Influência do posicionamento do espécime na resistência adesiva à dentina e na espessura da camada de sistemas adesivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pazinatto, Flavia Bittencourt
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-07022007-144601/
Resumo: Investigou-se a influência da inclinação das paredes de dentina (paralela ou perpendicular à ação da gravidade) e da variação regional dos espécimes (terços cervical ou oclusal) na resistência adesiva e na espessura da camada de adesivo. Vinte e cinco molares humanos foram seccionados no sentido mésio-distal e paralelamente ao seu longo eixo, obtendo-se secções vestibulares e linguais, as quais foram lixadas produzindo-se superfícies planas de dentina. Sistemas adesivos (Adper Single Bond-SB e Prime & Bond 2.1- PB2.1) foram aplicados na dentina, ora paralelamente ora perpendicularmente à ação da gravidade, padronizando-se o volume de adesivo (3,5 µl por gota) através do uso de uma micropipeta e seguindo-se as instruções dos fabricantes. Os grupos de estudo foram: 1A (SB, paralelo), 1B (SB, perpendicular), 2A (PB2.1, paralelo) e 2B (PB2.1, perpendicular). Após 24h de armazenamento em água deionizada a 37°C, espécimes foram preparados na forma de palitos de dentina com área adesiva de 0,8 mm2, aproximadamente. Na seqüência, foi determinada a espessura do adesivo de cada espécime, em micrômetros (µm), sob microscopia óptica (200X de aumento) e auxílio do programa Image Pro-Plus 4.5. Posteriormente, os espécimes foram submetidos à microtração sob velocidade de 0,5 mm/min. Todos os espécimes fraturados foram examinados sob microscopia óptica (40X de aumento) para a determinação dos planos de fratura. Os dados coletados foram submetidos aos testes ANOVA a 1 e 2 critérios e SNK (? = 0,05). Para determinação da correlação entre resistência adesiva e espessura do adesivo foi utilizado o teste de Correlação de Pearson. Os valores médios (MPa±d.p.) de resistência adesiva dos grupos 2A (52,93±15,19) e 2B (52,27±16,54) foram superiores àqueles dos grupos 1A (39,09±12,90) e 1B (32,94±12,42), independente da inclinação das paredes de dentina dos mesmos. Não houve diferença nos valores de resistência adesiva à dentina, independente da variação regional do espécime. Os valores médios (µm±d.p.) de espessura da camada de adesivo dos grupos 1A (11,24±2,92) e 1B (18,11±7,31) foram superiores àqueles dos grupos 2A (4,20±1,81) e 2B (3,87±1,29) (p > 0,05). O grupo 1B promoveu os maiores valores de espessura de adesivo, seguido do grupo 1A. As espessuras do adesivo nos grupos 2A e 2B apresentaram-se similares entre si. Houve influência da variação regional do espécime na espessura de adesivo somente para o grupo 1B. Não houve correlação entre resistência adesiva e espessura de adesivos para ambos SB e PB2.1 (r = -0,224, p = 0,112 e r = 0,099, p = 0,491, respectivamente). Conclui-se que a influência da inclinação das paredes de dentina e da variação regional dos espécimes na espessura da camada de adesivo é material-dependente, porém não influem na resistência adesiva dos sistemas adesivos à dentina.
