Manejo da água de irrigação salina em estufa cultivada com pimentão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, José Francismar de
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20230818-145411/
Resumo: Devido à falta de conhecimento por parte dos nossos agricultores e técnicos da tecnologia apropriada para o cultivo de hortaliças, tem sido freqüentes os problemas de salinização do solo. Sendo as hortaliças as plantas cultivadas mais sensíveis à salinidade, pequenos acúmulos de sais no solo podem diminuir a produção destas culturas, tanto em quantidade quanto em qualidade. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos de diferentes níveis de salinidade da água e da lâmina de irrigação que excede a evapotranspiração da cultura no desenvolvimento vegetativo e rendimento do pimentão e no processo de salinização do solo e avaliar procedimentos para controlar a salinidade do solo. Para isso, foram conduzidos dois experimentos em uma estufa de 200 m2. No primeiro foi estudado o efeito da concentração de sais na água e da lâmina excedente de irrigação. Neste caso, foram aplicadas três lâminas de água proporcionais à evapotranspiração atual da cultura (1,0, 1,15 e 1,3ETa), com CE de 1,29, 2,54 e 4,45 dS.m-1, de modo que a menor lâmina era suficiente para repor o uso consuntivo da cultura, monitorado com tanque classe A e tensiômetros. Os resultados do primeiro experimento indicando a salinização do solo e o rendimento da cultura levaram ao estabelecimento dos parâmetros adotados no segundo experimento iniciado logo a seguir. Este experimento foi conduzido em 24 parcelas que foram irrigadas com as águas mais salinas no primeiro experimento, e os tratamentos testados foram a combinação de dois métodos de aplicação de água (gotejamento e inundação) com três lâminas relativas de lavagem (0,67LL, 1,0LL e 1,33LL), em que LL foi calculada segundo Hoffman (1980), de modo a reduzir a salinidade na camada 0-60 cm para 1,5 ds.m-1. Os resultados obtidos permitem concluir que para cada incremento unitário de salinidade da água houve urna redução de 6% do peso da planta e na sua ETa, tomando como base os valores obtidos para a água menos salina Quanto ao rendimento do peso total de frutos colhidos num ciclo de 165 dias, a redução por unidade de incremento de salinidade foi de 8,2%, similar às perdas de rendimento observada para um ciclo de 115 dias. Considerando-se apenas a produção comercial, a redução do rendimento durante todo ciclo chegou a 10,2%. Por outro lado, esses mesmos parâmetros de produção não foram afetados significativamente pelas lâminas de irrigação equivalentes a 1,0, 1,15 e 1,3 da ETa. Os excessos de água de irrigação correspondentes a 15 e 30% da ETa produziram frações de lixiviação de 0,13 e 0,23, respectivamente. Entretanto, contrariando o que seria esperado, estas frações de lixiviação não conseguiram reduzir a salinidade do solo medida no perfil de 0 a 60 cm, em relação à menor fração (0,06). O experimento também revelou que para a cultura do pimentão 1,5 ds.m-1 na salinidade do solo pode ser considerado como valor limite de tolerância, em concordância com o estabelecido pela literatura, fato semelhante ocorrido com a perda do máximo rendimento relativo, que ficou próximo de 14%/(ds.m-1). Observou-se ainda, que a equação proposta por Hoffman (1980) para estimar a lâmina de lavagem para recuperar o solo salinizado de uma estufa, apresentou resultados satisfatórios. Finalmente, pode concluir-se que não é recomendável utilizar para a cultura do pimentão água, incluindo os adubos, com salinidade acima de 2,5 ds.m-1 e que se deve aplicar lâminas de lavagem quando a salinidade do solo for cerca de 2,0 ds.m-1.
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spelling Manejo da água de irrigação salina em estufa cultivada com pimentãoManagement of saline irrigation water for sweet pepper cultivated in greenhouseÁGUA PARA IRRIGAÇÃODESENVOLVIMENTOESTUFASEVAPOTRANSPIRAÇÃOPIMENTÃO HÍBRIDORENDIMENTOSALINIDADE DA ÁGUADevido à falta de conhecimento por parte dos nossos agricultores e técnicos da tecnologia apropriada para o cultivo de hortaliças, tem sido freqüentes os problemas de salinização do solo. Sendo as hortaliças as plantas cultivadas mais sensíveis à salinidade, pequenos acúmulos de sais no solo podem diminuir a produção destas culturas, tanto em quantidade quanto em qualidade. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos de diferentes níveis de salinidade da água e da lâmina de irrigação que excede a evapotranspiração da cultura no desenvolvimento vegetativo e rendimento do pimentão e no processo de salinização do solo e avaliar procedimentos para controlar a salinidade do solo. Para isso, foram conduzidos dois experimentos em uma estufa de 200 m2. No primeiro foi estudado o efeito da concentração de sais na água e da lâmina excedente de irrigação. Neste caso, foram aplicadas três lâminas de água proporcionais à evapotranspiração atual da cultura (1,0, 1,15 e 1,3ETa), com CE de 1,29, 2,54 e 4,45 dS.m-1, de modo que a menor lâmina era suficiente para repor o uso consuntivo da cultura, monitorado com tanque classe A e tensiômetros. Os resultados do primeiro experimento indicando a salinização do solo e o rendimento da cultura levaram ao estabelecimento dos parâmetros adotados no segundo experimento iniciado logo a seguir. Este experimento foi conduzido em 24 parcelas que foram irrigadas com as águas mais salinas no primeiro experimento, e os tratamentos testados foram a combinação de dois métodos de aplicação de água (gotejamento e inundação) com três lâminas relativas de lavagem (0,67LL, 