Pronúncia variável de (NDO) na fala paulistana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-15032019-112642/ |
Resumo: | Essa dissertação trata da pronúncia variável de /ndo/, com /d/ apagado ou pronunciado. Baseada na teoria e metodologias da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2006[1966], 2008[1972]), focaliza tal variável aqui referida como (NDO) na variedade paulistana do português brasileiro, através das 60 entrevistas do Projeto SP2010 (MENDES & OUSHIRO, 2012), estratificadas por Sexo/Gênero, Faixa Etária e Escolaridade. A variável (NDO) tem sido estudada desde o final dos anos 70 sob diferentes perspectivas. Alguns pesquisadores se atêm à pronúncia variável do sufixo de gerúndio (por exemplo, falano ou falando em diferentes variedades do português: Rio de Janeiro (MOLLICA, 1989), Belo Horizonte (CRISTÓFARO SILVA, 1996), João Pessoa (MARTINS, 1999, 2001), Minas Gerais (MARTINS, 2006), São José do Rio Preto (FERREIRA, 2010), Dourados e Ponta Porã MS (MARTINS e BUENO, 2011), Taboco MS (VIEIRA, 2011), Fortaleza (NASCIMENTO ET AL., 2013), Maceió (ALMEIDA e OLIVEIRA, 2017)). Leva-se em consideração o apagamento de /d/ como uma variável cujo padrão de realização pode ter especificidades na fala paulistana uma variedade que, ainda que mais detidamente estudada nos últimos anos, ainda não foi analisada no que toca a (NDO), nem no gerúndio, especificamente, nem em outros contextos morfológicos ou itens lexicais, tal como na palavra quando. O objetivo central é, então, investigar quais as variáveis linguísticas e sociais que se correlacionam à realização de (NDO). Para tanto, analisou-se qualitativa e quantitativamente a amostra, onde foram encontrados casos de apagamento de /d/ na pronúncia da Conjunção quando (93/1557) e em verbos no gerúndio (1001/4143). Segundo as análises estatísticas multivariadas, verificou-se que não há correlação significativa entre (NDO) e nenhuma das variáveis linguísticas, o apagamento ocorre com maior frequência na fala dos homens, sendo mais propício na fala daqueles com menor grau de instrução, assim como ocorre para aqueles falantes da Classe Social menos favorecida. Com relação à Faixa Etária, existe um favorecimento na fala dos mais jovens, principalmente naqueles da Faixa Etária intermediária, já para a terceira faixa existe um desfavorecimento, esses resultados levam a indícios de que o apagamento de /d/ em (NDO) seja uma variável estável na capital paulista. |
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Pronúncia variável de (NDO) na fala paulistanaVariable pronunciation of (NDO) in Paulistano speech/d/ deletionApagamento de /d/Dociolinguística variacionistaFala paulistanaGerundGerúndioPaulistano speechSão PauloSão PauloVariationist sociolinguisticsEssa dissertação trata da pronúncia variável de /ndo/, com /d/ apagado ou pronunciado. Baseada na teoria e metodologias da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2006[1966], 2008[1972]), focaliza tal variável aqui referida como (NDO) na variedade paulistana do português brasileiro, através das 60 entrevistas do Projeto SP2010 (MENDES & OUSHIRO, 2012), estratificadas por Sexo/Gênero, Faixa Etária e Escolaridade. A variável (NDO) tem sido estudada desde o final dos anos 70 sob diferentes perspectivas. Alguns pesquisadores se atêm à pronúncia variável do sufixo de gerúndio (por exemplo, falano ou falando em diferentes variedades do português: Rio de Janeiro (MOLLICA, 1989), Belo Horizonte (CRISTÓFARO SILVA, 1996), João Pessoa (MARTINS, 1999, 2001), Minas Gerais (MARTINS, 2006), São José do Rio Preto (FERREIRA, 2010), Dourados e Ponta Porã MS (MARTINS e BUENO, 2011), Taboco MS (VIEIRA, 2011), Fortaleza (NASCIMENTO ET AL., 2013), Maceió (ALMEIDA e OLIVEIRA, 2017)). Leva-se em consideração o apagamento de /d/ como uma variável cujo padrão de realização pode ter especificidades na fala paulistana uma variedade que, ainda que mais detidamente estudada nos últimos anos, ainda não foi analisada no que toca a (NDO), nem no gerúndio, especificamente, nem em outros contextos morfológicos ou itens lexicais, tal como na palavra quando. O objetivo central é, então, investigar quais as variáveis linguísticas e sociais que se correlacionam à realização de (NDO). Para tanto, analisou-se qualitativa e quantitativamente a amostra, onde foram encontrados casos de apagamento de /d/ na pronúncia da Conjunção quando (93/1557) e em verbos no gerúndio (1001/4143). Segundo as análises estatísticas multivariadas, verificou-se que não há correlação significativa entre (NDO) e nenhuma das variáveis linguísticas, o apagamento ocorre com maior frequência na fala dos homens, sendo mais propício na fala daqueles com menor grau de instrução, assim como ocorre para aqueles falantes da Classe Social menos favorecida. Com relação à Faixa Etária, existe um favorecimento na fala dos mais jovens, principalmente naqueles da Faixa Etária intermediária, já para a terceira faixa existe um desfavorecimento, esses resultados levam a indícios de que o apagamento de /d/ em (NDO) seja uma variável estável na capital paulista.This masters thesis deals with /ndo/ variable pronunciation, with /d/ deletion or pronunciation. Based on Variationist Sociolinguistics theory and methodologies (LABOV, 2006[1966], 2008[1972]), we focus on this variable here called as (NDO) on São Paulos speech of Brazilian Portuguese, through 60 interviews from SP2010 project (MENDES & OUSHIRO, 2012), stratified by Sex/Gender, Age and Level of Education. The variable (NDO) has been studied since the 1970s from different perspectives. Some researchers focused only on the pronunciation of the suffix of gerund (for example, falano or falando in different portuguese varieties as Rio de Janeiro (MOLLICA, 1989), Belo Horizonte (CRISTÓFARO SILVA, 1996), João Pessoa (MARTINS, 1999, 2001), Minas Gerais (MARTINS, 2006), São José do Rio Preto (FERREIRA, 2010), Dourados and Ponta Porã MS (MARTINS e BUENO, 2011), Taboco MS (VIEIRA, 2011), Fortaleza (NASCIMENTO ET AL., 2013), Maceió (ALMEIDA e OLIVEIRA, 2017)). Taking into account the deletion of /d/ as a variable in which the performance pattern may have specificities in Paulistano speech - a variety that, although studied in recent years, has not yet been analyzed regarding (NDO), nor in the gerund, specifically, nor in other morphological contexts or lexical items, as in the word quando. The main goal is to investigate the linguistic and social variables that are correlated to the performance of (NDO). For that, the sample was analyzed qualitatively and quantitatively, in which cases of deletion of /d/ were found in the pronunciation of the conjunction \"quando\" (93/1557) and in verbs in the gerund (1001/4143). According to the multivariate statistical analysis, it was verified that there is no significant correlation between (NDO) and the linguistic variables, deletion occurs more frequently in men\'s speech, being more propitious in the speech of those with lower Education Degree, as it occurs for those speakers of the less favored Social Class. Regarding the Age Range, there is a favoring of young people\'s speech, at all levels, the results lead to an indication that the /d/ deletion in (NDO) is a variable stability in São Paulo city.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMendes, Ronald BelineGonçalves, Dany Thomaz2018-09-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-15032019-112642/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-09T23:21:59Zoai:teses.usp.br:tde-15032019-112642Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-09T23:21:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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