Associação ectomicorrízica de Pisolithus tinctorius (Pers.) Coker e Couch com espécies de Eucalyptus L'Héritier

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yokomino, Nilse Kasue Shimura
Data de Publicação: 1981
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-154134/
Resumo: Caracterizou-se a freqüência, forma e os componentes estruturais de basidiocarpos de ocorrência natural de Pisolithus tinctorius, provenientes de povoamentos de Eucalyptus citriodora, E. grandis, E. saligna e E. viminalis, das localidades de Itapetininga - SP, Itirapina - SP, Mogi Mirim - SP e Três Barras - SC. As micorrizas observadas nessas espécies apresentaram uma organização estrutural uniforme, coloração amarela, morfologia do tipo piramidal aberto ou ramiforme, sendo tipicamente ectotrófica, com manta de espessura variável (11,5 - 92,0 µm) mas homogênea do tipo sinênquima. A rede de Hartig apresentava penetração intercelular das hifas do fungo até próxima às células da endoderme. O método de isolamento de P. tinctorius a partir de peridíolos, utilizando meio modificado de Melin Norkrans (MMN), mostrou-se eficiente, com obtenção de 75% de culturas do total dos peridíolos implantados. O mesmo não ocorreu para o método de isolamento do fungo micorrízico a partir da manta das micorrizas, que apresentou apenas 0,6% de culturas. A comparação de culturas obtidas em ambos os isolamentos permitiram a identificação do fungo micorrízico como P. tinctorius. Os isolados de P. tinctorius de talhões de Eucalyptus, comparados com o mesmo fungo de procedência de Pinus taeda norte americano, apresentaram diferenças em vigor e coloração. Em condições de casa de vegetação, através da infestação do solo com inóculo vegetativo de ambos os isolados, avaliou-se as respectivas capacidades de formação de micorrizas em mudas de Eucalyptus saligna e Pinus taeda. As micorrizas de P. tinctorius foram detectadas unicamente em P. taeda, que cresciam em solo infestado com P. tinctorius isolado de pinus, demonstrando a especificidade deste isolado para com o hospedeiro de origem. Basidiosporos e inóculo vegetativo, obtidos a partir de basidiocarpos de P. tinctorius de eucalipto foram utilizados na infestação do substrato de mudas de Pinus elliottii var. elliottii e Eucalyptus citriodora, não sendo detectados efeitos desta infestação nas características de associação do fungo na forma de micorrizas, altura da copa e peso seco total das mudas.
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spelling Associação ectomicorrízica de Pisolithus tinctorius (Pers.) Coker e Couch com espécies de Eucalyptus L'HéritierEctomycorrhizal association of Pisolithus tinctorius (Pers.) Coker & Couch with Eucalyptus L'Héritier speciesEUCALIPTOFUNGOS MICORRÍZICOSCaracterizou-se a freqüência, forma e os componentes estruturais de basidiocarpos de ocorrência natural de Pisolithus tinctorius, provenientes de povoamentos de Eucalyptus citriodora, E. grandis, E. saligna e E. viminalis, das localidades de Itapetininga - SP, Itirapina - SP, Mogi Mirim - SP e Três Barras - SC. As micorrizas observadas nessas espécies apresentaram uma organização estrutural uniforme, coloração amarela, morfologia do tipo piramidal aberto ou ramiforme, sendo tipicamente ectotrófica, com manta de espessura variável (11,5 - 92,0 µm) mas homogênea do tipo sinênquima. A rede de Hartig apresentava penetração intercelular das hifas do fungo até próxima às células da endoderme. O método de isolamento de P. tinctorius a partir de peridíolos, utilizando meio modificado de Melin Norkrans (MMN), mostrou-se eficiente, com obtenção de 75% de culturas do total dos peridíolos implantados. O mesmo não ocorreu para o método de isolamento do fungo micorrízico a partir da manta das micorrizas, que apresentou apenas 0,6% de culturas. A comparação de culturas obtidas em ambos os isolamentos permitiram a identificação do fungo micorrízico como P. tinctorius. Os isolados de P. tinctorius de talhões de Eucalyptus, comparados com o mesmo fungo de procedência de Pinus taeda norte americano, apresentaram diferenças em vigor e coloração. Em condições de casa de vegetação, através da infestação do solo com inóculo vegetativo de ambos os isolados, avaliou-se as respectivas capacidades de formação de micorrizas em mudas de Eucalyptus saligna e Pinus taeda. As micorrizas de P. tinctorius foram detectadas unicamente em P. taeda, que cresciam em solo infestado com P. tinctorius isolado de pinus, demonstrando a especificidade deste isolado para com o hospedeiro de origem. Basidiosporos e inóculo vegetativo, obtidos a partir de basidiocarpos de P. tinctorius de eucalipto foram utilizados na infestação do substrato de mudas de Pinus elliottii var. elliottii e Eucalyptus citriodora, não sendo detectados efeitos desta infestação nas características de associação do fungo na forma de micorrizas, altura da copa e peso seco total das mudas.Basidiocarps of Pisolithus tinctorius (Pers.) Coker & Couch formed naturally in association with Eucalyptus citriodora, E. grandis, E. saligna and E. viminalis were examined and described with respect to their frequency, form and structural components. The mycorrhizae observed on these species of Eucalyptus showed only one type of structural organization, yellow co1our, and open pyramidal or ramiform type of morphology, being typically ectotrophic. The hyphal mantle was variable in thickness (11,5 - 92,0 µm) and of the synenchyma type. The Hartig net presented intercellular hyphal growth to near the endoderm. The isolation technique of P. tinctorius from peridioles, using the modified Melin Norkrans medium (MMN), was efficient, 75% of the peridioles placed in agar yielding P. tinctorius cultures. Recoverage of this fungus from mycorrhizae was very low (0,6%). Comparasion between basidiocarps and mycorrhizae isolates demonstrated that the mycorrhizae were formed by P. tinctorius. P. tinctorius isolate from eucalypt differed from the isolate from pine in vigour and colour. Under greenhouse conditions, through artificial infestation of the soil, the eucalypt isolate did not form mycorrhizae with Eucalyptus saligna, as well as with Pinus taeda. The pine isolate form mycorrhizae only with P. taeda, demonstrating the specificity of P. tinctorius with respect to its capacity of forming mycorrhizae with different host genera. Basidiospores and vegetative pure culture inoculum obtained from basidiocarps of eucalypt P. tinctorius were also used to infested the soil substrate for growth of Pinus elliottii var. elliottii and Eucalyptus citriodora seedlings. There was no formation of mycorrhizae on the seedlings of both genera. Differences in growth of the seedlings were also not observed between inoculated and no inoculated treatments.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKrügner, Tasso LéoYokomino, Nilse Kasue Shimura1981-12-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-154134/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-27T17:17:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-154134Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-27T17:17:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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