Tratamento térmico e radiação gama no controle de Colletotrichum gloeosporioides (penz.) Penz. Et Sacc., agente causal da antracnose em frutos de mamoeiro (Carica papaya L.)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1989 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/64131/tde-20231122-100756/ |
Resumo: | Objetivando o controle da antracnose em frutos de mamoeiro foram estudados os efeitos do tratamento térmico e da radiação gama, empregados separadamente ou combinados, em quatro isolados de Colletotrichum gloeosporioides in vitro e em frutos de mamoeiro. Foram também estudadas as condições ideais para o crescimento e a esporulação dos isolados. Os resultados mostraram que as condições ideais para o desenvolvimento dos isolados em BDA foram: temperatura entre 25 e 27°C para o crescimento radial do micélio; entre 27 e 30°C sob regime de alternância de 12 horas de luz fluorescente e de ausência de luz durante 7 dias para a esporulação; e entre 24 e 30°C para a germinação dos conídios. Quanto ao efeito da radiação gama nos isolados, total inibição do crescimento radial do micélio ocorreu com a dose de 5,0kGy; completa inativação da viabilidade dos conídios em suspensão na concentração de 106 ml-1 foi obtida com a dose de 4, 0kGy e para os conídios em suspensão, nas concentrações de 10 4 e 10 5 de conídios ml-1, a dose requerida para o mesmo efeito de 3,0 kGy. Os tratamentos térmicos a 48° durante 20 minutos e a 50°C durante 10 minutos, seguidos de irradiação na dose de 1,0 kGy, inativaram a viabilidade dos conídios dos quatro isolados em suspensão na concentração 106 conídios ml-1. A dose de 1,5 kGy ocasionou escaldadura nos frutos, o mesmo ocorrendo após o tratamento térmico dos o frutos a 50°C e durante 20 minutos, a 52, 54 e 56°C durante 10 minutos e a 56°C durante 5 minutos. Controle efetivo da antracnose em frutos de mamoeiro inoculados foi obtido com as seguintes combinações de tratamento térmico e radiação gama: 48°C durante 20 minutos e 0,7 5 ou 1,0 kGy; 50°C durante 7,5 minutos e 0,75 ou 1,0 kGy e 50°C durante 10 minutos e 0,75 ou 1,0 kGy, após armazenamento durante 7 dias a temperatura ambiente. Também em frutos naturalmente infectados esses tratamentos combinados foram efetivos no controle da antracnose, após armazenamento durante 21 dias a 14°C e, a seguir, mais 4 dias à temperatura ambiente. A aplicação de cera nos frutos reduziu a perda de peso durante o armazenamento e contribuiu para o melhor aspecto dos frutos. Os quatro isolados de C. gloeosporioides apresentaram comportamentos semelhantes quando submetidos, in vitro e in vivo, ao tratamento térmico e à radiação gama. Por outro lado, comportamento diverso quanto à patogenicidade foi evidenciado pela maior patogenicidade do isolado 19/85L em comparação com o 17/85L. Os resultados obtidos apontam provável viabilidade do emprego do tratamento térmico-irradiação no controle da podridão pós-colheita de frutos de mamoeiro causada por C. gloeosporioides. |
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Tratamento térmico e radiação gama no controle de Colletotrichum gloeosporioides (penz.) Penz. Et Sacc., agente causal da antracnose em frutos de mamoeiro (Carica papaya L.)Heat treatment and gamma radiation on the control of Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. et Sacc., causal agent of the papaya fruits (Carica papaya L.) anthracnoseANTRACNOSEFUNGOS FITOPATOGÊNICOSMAMÃORADIAÇÃO GAMATRATAMENTO TÉRMICOObjetivando o controle da antracnose em frutos de mamoeiro foram estudados os efeitos do tratamento térmico e da radiação gama, empregados separadamente ou combinados, em quatro isolados de Colletotrichum gloeosporioides in vitro e em frutos de mamoeiro. Foram também estudadas as condições ideais para o crescimento e a esporulação dos isolados. Os