Percepção sobre métodos contraceptivos entre mulheres surdas: estudo qualitativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Gabriela Fuster
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-16092024-140409/
Resumo: A população surda é estimada mundialmente em 1,5 bilhão, segundo dados da Organização mundial de Saúde (OMS) e no Brasil é estimada em quase 10 milhões. Destes 1,8 milhão são mulheres em idade reprodutiva, o que gera uma importante questão sobre o acesso de mulheres surdas ao planejamento reprodutivo, em específico a métodos contraceptivos. As barreiras de comunicação dificultam o acesso de mulheres surdas a informações sobre métodos contraceptivos, tornando-as vulneráveis a gestação não planejada. Objetivo: analisar o conhecimento de mulheres surdas em relação a métodos contraceptivos. Método: estudo descritivo de abordagem qualitativa realizado em ambulatório de planejamento reprodutivo ICHCFMUSP e ambulatório Amador Aguiar-Osasco 2020-2022. Foram Entrevistadas mulheres surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como comunicação, acima de 18 anos aplicando questionário semiestruturado com dados sociodemográficos, clínicos e questões sobre métodos contraceptivos. Entrevistas em LIBRAS Presencial e à distância por teleconsulta. Análise de conteúdo com software Nvivo e estatística descritiva. Resultados: foram incluídas 28 mulheres surdas com média etária de 34,9 ± 7,1 anos. Em relação aos métodos de curta duração, 17/28 referem conhecer a via injetável e 20/28 referem conhecer a via oral. Quanto aos métodos de barreira, 20/28 afirmaram conhecer o preservativo e 13/28, o diafragma. Os métodos de longa duração 16/28 referem conhecer dispositivos intrauterinos, 7/28 dizem conhecer o implante subdérmico e com relação aos métodos cirúrgicos, 15/28 conhecem a laqueadura tubária e 15/28, a vasectomia. Sobre contraceptivo oral de emergência, 13/28 dizem conhecer este método. A taxa de gestação não planejada entre as participantes foi de 59% (n = 32). A taxa de uso de métodos contraceptivos entre as mulheres surdas foi maior entre os métodos comportamentais 6/28, de curta duração 6/28 e de barreira 5/28. Conclusão: métodos contraceptivos como o preservativo e o contraceptivo oral foram mais conhecidos entre mulheres surdas, alertando sobre situação de vulnerabilidade desta população por desconhecimento a métodos contraceptivos de maior efetividade
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Método: estudo descritivo de abordagem qualitativa realizado em ambulatório de planejamento reprodutivo ICHCFMUSP e ambulatório Amador Aguiar-Osasco 2020-2022. Foram Entrevistadas mulheres surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como comunicação, acima de 18 anos aplicando questionário semiestruturado com dados sociodemográficos, clínicos e questões sobre métodos contraceptivos. Entrevistas em LIBRAS Presencial e à distância por teleconsulta. Análise de conteúdo com software Nvivo e estatística descritiva. Resultados: foram incluídas 28 mulheres surdas com média etária de 34,9 ± 7,1 anos. Em relação aos métodos de curta duração, 17/28 referem conhecer a via injetável e 20/28 referem conhecer a via oral. Quanto aos métodos de barreira, 20/28 afirmaram conhecer o preservativo e 13/28, o diafragma. Os métodos de longa duração 16/28 referem conhecer dispositivos intrauterinos, 7/28 dizem conhecer o implante subdérmico e com relação aos métodos cirúrgicos, 15/28 conhecem a laqueadura tubária e 15/28, a vasectomia. Sobre contraceptivo oral de emergência, 13/28 dizem conhecer este método. A taxa de gestação não planejada entre as participantes foi de 59% (n = 32). A taxa de uso de métodos contraceptivos entre as mulheres surdas foi maior entre os métodos comportamentais 6/28, de curta duração 6/28 e de barreira 5/28. Conclusão: métodos contraceptivos como o preservativo e o contraceptivo oral foram mais conhecidos entre mulheres surdas, alertando sobre situação de vulnerabilidade desta população por desconhecimento a métodos contraceptivos de maior efetividadeThe deaf population is estimated at 1.5 billion worldwide, according to data from the World Health Organization (WHO) and in Brazil it is estimated at almost 10 million. Of these 1.8 million are women of reproductive age, which raises an important question about the access of deaf women to reproductive planning, specifically to contraceptive methods. Communication barriers make it difficult for deaf women to access information about contraceptive methods, making them vulnerable to unplanned pregnancies. Objective: to analyze the knowledge of deaf women in relation to contraceptive methods. Method: a descriptive study with qualitative approach carried out at an ICHC-FMUSP reproductive planning outpatient clinic and an Amador Aguiar-Osasco outpatient clinic 2020-2022 with deaf women who use Brazilian Sign Language (LIBRAS) as communication, over 18 years of age. The semi-structured questionnaire was applied with sociodemographic and clinical data and questions about contraceptive methods and interviews in LIBRAS at a distance. Content analysis application with Nvivo software and descriptive statistical analysis. Results: 28 women with a mean age of 34.9 ± 7.1 years. Regarding short-term methods, 17/28 reported knowing the injectable route and 20/28 reported knowing the oral route. As for barrier methods, 20/28 said they knew about the condom and 13/28, about the diaphragm. For long-term methods, 16/28 reported being familiar with intrauterine devices, 7/28 said they were familiar with the subdermal implant and about surgical methods, 15/28 were familiar with tubal ligation and 15/28, vasectomy. Regarding emergency oral contraceptives, 13/28 said they were familiar with this method. The unplanned pregnancy rate among participants was 59% (n = 32). The rate of contraceptive use among deaf women was higher among behavioral 6/28, short-term 6/28 and barrier 5/28. Conclusion: contraceptive methods such as condoms and oral contraceptives were better known among deaf women, warning about the vulnerable situation of this population due to lack of knowledge of more effective contraceptive methodsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSorpreso, Isabel Cristina EspositoBarbosa, Gabriela Fuster2024-06-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-16092024-140409/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-24T18:05:02Zoai:teses.usp.br:tde-16092024-140409Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-24T18:05:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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