Epidemiologia e caracterização molecular do Vírus Parainfluenza Humano 1, 2 e 3 em crianças menores de 5 anos de idade atendidas no Hospital Universitário em 2007, São Paulo - Brasil.
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-02022010-093628/ |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho é descrever o perfil epidemiológico e molecular dos vírus Parainfluenza em crianças menores de 5 ano de idade, com infecção das vias respiratórias. Por tanto, aspirados de nasofaringe de 742 crianças foram examinadas para os Vírus Parainfluenza Humano(HPIV1, HPIV2 e HPIV3), hRSV, hMPV e IA e IB pela técnica de RT-PCR, durante o ano de 2007. Ao todo foram identificados 52(7%) Parainfluenza vírus, sendo 9(17,3%) HPIV1, 8(15,4%) HPIV2 e 35(67,3%) HPIV3. Destas, 12 (23%) foram casos de coinfecções, sendo 3 (25%) de HPIV3 com VRS, 3 (25%) com MPV e 3 (25%) com HPIV1 e 1(8,33%) com HPIV2; além de 1(8,33%) do HPIV1 com hVSR; e 1(8,33%) de HPIV2 com o hMPV. Com relação ao setor de atendimento, dos 52 pacientes com HPIV, 8(5%) dos casos foram atendidos no PA; 38(8,4%) na ENF; 6(18,2%) na UTI. Obtivemos, no estudo, 21(5,3%) crianças do sexo masculino com infecção por HPIV e 31(9%) de sexo feminino. Quanto a idade, as crianças entre 1 a 23 meses foram as mais frequentemente infectadas. Com relação ao diagnóstico clínico tivemos 19(36,5%) casos com bronquiolites, 13(25%) casos com pneumonia, 7(13,4%) com broncopneumonia, 2(3,9%) de casos de dispnéia e 2(3,9%) de IVAS, além de 9(17,3%) sem informação da sintomatologia. A sazonalidade do HPIV foi marcada pela circulação do HPIV3 durante o ano inteiro, com maior incidência em outubro(primavera). O HPIV 1 e 2 se alternaram durante o ano, onde o HPIV1 circulou no primeiro semestre com maior incidência no mês de abril e maio e o HPIV2 circulou no segundo semestre com maior incidência em outubro, coincidindo com o HPIV3. O Estudo filogenético dos HPIV1 demonstrou 9 mutações nucleotídicas, sendo que 4 são características das amostras brasileiras. Entretanto, quando feito a transdução para aminoácido, apenas uma mutação foi não silenciosa, onde observamos a mudança de glicina, nas amostras do Genbank, para argenina, nas amostras brasileiras, deixando-as em um clado único na topologia da árvore obtida. O HPIV3 apresentou 4 subgrupos distintos durante o ano e suas mutações tanto nucleotídicas quanto de aminoácidos foram todas silenciosas. Em conclusão o vírus parainfluenza representaram a 3ª maior causa de infecção das vias respiratórias inferiores, precedido pelo vírus respiratório Sincicial e o Metapneumovirus. |
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Epidemiologia e caracterização molecular do Vírus Parainfluenza Humano 1, 2 e 3 em crianças menores de 5 anos de idade atendidas no Hospital Universitário em 2007, São Paulo - Brasil.Molecular characterization and epidemiology of Human Parainfluenza Vírus isoled from children below five years old hospitalized at the University Hospital, USP, in 2007, São Paulo - Brazil.EpidemiologiaEpidemiologyHPIV (Human Parainfluenza Viruses) type 1-2 e 3HPIV (Parainfluenza Vírus Humano) tipo 1-2 e 3Molecular virologyProteínasProteinsVirologia molecularVirusVírusO objetivo do presente trabalho é descrever o perfil epidemiológico e molecular dos vírus Parainfluenza em crianças menores de 5 ano de idade, com infecção das vias respiratórias. Por tanto, aspirados de nasofaringe de 742 crianças foram examinadas para os Vírus Parainfluenza Humano(HPIV1, HPIV2 e HPIV3), hRSV, hMPV