resultados mostraram que as condições ideais para o desenvolvimento dos isolados em BDA foram: temperatura entre 25 e 27°C para o crescimento radial do micélio; entre 27 e 30°C sob regime de alternância de 12 horas de luz fluorescente e de ausência de luz durante 7 dias para a esporulação; e entre 24 e 30°C para a germinação dos conídios. Quanto ao efeito da radiação gama nos isolados, total inibição do crescimento radial do micélio ocorreu com a dose de 5,0kGy; completa inativação da viabilidade dos conídios em suspensão na concentração de 106 ml-1 foi obtida com a dose de 4, 0kGy e para os conídios em suspensão, nas concentrações de 10 4 e 10 5 de conídios ml-1, a dose requerida para o mesmo efeito de 3,0 kGy. Os tratamentos térmicos a 48° durante 20 minutos e a 50°C durante 10 minutos, seguidos de irradiação na dose de 1,0 kGy, inativaram a viabilidade dos conídios dos quatro isolados em suspensão na concentração 106 conídios ml-1. A dose de 1,5 kGy ocasionou escaldadura nos frutos, o mesmo ocorrendo após o tratamento térmico dos o frutos a 50°C e durante 20 minutos, a 52, 54 e 56°C durante 10 minutos e a 56°C durante 5 minutos. Controle efetivo da antracnose em frutos de mamoeiro inoculados foi obtido com as seguintes combinações de tratamento térmico e radiação gama: 48°C durante 20 minutos e 0,7 5 ou 1,0 kGy; 50°C durante 7,5 minutos e 0,75 ou 1,0 kGy e 50°C durante 10 minutos e 0,75 ou 1,0 kGy, após armazenamento durante 7 dias a temperatura ambiente. Também em frutos naturalmente infectados esses tratamentos combinados foram efetivos no controle da antracnose, após armazenamento durante 21 dias a 14°C e, a seguir, mais 4 dias à temperatura ambiente. A aplicação de cera nos frutos reduziu a perda de peso durante o armazenamento e contribuiu para o melhor aspecto dos frutos. Os quatro isolados de C. gloeosporioides apresentaram comportamentos semelhantes quando submetidos, in vitro e in vivo, ao tratamento térmico e à radiação gama. Por outro lado, comportamento diverso quanto à patogenicidade foi evidenciado pela maior patogenicidade do isolado 19/85L em comparação com o 17/85L. Os resultados obtidos apontam provável viabilidade do emprego do tratamento térmico-irradiação no controle da podridão pós-colheita de frutos de mamoeiro causada por C. gloeosporioides.For controlling papaya anthracnose on stored fruits the effect of heat treatment and gamma radiation on Colletotrichum gloeosporioides was studied in vitro and in vivo. Some physiological studies with four isolades of C. gloeosparioides from papaya fruits concerning the best conditions for mycelial growth and sporulation were also performed. The results showed that the best conditions for isolates development in BDA were: temperature between 25 and 27°C for mycelium radial growth; between 27 and 30°C under 12 hours alternating periods of fluorescente light and darkness during 7 days for sporulation; and o between 24 and 30ºC for conidial germination. Concerning the effect of gamma radiation on the isolates, total inhibition of mycelium radial growth occurred at 5,0 kGy; inactivation of conidia viability was observed at the concentration of 106 conidia ml-1 with 4,0 kGy. At 104 and10 5 conidia ml-1 concentration it was required 3,0 kGy. Heat treatments at 48° for 20 minutes and at 50°C for 10 minutes, when followed by irradiation at 1,0 kGy inactiveted conidia viability of all isolates at concentration 106 conidia ml-1. Fruit scald has occurred at 1,5 kGy and after heat treatment at 50°C for 20 minutes, at 52, 54 and 56°C for 10 minutes and 56°C for 5 minutes. Effective contral of anthracnose on inoculated papaya fruits was obtained with heat treatment at 48°C for 20 minutes and 50°C for 7,5 or 10,0 minutes, followed by irradiation at 0,75 or 1,0 kGy, all of them after storage