Os efeitos da variabilidade e estereotipia comportamental aprendida sobre a resolução de problemas por insight
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-15122022-094649/ |
Resumo: | A variabilidade comportamental aprendida tem sido repetidamente associada a performances criativas e à resolução de problemas. No entanto, não há nenhum estudo avaliando os efeitos da variabilidade aprendida na resolução de problemas do tipo insight. O objetivo desta pesquisa foi analisar a relação entre a variabilidade comportamental aprendida e seus efeitos no desempenho e tipo de resolução dos participantes em uma situação problema, utilizando o videogame Portal 2®. O procedimento geral teve duas fases. A primeira fase, ou Fase Treino, consistiu em uma sequência de 12 problemas apresentados em câmaras virtuais. A outra fase, a Fase Teste, consistiu em um novo problema em uma nova câmara virtual. Os participantes foram alocados em cinco grupos: quatro deles passando por uma Fase Treino distinta e um quinto, sem treino algum - grupo linha de base (BL). O grupo Variabilidade Relacionada (VR) aprendia uma nova cadeia comportamental em cada câmara, relacionadas ao problema da Fase Teste; o grupo Estereotipia Relacionada (ER) aprendia duas cadeias comportamentais, em todos os problemas da Fase Treino, relacionadas ao problema da Fase Teste; o grupo Variabilidade Não Relacionada (VNR) aprendia uma nova cadeia comportamental em cada câmara, não relacionadas ao problema da Fase Teste; e o grupo Estereotipia Não Relacionada (ENR) aprendia a mesma cadeia comportamental em todos os problemas da Fases Treino, não relacionadas ao problema da Fase Teste. Após a Fase Treino, todos os participantes passaram pelo mesmo problema na Fase Teste. Para resolver esse problema, os participantes precisavam emitir uma nova cadeia comportamental que não foi aprendida na Fase Treino. Durante a Fase Treino, os grupos VR e VNR apresentaram maior variedade na topografia quando comparados com os grupos ER e ENR. Durante a Fase Teste, o grupo VR apresentou maior ocorrência de resolução por insight, menor tempo de resolução do problema e menor interação com estímulos não-relevantes. Os grupos ER e VNR demonstraram performances similares, com maior ocorrência de resolução por tentativa e erro. Os grupos ENR e BL apresentaram maior ocorrência de não-resolução e maior interação com estímulos não-relevantes. Nós discutimos os efeitos da variabilidade operante e do treino com estímulos relacionados na resolução de problemas, quando separados ou associados. Ainda, algumas considerações são feitas a respeito do possível papel do controle de estímulos sobre a ocorrência ou não de resoluções por insight |
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Os efeitos da variabilidade e estereotipia comportamental aprendida sobre a resolução de problemas por insightThe effects of learned behavioral variability and stereotypy on insightful problem solvingCreativityCriatividadeHumanosHumansInsightInsightOperant variabilityProblem-solvingResolução de problemasVariabilidade comportamentalA variabilidade comportamental aprendida tem sido repetidamente associada a performances criativas e à resolução de problemas. No entanto, não há nenhum estudo avaliando os efeitos da variabilidade aprendida na resolução de problemas do tipo insight. O objetivo desta pesquisa foi analisar a relação entre a variabilidade comportamental aprendida e seus efeitos no desempenho e tipo de resolução dos participantes em uma situação problema, utilizando o videogame Portal 2®. O procedimento geral teve duas fases. A primeira fase, ou Fase Treino, consistiu em uma sequência de 12 problemas apresentados em câmaras virtuais. A outra fase, a Fase Teste, consistiu em um novo problema em uma nova câmara virtual. Os participantes foram alocados em cinco grupos: quatro deles passando por uma Fase Treino distinta e um quinto, sem treino algum - grupo linha de base (BL). O grupo Variabilidade Relacionada (VR) aprendia uma nova cadeia comportamental em cada câmara, relacionadas ao problema da Fase Teste; o grupo Estereotipia Relacionada (ER) aprendia duas cadeias comportamentais, em todos os problemas da Fase Treino, relacionadas ao problema da Fase Teste; o grupo Variabilidade Não Relacionada (VNR) aprendia uma nova cadeia comportamental em cada câmara, não relacionadas ao problema da Fase Teste; e o grupo Estereotipia Não Relacionada (ENR) aprendia a mesma cadeia comportamental em todos os problemas da Fases Treino, não relacionadas ao problema da Fase Teste. Após a Fase Treino, todos os participantes passaram pelo mesmo problema na Fase Teste. Para resolver esse problema, os participantes precisavam emitir uma nova cadeia comportamental que não foi aprendida na Fase Treino. Durante a Fase Treino, os grupos VR e VNR apresentaram maior variedade na topografia quando comparados com os grupos ER e ENR. Durante a Fase Teste, o grupo VR apresentou maior ocorrência de resolução por insight, menor tempo de resolução do problema e menor interação com estímulos não-relevantes. Os grupos ER e VNR demonstraram performances similares, com maior ocorrência de resolução por tentativa e erro. Os grupos ENR e BL apresentaram maior ocorrência de não-resolução e maior interação com estímulos não-relevantes. Nós discutimos os efeitos da variabilidade operante e do treino com estímulos relacionados na resolução de problemas, quando separados ou associados. Ainda, algumas considerações são feitas a respeito do possível papel do controle de estímulos sobre a ocorrência ou não de resoluções por insightOperant variability has been associated with creative performances and problem solving behavior. However, as far as we know, there are no studies evaluating the effects of operant variability in insightful problem solving. The objective of this research was to analyze the relationship between operant variability and its effects on participants general performance and type of resolution during a problem situation, using the video game Portal 2®. The general procedure had two phases. The first phase, or Training Phase, consisted of a sequence of 12 problems presented in virtual chambers. The other phase, the Test Phase, consisted of a new problem in a new virtual chamber. Participants were allocated into five groups: four of them undergoing a distinct Training Phase and a fifth, without any training - baseline group (BL). The Related Variability (RV) group learned a new behavioral chain in each chamber, related to the Test Phase problem; the Related Stereotypy (RS) group learned two behavioral chains, in all the problems of the Training Phase, related to the problem of the Test Phase; the Unrelated Variability (UV) group learned a new behavioral chain in each chamber, unrelated to the Test Phase problem; and the Unrelated Stereotypy (US) group learned the same behavioral chain in all problems in the Training Phase, unrelated to the Test Phase problem. After the Training Phase, all participants were presented with the same problem in the Test Phase. To solve this problem, the participants needed to emit a new behavioral chain that was not learned in the Training Phase. During the Training Phase, the RV and UV groups showed greater variety in behavioral topography when compared to the RS and US groups, respectively. During the Test Phase, the RV group showed higher occurrence of insight resolution, shorter problem resolution time and less interaction with non-relevant stimuli. The RS and UV groups, on the other hand, demonstrated similar performances with each other, with a higher occurrence of resolution by trial and error. The US and BL groups showed a higher occurrence of problem non-resolution and greater interaction with non-relevant stimuli. Therefore, the results suggest that operant variability may facilitate insightful behavior depending on the learning history. We discuss the effects of operant variability and training with related stimuli on problem solving, when separated or combined. In addition, some considerations are made regarding the possible role of stimulus control and behavioral variability on the occurrence of insightful behaviorBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMijares, Miriam GarciaRodrigues, Rafael Silva2022-11-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-15122022-094649/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-12-19T19:10:47Zoai:teses.usp.br:tde-15122022-094649Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-12-19T19:10:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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