Detecção de Leptospira spp. e Enterobacteriales em morcegos (Chiroptera, Mammalia) da região urbana de São Paulo, SP, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Juliana Maria Nunes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-14112023-115052/
Resumo: Os morcegos desempenham um papel crucial na ecologia e saúde pública. Eles podem ser hospedeiros de várias bactérias, incluindo Leptospira e Enterobacterales, que representam desafios para a saúde humana e animal. Estudar a interação entre morcegos e essas bactérias é fundamental para entender e prevenir a disseminação de doenças zoonóticas. Os objetivos deste trabalho foram identificar a presença de Leptospira spp. e Enterobacteriales, bem como sua resistência a antimicrobianos, em amostras de morcegos. O estudo foi realizado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Também foram utilizadas amostras renais de outras localidades do país para o diagnóstico molecular de Leptospira spp. As coletas foram realizadas entre dezembro de 2019 e novembro de 2022. Para as capturas, foram utilizadas redes de neblina, armadas em abrigos próximos a edifícios abandonados, saídas de túneis e árvores frutíferas. Os morcegos capturados foram identificados por sexo, faixa etária, condição reprodutiva e espécie. As amostras coletadas incluíram urina, fezes, swabs retais, sangue e rins dos animais que vieram a óbito na captura. Foi realizada a pesquisa de Leptospira spp. por meio do teste de aglutinação microscópica (MAT) e PCR. Também foi feita a pesquisa de enterobactérias com cultura e teste de antibiograma usando swabs retais e fezes. Foram estudados 445 morcegos de 23 espécies e duas famílias diferentes, pertencentes a 25 cidades e quatro Estados do Brasil, sendo 283 morcegos capturados na região metropolitana de São Paulo. As amostras foram obtidas principalmente em áreas rurais, seguidas por áreas florestais, residenciais, de favelas, residenciais verticalizadas e industriais. As espécies de morcegos mais comuns na RMSP foram Sturnira lilium, Artibeus lituratus e A. fimbriatus. Em outras regiões (outras cidades do Estado de São Paulo Pernambuco, Paraíba e Ceará), foram Desmodus rotundus e Artibeusplanirostris. Foram realizados 22 testes sorológicos (MAT) em soro sanguíneo e 177 PCRs em rins e urina de morcegos para detecção de Leptospira spp., sendo todas as amostras negativas na sorologia e dois rins positivos em PCR. Foram realizadas culturas de Enterobacteriales em 176 morcegos, resultando em 45 espécies diferentes de bactérias intestinais identificadas. A espécie mais frequentemente isolada foi Escherichia coli, seguida de Enterobacter cloacae, Serratia marcescens e Citrobacter freundii. Foram encontradas resistências a diversos antibióticos, sendo a resistência a penicilinas e cefalosporinas as mais comuns. Dentre eles, 11 isolados foram considerados multirresistentes. Genes de produção de β-lactamases AmpC foram encontrados em 3,14% (8/255) dos isolados. Este é o primeiro trabalho a detectar genes AmpC β-lactamases da família LAT, BIL, DHA e FOX em Enterobacteriales de morcegos. Destaca-se a importância de áreas arborizadas e fragmentos florestais para a preservação dos morcegos. Esses resultados estão de acordo com estudos anteriores realizados no Brasil e destacam a importância do monitoramento dos morcegos para a saúde Única. Os resultados obtidos são relevantes para o monitoramento da resistência antimicrobiana transmitida entre humanos, animais e espécies silvestres, bem como para a conscientização sobre o uso adequado de antimicrobianos.