1,0LL e 1,33LL), em que LL foi calculada segundo Hoffman (1980), de modo a reduzir a salinidade na camada 0-60 cm para 1,5 ds.m-1. Os resultados obtidos permitem concluir que para cada incremento unitário de salinidade da água houve urna redução de 6% do peso da planta e na sua ETa, tomando como base os valores obtidos para a água menos salina Quanto ao rendimento do peso total de frutos colhidos num ciclo de 165 dias, a redução por unidade de incremento de salinidade foi de 8,2%, similar às perdas de rendimento observada para um ciclo de 115 dias. Considerando-se apenas a produção comercial, a redução do rendimento durante todo ciclo chegou a 10,2%. Por outro lado, esses mesmos parâmetros de produção não foram afetados significativamente pelas lâminas de irrigação equivalentes a 1,0, 1,15 e 1,3 da ETa. Os excessos de água de irrigação correspondentes a 15 e 30% da ETa produziram frações de lixiviação de 0,13 e 0,23, respectivamente. Entretanto, contrariando o que seria esperado, estas frações de lixiviação não conseguiram reduzir a salinidade do solo medida no perfil de 0 a 60 cm, em relação à menor fração (0,06). O experimento também revelou que para a cultura do pimentão 1,5 ds.m-1 na salinidade do solo pode ser considerado como valor limite de tolerância, em concordância com o estabelecido pela literatura, fato semelhante ocorrido com a perda do máximo rendimento relativo, que ficou próximo de 14%/(ds.m-1). Observou-se ainda, que a equação proposta por Hoffman (1980) para estimar a lâmina de lavagem para recuperar o solo salinizado de uma estufa, apresentou resultados satisfatórios. Finalmente, pode concluir-se que não é recomendável utilizar para a cultura do pimentão água, incluindo os adubos, com salinidade acima de 2,5 ds.m-1 e que se deve aplicar lâminas de lavagem quando a salinidade do solo for cerca de 2,0 ds.m-1.Due to the lack of knowledge of the appropriate technology for greenhouse cultivation by our fanners and technicians, problems of soil salinization have been frequently observed to affect the cultivation of the vegetables under these conditions. As the vegetables are more sensitive to soil salinity, small accumulations of salts in the soil may decrease the production of these crops, in amount as well as in quality. The objective of the present work was to study the effects of different levels of water salinity and depths of irrigations, exceeding evapotranspiration of crop, on growth and yield of sweet pepper, risks of soil salinization and to evaluate procedures to control it. Two experiments were conducted in a greenhouse of 200m2. In the first experiment, the effect of salt concentration of irrigation water and depth of irrigation in soil salinization and crop yield were studied. In this case, 3 depths of water, equivalent to 1.0, 1.15 and 1.3 of actual evapotranspiration (ETa), and electrical conductivities (EC) of 1.29, 2.54 and 4.45 dS.m-1 were applied. The smallest depth was enough to restore the consumptive use of the crop, monitored with class A pan and tensiometers. Results of the first experiment with respect to soil salinization and crop yield permitted to establish the limits of treatments for second experiment which began soon after. This experiment was carried out in 24 plots irrigated with the most saline waters of first experiment and other treatments consisted of combination of two methods of water application (trickle and flood) with three leaching depths (0.67LD, 1.0LD and 1.33LD). The LD was calculated according to equation recommended by Hoffman (1980) to reduce soil salinity in 0-60 cm depth to 1.5 dS.m-1. Results showed that for each unit increment of water salinity, there was 6% reduction in plant weight and ETa, in relation to the values obtained for the least saline water. For pepper yield such reduction was found to be 8.2% for crop cycle of either 115 or 165 days, though for the commercial production, the reduction of the yield during whole cycle was 10.2%. On the other hand, the production parameters were not significantly affected by irrigation depths. The surplus irrigation water corresponding to 15 and 30% of ETa produced leaching fractions of 0.13 and 0.23, respectively. However, these leaching fractions were not able to reduce the soil salinity in the 0-60 cm depth, in comparison to the smallest fraction (0.06). The experiment revealed that for sweet pepper crop soil salinity up to 1.5 ds.m-1 in the saturation extract of the soil may be considered as critical limit of tolerance, in accordance with the literature. Similarly the loss in relative yield due to per unit increase of soil salinity beyond this limit was nearly 14%. To reduce soil salinity value below the critical limit of crop tolerance, the equation proposed by Hoffman (1980) presented satisfactory results to estimate leaching depths to reclaim the saline soil under greenhouse conditions. Finally, it may be concluded that it is not recommendable to use irrigation water of salinity, including due to incorporation of fertilizers, beyond 2.5 ds.m-1, and that adequate depths of water should be applied to leach soil when salinity in soil attains values beyond 2.0 ds.m-1.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCruciani, Décio EugênioMedeiros, José Francismar de1998-03-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20230818-145411/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-08-21T21:15:02Zoai:teses.usp.br:tde-20230818-145411Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-08-21T21:15:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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