Correlação de fatores dento-craniofaciais, questionário de sono SDSC e polissonografia de crianças com distúrbios respiratórios do sono

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bozzini, Maria Fernanda Rabelo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-01022021-143354/
Resumo: Objetivo: Associar características clínicas e anatômicas de crianças com hipertrofia das tonsilas faríngea e palatinas à gravidade dos quadros da Apneia Obstrutiva do Sono, de modo a auxiliar os clínicos no processo diagnóstico e gerenciamento dos riscos cirúrgicos e acompanhamento pós-operatório. Métodos: Pesquisa multidisciplinar de desenho transversal. Foram selecionadas 58 crianças brasileiras (4-9 anos), com hipertrofia das tonsilas faríngea e palatinas, queixas de ronco, respiração oral e episódios presenciados de apneia. Foram excluídas crianças com comprometimento de fatores genéticos, craniofaciais, neurológicos ou psiquiátricos. Não foram selecionadas crianças com hábitos parafuncionais, perda precoce dentária ou que estivessem em tratamento ortodôntico. Todas as crianças realizaram polissonografia e três foram excluídas por apresentarem índice de apneia e hipoapneia menor do que um ou saturação mínima de oxigênio maior do que 92%. A amostra foi composta por 55 crianças classificadas com apneia obstrutiva do sono leve (33 crianças) e moderada/ grave (22 crianças). Foi realizada detalhada avaliação de variáveis demográficas, antropométricas, otorrinolaringológicas e ortodônticas. Os sintomas dos distúrbios do sono foram avaliados usando o questionário Sleep Disturbance Scale for Children. Todas as crianças também foram submetidas à telerradiografia lateral sendo realizadas as ana?lises cefalométricas de Rickett\'s e Jarabak e Fizzel. Resultados: Os fatores demográficos, antropométricos, otorrinolaringológicos, questionário do sono e avaliação ortodôntica clínica testados não apresentaram diferenças estatisticamente significativa entre o grupo de apneia obstrutiva do sono leve e o grupo de apneia obstrutiva do sono moderada/ grave. O ângulo de profundidade facial, da análise cefalométrica de Ricketts, foi a única variável que apresentou diferença estatisticamente significativa (p = 0,010), porém, esta medida por si só não expressa o verdadeiro padrão de crescimento da criança, uma vez que este é estabelecido pela média aritmética da diferença entre valores normais e os medidos de cinco grandezas cefalométricas. Conclusões: Os critérios clínicos avaliados não apresentaram influência na gravidade dos quadros da doença. Não foi possível determinar uma relação causal direta entre morfologia craniofacial e a gravidade da apneia obstrutiva do sono em crianças
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Foram excluídas crianças com comprometimento de fatores genéticos, craniofaciais, neurológicos ou psiquiátricos. Não foram selecionadas crianças com hábitos parafuncionais, perda precoce dentária ou que estivessem em tratamento ortodôntico. Todas as crianças realizaram polissonografia e três foram excluídas por apresentarem índice de apneia e hipoapneia menor do que um ou saturação mínima de oxigênio maior do que 92%. A amostra foi composta por 55 crianças classificadas com apneia obstrutiva do sono leve (33 crianças) e moderada/ grave (22 crianças). Foi realizada detalhada avaliação de variáveis demográficas, antropométricas, otorrinolaringológicas e ortodônticas. Os sintomas dos distúrbios do sono foram avaliados usando o questionário Sleep Disturbance Scale for Children. Todas as crianças também foram submetidas à telerradiografia lateral sendo realizadas as ana?lises cefalométricas de Rickett\'s e Jarabak e Fizzel. Resultados: Os fatores demográficos, antropométricos, otorrinolaringológicos, questionário do sono e avaliação ortodôntica clínica testados não apresentaram diferenças estatisticamente significativa entre o grupo de apneia obstrutiva do sono leve e o grupo de apneia obstrutiva do sono moderada/ grave. O ângulo de profundidade facial, da análise cefalométrica de Ricketts, foi a única variável que apresentou diferença estatisticamente significativa (p = 0,010), porém, esta medida por si só não expressa o verdadeiro padrão de crescimento da criança, uma vez que este é estabelecido pela média aritmética da diferença entre valores normais e os medidos de cinco grandezas cefalométricas. Conclusões: Os critérios clínicos avaliados não apresentaram influência na gravidade dos quadros da doença. Não foi possível determinar uma relação causal direta entre morfologia craniofacial e a gravidade da apneia obstrutiva do sono em criançasObjectives: To determine the clinical and anatomical characteristics associated with obstructive sleep apnea severity in children with adenotonsillar hypertrophy and help clinicians manage the surgical risks and post-surgical follow-up. Methods: We conducted a cross-sectional multidisciplinary survey and selected 58 Brazilian children (4-9 years old) with adenotonsillar hypertrophy, parental complaints of snoring, mouth-breathing, and witnessed apnea episodes. We excluded children with known genetic, craniofacial, neurological, or psychiatric conditions. Children with a parafunctional habit or early dental loss and those receiving orthodontic treatment were not selected. All children underwent polysomnography, and three were excluded because they showed an apnea-hypopnea index lower than one or minimal oxygen saturation higher than 92%. The sample consisted of 55 children classified into mild (33 children) and moderate/severe (22 children) obstructive sleep apnea groups. Detailed clinical and anatomical evaluations were performed, and anthropometric, otorhinolaryngological, and orthodontic variables were analyzed. Sleep disorder symptoms were assessed using the Sleep Disturbance Scale for Children questionnaire. All children also underwent teleradiographic and Rickett\'s and Jarabak\'s cephalometric analyses. Results: The mild and moderate/severe obstructive sleep apnea groups showed no significant differences in clinical criteria. Facial depth angle, based on Ricketts cephalometric analysis, was significantly different between the groups (p = 0,010), but this measurement by itself does not express the child\'s growth pattern, as it is established by the arithmetic mean of the differences between the obtained angles and the normal values of five cephalometric measurements. Conclusions: The clinical criteria and craniofacial characteristics evaluated did not influence the disease severityBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFrancesco, Renata Cantisani diBozzini, Maria Fernanda Rabelo2020-08-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-01022021-143354/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-02-02T16:17:02Zoai:teses.usp.br:tde-01022021-143354Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-02-02T16:17:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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