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spelling Detecção de Leptospira spp. e Enterobacteriales em morcegos (Chiroptera, Mammalia) da região urbana de São Paulo, SP, BrasilDetection of Leptospira spp. and Enterobacteriales in bats (Chiroptera, Mammalia) from the urban region of São Paulo, SP, BrazilBacterial zoonosesChiropteranEcologiaEcologyLeptospiroseLeptospirosisPublic healthQuirópterosSaúde públicaZoonoses bacterianasOs morcegos desempenham um papel crucial na ecologia e saúde pública. Eles podem ser hospedeiros de várias bactérias, incluindo Leptospira e Enterobacterales, que representam desafios para a saúde humana e animal. Estudar a interação entre morcegos e essas bactérias é fundamental para entender e prevenir a disseminação de doenças zoonóticas. Os objetivos deste trabalho foram identificar a presença de Leptospira spp. e Enterobacteriales, bem como sua resistência a antimicrobianos, em amostras de morcegos. O estudo foi realizado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Também foram utilizadas amostras renais de outras localidades do país para o diagnóstico molecular de Leptospira spp. As coletas foram realizadas entre dezembro de 2019 e novembro de 2022. Para as capturas, foram utilizadas redes de neblina, armadas em abrigos próximos a edifícios abandonados, saídas de túneis e árvores frutíferas. Os morcegos capturados foram identificados por sexo, faixa etária, condição reprodutiva e espécie. As amostras coletadas incluíram urina, fezes, swabs retais, sangue e rins dos animais que vieram a óbito na captura. Foi realizada a pesquisa de Leptospira spp. por meio do teste de aglutinação microscópica (MAT) e PCR. Também foi feita a pesquisa de enterobactérias com cultura e teste de antibiograma usando swabs retais e fezes. Foram estudados 445 morcegos de 23 espécies e duas famílias diferentes, pertencentes a 25 cidades e quatro Estados do Brasil, sendo 283 morcegos capturados na região metropolitana de São Paulo. As amostras foram obtidas principalmente em áreas rurais, seguidas por áreas florestais, residenciais, de favelas, residenciais verticalizadas e industriais. As espécies de morcegos mais comuns na RMSP foram Sturnira lilium, Artibeus lituratus e A. fimbriatus. Em outras regiões (outras cidades do Estado de São Paulo Pernambuco, Paraíba e Ceará), foram Desmodus rotundus e Artibeusplanirostris. Foram realizados 22 testes sorológicos (MAT) em soro sanguíneo e 177 PCRs em rins e urina de morcegos para detecção de Leptospira spp., sendo todas as amostras negativas na sorologia e dois rins positivos em PCR. Foram realizadas culturas de Enterobacteriales em 176 morcegos, resultando em 45 espécies diferentes de bactérias intestinais identificadas. A espécie mais frequentemente isolada foi Escherichia coli, seguida de Enterobacter cloacae, Serratia marcescens e Citrobacter freundii. Foram encontradas resistências a diversos antibióticos, sendo a resistência a penicilinas e cefalosporinas as mais comuns. Dentre eles, 11 isolados foram considerados multirresistentes. Genes de produção de β-lactamases AmpC foram encontrados em 3,14% (8/255) dos isolados. Este é o primeiro trabalho a detectar genes AmpC β-lactamases da família LAT, BIL, DHA e FOX em Enterobacteriales de morcegos. Destaca-se a importância de áreas arborizadas e fragmentos florestais para a preservação dos morcegos. Esses resultados estão de acordo com estudos anteriores realizados no Brasil e destacam a importância do monitoramento dos morcegos para a saúde Única. Os resultados obtidos são relevantes para o monitoramento da resistência antimicrobiana transmitida entre humanos, animais e espécies silvestres, bem como para a conscientização sobre o uso adequado de antimicrobianos.Bats play a crucial role in ecology and public health. They can host various bacteria, including Leptospira and Enterobacterales, which pose challenges to human and animal health. Studying the interaction between bats and these bacteria is essential for understanding and preventing the spread of zoonotic diseases. The objectives of this study were to identify the presence of Leptospira spp. and Enterobacteriales, as well as their antimicrobial resistance, in bat samples. The study was conducted in the Metropolitan Region of São Paulo (RMSP). Kidney samples from other parts of the country were also used for molecular diagnosis of Leptospira spp. Collections were carried out between December 2019 and November 2022. Mist nets were set up in shelters near abandoned buildings, tunnel exits, and fruit trees for capturing bats. Captured bats were identified by sex, age range, reproductive condition, and species. The collected samples included urine, feces, rectal swabs, blood, and kidneys from deceased captured animals. Leptospira spp. were investigated using microscopic agglutination testing (MAT) and PCR. Enterobacteria were also investigated, culture and antibiogram testing was conducted using rectal swabs and feces. A total of 445 bats from 23 species and two different families, spanning 25 cities and four states in Brazil, were studied, with 283 bats captured in the metropolitan region of São Paulo. Samples were primarily obtained from rural areas, followed by forested, residential, slum, vertically