.fl_str_mv BIOLOGIA
DIETA ARTIFICIAL
EXIGÊNCIAS TÉRMICAS
TRAÇA-DO-TOMATEIRO
topic BIOLOGIA
DIETA ARTIFICIAL
EXIGÊNCIAS TÉRMICAS
TRAÇA-DO-TOMATEIRO
description A traça-do-tomateiro tuta absoluta (Meyrick, 1917) é uma das principais pragas do tomateiro ocorrendo em diferentes regiões do Brasil. Entretanto, seu controle, muitas vezes é dificultado, desde que os estudos sobre sua biociologia são problemáticos, pois ela é apenas criada em folhas de tomateiro. Assim, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver uma dieta artificial para a criação do inseto sem a dependência do hospedeiro natural (tomateiro), bem como encontrar um local alternativo de oviposição para estudar métodos racionais de controle da praga sem interrupção durante o ano. Deste modo, a dieta mais adequada para a criação da traça do tomateiro foi o hospedeiro natural, no caso, folhas de tomateiro "Santa Clara", e dentre as dietas artificiais, a que se mostrou mais promissora foi aquela composta de germe-de-trigo, farelo-de-soja, caseína, levedura de cerveja e feijão branco, contendo pó de folhas de tomateiro. Este pó de folhas, apresentou um efeito fagoestimulante, aumentando o "pegamento" inicial (menor mortalidade), bem como a viabilidade total do inseto no meio artificial. O número de instares foi constante e igual a 4 tanto nas dietas artificiais como na dieta natural, indicando a adequação nutricional dos meios artificiais. A temperatura mais adequada para a criação de T.absoluta esteve entre 18,25 graus C e a partir da definição das exigências térmicas do inseto em dieta artificial com feijão branco, constatou-se que podem ocorrer de|5,8 a 9 gerações de T.absoluta em localidades com isotermas entre 20 e 25 graus C. A constante térmica para a fase de as-adulto quando o inseto foi criado em dieta artificial, foi de 575 GD. Os valores da tabela de vida de fertilidade, comparados através da estimativa de variância "jackknife" confirmaram que a dieta natural é a mais adequada para a criação de T.absoluta e dentre as dietas artificiais a mais adequada foi aquela contendo feijão branco ) acrescido de´pó de folha de tomateiro e inadequada aquela contendo feijão Pintado. O papel sulfite com atraentes visual (polietileno verde) e olfativo (extrato de folha) destacou-se como local alternativo de postura, podendo substituir as folhas de tomateiro normalmente empregadas em criações de laboratório
publishDate 1998
dc.date.none.fl_str_mv 1998-09-24
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-173005/
url https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-173005/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257204188512256