during 7 days at room temperature. These combined treatments were also effective on anthracnose control of naturally infected fruits after storage for 21 days at 14°C plus 4 days at room temperature. Was coating on fruits reduced weight loss during storage and improved their appearance. Similar behavior of the isolates of C. gloeosporioides was observed under heat and gamma radiation in vitro or in vivo. On the other hand, diverse behavior was obtained when comparing isolates 19/85L and 17/85L, having the former, higher pathogenicity. The results obtained pointed ou probable viability of heat treatment-irradiation on the control of papaya fruit anthracnose.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPWiendl, Frederico MaximilianoSilva, Tanni Maria Werneck da1989-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/64131/tde-20231122-100756/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-09T14:43:02Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-100756Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-09T14:43:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivando o controle da antracnose em frutos de mamoeiro foram estudados os efeitos do tratamento térmico e da radiação gama, empregados separadamente ou combinados, em quatro isolados de Colletotrichum gloeosporioides in vitro e em frutos de mamoeiro. Foram também estudadas as condições ideais para o crescimento e a esporulação dos isolados. Os resultados mostraram que as condições ideais para o desenvolvimento dos isolados em BDA foram: temperatura entre 25 e 27°C para o crescimento radial do micélio; entre 27 e 30°C sob regime de alternância de 12 horas de luz fluorescente e de ausência de luz durante 7 dias para a esporulação; e entre 24 e 30°C para a germinação dos conídios. Quanto ao efeito da radiação gama nos isolados, total inibição do crescimento radial do micélio ocorreu com a dose de 5,0kGy; completa inativação da viabilidade dos conídios em suspensão na concentração de 106 ml-1 foi obtida com a dose de 4, 0kGy e para os conídios em suspensão, nas concentrações de 10 4 e 10 5 de conídios ml-1, a dose requerida para o mesmo efeito de 3,0 kGy. Os tratamentos térmicos a 48° durante 20 minutos e a 50°C durante 10 minutos, seguidos de irradiação na dose de 1,0 kGy, inativaram a viabilidade dos conídios dos quatro isolados em suspensão na concentração 106 conídios ml-1. A dose de 1,5 kGy ocasionou escaldadura nos frutos, o mesmo ocorrendo após o tratamento térmico dos o frutos a 50°C e durante 20 minutos, a 52, 54 e 56°C durante 10 minutos e a 56°C durante 5 minutos. Controle efetivo da antracnose em frutos de mamoeiro inoculados foi obtido com as seguintes combinações de tratamento térmico e radiação gama: 48°C durante 20 minutos e 0,7 5 ou 1,0 kGy; 50°C durante 7,5 minutos e 0,75 ou 1,0 kGy e 50°C durante 10 minutos e 0,75 ou 1,0 kGy, após armazenamento durante 7 dias a temperatura ambiente. Também em frutos naturalmente infectados esses tratamentos combinados foram efetivos no controle da antracnose, após armazenamento durante 21 dias a 14°C e, a seguir, mais 4 dias à temperatura ambiente. A aplicação de cera nos frutos reduziu a perda de peso durante o armazenamento e contribuiu para o melhor aspecto dos frutos. Os quatro isolados de C. gloeosporioides apresentaram comportamentos semelhantes quando submetidos, in vitro e in vivo, ao tratamento térmico e à radiação gama. Por outro lado, comportamento diverso quanto à patogenicidade foi evidenciado pela maior patogenicidade do isolado 19/85L em comparação com o 17/85L. Os resultados obtidos apontam provável viabilidade do emprego do tratamento térmico-irradiação no controle da podridão pós-colheita de frutos de mamoeiro causada por C. gloeosporioides. |
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