built residential, and industrial areas. The most common bat species in the RMSP were Sturnira lilium, Artibeus lituratus, and A. fimbriatus. In other regions (other cities of São Paulo, Pernambuco, Paraíba and Ceará States), Desmodus rotundus and Artibeus planirostris were predominantly found. Twenty-two serological tests (MAT) were conducted on blood serum, and 177 PCRs were carried out on bat kidneys and urine to detect Leptospira spp., with all serology samples testing negative and two kidneys testing positive in PCR. Enterobacteriales were cultured from 176 bats, resulting in the identification of 45 different species of intestinal bacteria. The most frequently isolated species was Escherichia coli, followed by Enterobacter cloacae, Serratia marcescens, and Citrobacter freundii. Resistance to various antibiotics was found, with resistance to penicillins and cephalosporins being the most common. Among them, 11 isolates were considered multidrug-resistant. AmpC β-lactamase production genes were found in 3.14% (8/255) of the isolates. This is the first study to detect AmpC β-lactamase genes from the LAT, BIL, DHA, and FOX families in bat Enterobacteriales. The importance of wooded areas and forest fragments for bat conservation is emphasized. These results align with previous studies conducted in Brazil and underscore the significance of bat monitoring for One Health. The obtained results are relevant for monitoring antimicrobial resistance transmitted between humans, animals, and wildlife species, as well as for raising awareness about proper antimicrobial usage.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHeinemann, Marcos BryanBatista, Juliana Maria Nunes2023-08-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-14112023-115052/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-14112023-115052Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Os morcegos desempenham um papel crucial na ecologia e saúde pública. Eles podem ser hospedeiros de várias bactérias, incluindo Leptospira e Enterobacterales, que representam desafios para a saúde humana e animal. Estudar a interação entre morcegos e essas bactérias é fundamental para entender e prevenir a disseminação de doenças zoonóticas. Os objetivos deste trabalho foram identificar a presença de Leptospira spp. e Enterobacteriales, bem como sua resistência a antimicrobianos, em amostras de morcegos. O estudo foi realizado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Também foram utilizadas amostras renais de outras localidades do país para o diagnóstico molecular de Leptospira spp. As coletas foram realizadas entre dezembro de 2019 e novembro de 2022. Para as capturas, foram utilizadas redes de neblina, armadas em abrigos próximos a edifícios abandonados, saídas de túneis e árvores frutíferas. Os morcegos capturados foram identificados por sexo, faixa etária, condição reprodutiva e espécie. As amostras coletadas incluíram urina, fezes, swabs retais, sangue e rins dos animais que vieram a óbito na captura. Foi realizada a pesquisa de Leptospira spp. por meio do teste de aglutinação microscópica (MAT) e PCR. Também foi feita a pesquisa de enterobactérias com cultura e teste de antibiograma usando swabs retais e fezes. Foram estudados 445 morcegos de 23 espécies e duas famílias diferentes, pertencentes a 25 cidades e quatro Estados do Brasil, sendo 283 morcegos capturados na região metropolitana de São Paulo. As amostras foram obtidas principalmente em áreas rurais, seguidas por áreas florestais, residenciais, de favelas, residenciais verticalizadas e industriais. As espécies de morcegos mais comuns na RMSP foram Sturnira lilium, Artibeus lituratus e A. fimbriatus. Em outras regiões (outras cidades do Estado de São Paulo Pernambuco, Paraíba e Ceará), foram Desmodus rotundus e Artibeusplanirostris. Foram realizados 22 testes sorológicos (MAT) em soro sanguíneo e 177 PCRs em rins e urina de morcegos para detecção de Leptospira spp., sendo todas as amostras negativas na sorologia e dois rins positivos em PCR. Foram realizadas culturas de Enterobacteriales em 176 morcegos, resultando em 45 espécies diferentes de bactérias intestinais identificadas. A espécie mais frequentemente isolada foi Escherichia coli, seguida de Enterobacter cloacae, Serratia marcescens e Citrobacter freundii. Foram encontradas resistências a diversos antibióticos, sendo a resistência a penicilinas e cefalosporinas as mais comuns. Dentre eles, 11 isolados foram considerados multirresistentes. Genes de produção de β-lactamases AmpC foram encontrados em 3,14% (8/255) dos isolados. Este é o primeiro trabalho a detectar genes AmpC β-lactamases da família LAT, BIL, DHA e FOX em Enterobacteriales de morcegos. Destaca-se a importância de áreas arborizadas e fragmentos florestais para a preservação dos morcegos. Esses resultados estão de acordo com estudos anteriores realizados no Brasil e destacam a importância do monitoramento dos morcegos para a saúde Única. Os resultados obtidos são relevantes para o monitoramento da resistência antimicrobiana transmitida entre humanos, animais e espécies silvestres, bem como para a conscientização sobre o uso adequado de antimicrobianos.
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