A pronúncia de (–r) em coda silábica no português paulistano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista do GEL |
Texto Completo: | https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/39 |
Resumo: | Baseado nas premissas teórico-metodológicas da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2006 [1966]), este trabalho apresenta uma análise multivariada da pronúncia de (-r) em coda silábica como tepe ou retroflexo num corpus contemporâneo e robusto do português paulistano, composto de 102 entrevistas sociolinguísticas. A distribuição geral dos dados indica que a atual taxa de retroflexo é de aproximadamente 33% na fala de paulistanos nascidos e criados na cidade. Linguisticamente, os resultados apontam para o favorecimento da variante retroflexa em contextos em que o (-r) é precedido por vogal [-alta], seguido de consoante [coronal], em verbos, em sílabas tônicas e em final de palavra; socialmente, o retroflexo é favorecido entre moradores de regiões mais periféricas, com menor mobilidade geográfica, menos escolarizados, do sexo masculino e pertencentes a famílias menos enraizadas na cidade de São Paulo. O construto “tempo aparente” (LABOV, 2001a) sugere possível mudança em progresso em favor do retroflexo, mas há indícios de movimentos divergentes dentro da comunidade. O interesse aqui se volta principalmente à discussão dos resultados dos grupos de fatores sociais, a fi m de avaliar os graus de estigma/prestígio das variantes, as identidades sociais que se associam a seu emprego e o seu papel em processos de variação e mudança linguística. |
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A pronúncia de (–r) em coda silábica no português paulistanoSociolinguística Variacionista. Português Paulistano. (-r) em coda silábica. Identidade.Baseado nas premissas teórico-metodológicas da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2006 [1966]), este trabalho apresenta uma análise multivariada da pronúncia de (-r) em coda silábica como tepe ou retroflexo num corpus contemporâneo e robusto do português paulistano, composto de 102 entrevistas sociolinguísticas. A distribuição geral dos dados indica que a atual taxa de retroflexo é de aproximadamente 33% na fala de paulistanos nascidos e criados na cidade. Linguisticamente, os resultados apontam para o favorecimento da variante retroflexa em contextos em que o (-r) é precedido por vogal [-alta], seguido de consoante [coronal], em verbos, em sílabas tônicas e em final de palavra; socialmente, o retroflexo é favorecido entre moradores de regiões mais periféricas, com menor mobilidade geográfica, menos escolarizados, do sexo masculino e pertencentes a famílias menos enraizadas na cidade de São Paulo. O construto “tempo aparente” (LABOV, 2001a) sugere possível mudança em progresso em favor do retroflexo, mas há indícios de movimentos divergentes dentro da comunidade. O interesse aqui se volta principalmente à discussão dos resultados dos grupos de fatores sociais, a fi m de avaliar os graus de estigma/prestígio das variantes, as identidades sociais que se associam a seu emprego e o seu papel em processos de variação e mudança linguística.Revista do Gel2011-12-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.gel.org.br/rg/article/view/39Revista do GEL; v. 8 n. 2 (2011): Revista do GEL ; 66-951984-591X1806-4906reponame:Revista do GELinstname:Grupo de estudos linguísticos (GEL)instacron:GELporhttps://revistas.gel.org.br/rg/article/view/39/21OUSHIRO, LiviaMENDES, Ronald Belineinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-12-28T15:19:49Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/39Revistahttps://revistas.gel.org.br/rgONGhttps://revistas.gel.org.br/rg/oai||revistadogel@gmail.com1984-591X1806-4906opendoar:2021-12-28T15:19:49Revista do GEL - Grupo de estudos linguísticos (GEL)false |
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