e IA e IB pela técnica de RT-PCR, durante o ano de 2007. Ao todo foram identificados 52(7%) Parainfluenza vírus, sendo 9(17,3%) HPIV1, 8(15,4%) HPIV2 e 35(67,3%) HPIV3. Destas, 12 (23%) foram casos de coinfecções, sendo 3 (25%) de HPIV3 com VRS, 3 (25%) com MPV e 3 (25%) com HPIV1 e 1(8,33%) com HPIV2; além de 1(8,33%) do HPIV1 com hVSR; e 1(8,33%) de HPIV2 com o hMPV. Com relação ao setor de atendimento, dos 52 pacientes com HPIV, 8(5%) dos casos foram atendidos no PA; 38(8,4%) na ENF; 6(18,2%) na UTI. Obtivemos, no estudo, 21(5,3%) crianças do sexo masculino com infecção por HPIV e 31(9%) de sexo feminino. Quanto a idade, as crianças entre 1 a 23 meses foram as mais frequentemente infectadas. Com relação ao diagnóstico clínico tivemos 19(36,5%) casos com bronquiolites, 13(25%) casos com pneumonia, 7(13,4%) com broncopneumonia, 2(3,9%) de casos de dispnéia e 2(3,9%) de IVAS, além de 9(17,3%) sem informação da sintomatologia. A sazonalidade do HPIV foi marcada pela circulação do HPIV3 durante o ano inteiro, com maior incidência em outubro(primavera). O HPIV 1 e 2 se alternaram durante o ano, onde o HPIV1 circulou no primeiro semestre com maior incidência no mês de abril e maio e o HPIV2 circulou no segundo semestre com maior incidência em outubro, coincidindo com o HPIV3. O Estudo filogenético dos HPIV1 demonstrou 9 mutações nucleotídicas, sendo que 4 são características das amostras brasileiras. Entretanto, quando feito a transdução para aminoácido, apenas uma mutação foi não silenciosa, onde observamos a mudança de glicina, nas amostras do Genbank, para argenina, nas amostras brasileiras, deixando-as em um clado único na topologia da árvore obtida. O HPIV3 apresentou 4 subgrupos distintos durante o ano e suas mutações tanto nucleotídicas quanto de aminoácidos foram todas silenciosas. Em conclusão o vírus parainfluenza representaram a 3ª maior causa de infecção das vias respiratórias inferiores, precedido pelo vírus respiratório Sincicial e o Metapneumovirus.The goal of the present work was to characterize the epidemiologic and molecular profile of the parainfluenza virus in children with less than 5 years of age and presenting respiratory tract infection. Human Parainfluenza (HPIV1, HPIV2, HPIV3), and hRSV, hMPV e IA e IB were evaluated in nasopharyngeal aspirate from 742 children by RT-PCR during the year of 2007. Human parainfluenza was identified in 52(7%) of the samples, which include 9(17,3%) HPIV1, 8(15,4%) HPIV2 and 35(67,3%) HPIV3 17,3% (n=9). Among the 52 cases with parainfluenza, 12 (23%) presented coinfection with other viruses: 3 (25%) coinfection with HPIV3 and VRS, 3 (25%) MPV , 3 (25%) HPIV1 , 1(8,33%) HPIV2 . In addition, it was observed 1(8,33%) of cases with HPIV1 and hVSR; and 1(8,33%) of cases with HPIV2 and hMPV. With respect to the clinical care of the 52 patients with HPIV, 8(5%) were treated at the ER? ; 38(8,4%) at the ENF and 6(18,2%) at the ICU. With respect to gender, a total of 21(5,3%) of the participants with HPIV infections were male and 31(9%) were female. The prevalent age range of participants with infections was 1-23 months of age. The following clinical parameters were observed: bronchiolitis 19(36,5%), pneumonia 13(25%), bronchopneumonia 7(13,4%), dyspnea 2(3,9%) and IVAS 2(3,9%). No clinical information was available for 9(17,3%) cases. HPIV3 infections were detected all year long with an incidence peak in October (Spring). HPIV1 and 2 infections were intercalated during the year. HPIV1 was detected during the first semester with peaks of incidence in April and May whereas HPIV2 was detected during the second semester with peaks of incidence in October, coexisting with HPIV3. HPIV1phylogenetic studies revealed 9 genetic mutations. 