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spelling Influência do posicionamento do espécime na resistência adesiva à dentina e na espessura da camada de sistemas adesivosInfluence of dentin surface inclination on bond strength and adhesive layer thicknessAdesivos dentináriosAdhesive layer thicknessAdhesive systemBond strengthDentinDentinaDentísticaGravityViscosityInvestigou-se a influência da inclinação das paredes de dentina (paralela ou perpendicular à ação da gravidade) e da variação regional dos espécimes (terços cervical ou oclusal) na resistência adesiva e na espessura da camada de adesivo. Vinte e cinco molares humanos foram seccionados no sentido mésio-distal e paralelamente ao seu longo eixo, obtendo-se secções vestibulares e linguais, as quais foram lixadas produzindo-se superfícies planas de dentina. Sistemas adesivos (Adper Single Bond-SB e Prime & Bond 2.1- PB2.1) foram aplicados na dentina, ora paralelamente ora perpendicularmente à ação da gravidade, padronizando-se o volume de adesivo (3,5 µl por gota) através do uso de uma micropipeta e seguindo-se as instruções dos fabricantes. Os grupos de estudo foram: 1A (SB, paralelo), 1B (SB, perpendicular), 2A (PB2.1, paralelo) e 2B (PB2.1, perpendicular). Após 24h de armazenamento em água deionizada a 37°C, espécimes foram preparados na forma de palitos de dentina com área adesiva de 0,8 mm2, aproximadamente. Na seqüência, foi determinada a espessura do adesivo de cada espécime, em micrômetros (µm), sob microscopia óptica (200X de aumento) e auxílio do programa Image Pro-Plus 4.5. Posteriormente, os espécimes foram submetidos à microtração sob velocidade de 0,5 mm/min. Todos os espécimes fraturados foram examinados sob microscopia óptica (40X de aumento) para a determinação dos planos de fratura. Os dados coletados foram submetidos aos testes ANOVA a 1 e 2 critérios e SNK (? = 0,05). Para determinação da correlação entre resistência adesiva e espessura do adesivo foi utilizado o teste de Correlação de Pearson. Os valores médios (MPa±d.p.) de resistência adesiva dos grupos 2A (52,93±15,19) e 2B (52,27±16,54) foram superiores àqueles dos grupos 1A (39,09±12,90) e 1B (32,94±12,42), independente da inclinação das paredes de dentina dos mesmos. Não houve diferença nos valores de resistência adesiva à dentina, independente da variação regional do espécime. Os valores médios (µm±d.p.) de espessura da camada de adesivo dos grupos 1A (11,24±2,92) e 1B (18,11±7,31) foram superiores àqueles dos grupos 2A (4,20±1,81) e 2B (3,87±1,29) (p > 0,05). O grupo 1B promoveu os maiores valores de espessura de adesivo, seguido do grupo 1A. As espessuras do adesivo nos grupos 2A e 2B apresentaram-se similares entre si. Houve influência da variação regional do espécime na espessura de adesivo somente para o grupo 1B. Não houve correlação entre resistência adesiva e espessura de adesivos para ambos SB e PB2.1 (r = -0,224, p = 0,112 e r = 0,099, p = 0,491, respectivamente). Conclui-se que a influência da inclinação das paredes de dentina e da variação regional dos espécimes na espessura da camada de adesivo é material-dependente, porém não influem na resistência adesiva dos sistemas adesivos à dentina.To determine the effect of the inclination of dentin surfaces (parallel or perpendicular to the force of gravity) and the regional variation of specimens (cervical or occlusal thirds) on the dentin bond strength and adhesive layer thickness. Twenty-five extracted human molars were sectioned in a mesio-distal direction to expose flat dentin. Standardized drop volumes of adhesive systems (Single Bond-SB and Prime & Bond 2.1-PB2.1) were applied to dentin according to manufacturers instructions. Teeth were randomly divided into the following groups: 1A (SB, parallel), 1B (SB, perpendicular), 2A (PB2.1, parallel) and 2B (PB2.1, perpendicular). Teeth were stored in 37°C distilled water for 24h and then serially sectioned to obtain sticks with cross-sectional area of approximately 0.8 mm2 for microtensile bond strength test (MTBS). The thickness of adhesive layer of the MTBS specimen was determined in a light microscope at 200X magnification. Forty-eight hours after adhesion procedures the specimens were subjected to MTBS at a crosshead speed of 0.5 mm/min. After testing, the fracture modes of each specimen were determined by examination under a 40X magnification. One and two-way ANOVA and Student- Newman-Keuls-SNK tests were performed do determine differences in MTBS and in adhesive layer thickness among groups. The correlation between MTBS and adhesive layer thickness was compared with Pearson Product Moment Correlation ('alfa' = 0.05). Mean values (MPa±s.d.) for bond strength were higher for groups 2A (52.93±15.19) and 2B (52.27±16.54) than for groups 1A (39.09±12.90) and 1B (32.94±12.42), regardless of the position of dentin surfaces. There was no difference in MTBS, despite the regional variation of specimens. The thickness of adhesive systems (µm±s.d.) was higher for groups 1A (11.24±2.92) and 1B (18.11±7.31) than those for groups 2A (4.20±1.81) and 2B (3.87±1.29). Group 1B provided the greater mean values of adhesive thickness followed by the Group 1A. Similar adhesive thicknesses were found for Groups 2A and 2B, but significantly lower than the other groups. There was a significant influence of the regional variation of specimens on the adhesive thickness of group 1B. No correlation was found between bond strength and adhesive layer thickness for both SB and PB 2.1 (r = -0.224, p = 0.112 and r = 0.099, p = 0.491, respectively). The inclination of dentin surface and the regional variation of specimens on the adhesive layer thickness are materialdependent. These variables do not influence the adhesive systems bond strength to dentin.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAtta, Maria TeresaPazinatto, Flavia Bittencourt2006-04-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-07022007-144601/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-07022007-144601Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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