4 out of the 9 mutations are exclusively found in the brazilian population. However, only one of these 9 mutations is non-silent and causes a glycine to argenine substitution. When compared to other brazilian sequences in the GenBank, this observation revealed um clado único na topologia da árvore obtida. HPIV3 genotyping included 4 distinct groups detected all year long. All mutations observed in HPIV3 were silent. In conclusion, the parainfluenza virus represent the 3rd major cause of infection of the lower respiratory tract, following the sincicial respiratory virus and the Metapneumovirus.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPStewien, Klaus EberhardAmaral, Larissa Morais Bomilcar do2009-11-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-02022010-093628/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:03Zoai:teses.usp.br:tde-02022010-093628Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O objetivo do presente trabalho é descrever o perfil epidemiológico e molecular dos vírus Parainfluenza em crianças menores de 5 ano de idade, com infecção das vias respiratórias. Por tanto, aspirados de nasofaringe de 742 crianças foram examinadas para os Vírus Parainfluenza Humano(HPIV1, HPIV2 e HPIV3), hRSV, hMPV e IA e IB pela técnica de RT-PCR, durante o ano de 2007. Ao todo foram identificados 52(7%) Parainfluenza vírus, sendo 9(17,3%) HPIV1, 8(15,4%) HPIV2 e 35(67,3%) HPIV3. Destas, 12 (23%) foram casos de coinfecções, sendo 3 (25%) de HPIV3 com VRS, 3 (25%) com MPV e 3 (25%) com HPIV1 e 1(8,33%) com HPIV2; além de 1(8,33%) do HPIV1 com hVSR; e 1(8,33%) de HPIV2 com o hMPV. Com relação ao setor de atendimento, dos 52 pacientes com HPIV, 8(5%) dos casos foram atendidos no PA; 38(8,4%) na ENF; 6(18,2%) na UTI. Obtivemos, no estudo, 21(5,3%) crianças do sexo masculino com infecção por HPIV e 31(9%) de sexo feminino. Quanto a idade, as crianças entre 1 a 23 meses foram as mais frequentemente infectadas. Com relação ao diagnóstico clínico tivemos 19(36,5%) casos com bronquiolites, 13(25%) casos com pneumonia, 7(13,4%) com broncopneumonia, 2(3,9%) de casos de dispnéia e 2(3,9%) de IVAS, além de 9(17,3%) sem informação da sintomatologia. A sazonalidade do HPIV foi marcada pela circulação do HPIV3 durante o ano inteiro, com maior incidência em outubro(primavera). O HPIV 1 e 2 se alternaram durante o ano, onde o HPIV1 circulou no primeiro semestre com maior incidência no mês de abril e maio e o HPIV2 circulou no segundo semestre com maior incidência em outubro, coincidindo com o HPIV3. O Estudo filogenético dos HPIV1 demonstrou 9 mutações nucleotídicas, sendo que 4 são características das amostras brasileiras. Entretanto, quando feito a transdução para aminoácido, apenas uma mutação foi não silenciosa, onde observamos a mudança de glicina, nas amostras do Genbank, para argenina, nas amostras brasileiras, deixando-as em um clado único na topologia da árvore obtida. O HPIV3 apresentou 4 subgrupos distintos durante o ano e suas mutações tanto nucleotídicas quanto de aminoácidos foram todas silenciosas. Em conclusão o vírus parainfluenza representaram a 3ª maior causa de infecção das vias respiratórias inferiores, precedido pelo vírus respiratório Sincicial e o Metapneumovirus. |
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