Moda Afro-Brasileira, design de resistência: o vestir como ação política
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-06122019-182505/ |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa foi estudar a Moda Afro-Brasileira como um Design de Resistência e suas imbricações sociais e culturais no campo simbólico, que instiga seu público a se vestir como uma ação política. Percebemos que esse corpo social, usa essa moda, como enunciadora do seu discurso político através da composição visual da sua imagem nas marchas dos movimentos negros. Devido a esta profundidade, elegemos a metodologia da investigação qualitativa, para identificar elementos culturais visuais presentes nestes trajes e, definimos como corpus a Marcha do Orgulho Crespo que aconteceu em São Paulo entre os anos de 2015 a 2017. Devido ao reconhecimento positivo e afirmativo desta marcha contra o racismo e o preconceito étnico-racial no Estado de São Paulo, foi aprovada a Lei 16.682/2018 que instituiu o Dia do Orgulho Crespo, a ser celebrado no dia 26 de julho. Nos debruçamos no arcabouço teórico de Ana Beatriz Simon Factum sobre Design de Resistência para compreender questões relativas à ressignificação de objetos que resgatam o reconhecimento de identidade, a noção de pertencimento, as lutas de resistência e memória da cultura africana como patrimônio cultural brasileiro. Como resultado, a metodologia da investigação qualitativa permitiu a compreensão do conceito de identidade que é mais percebido por meio da imagem de moda, 36 vezes, do que no discurso, 34 vezes. O conceito de resistência é mais explorado na imagem de moda, onde apareceu 28 vezes, e no discurso apenas 10 vezes. O conceito de pertencimento, também é mais forte na imagem de moda, aparecendo 27 vezes na imagem, contra 15 vezes nos discursos. Esses dados explicam que os conceitos de identidade, pertencimento e resistência são mais fortes, quando materializados na concepção de imagem de moda, do que na construção dos discursos desses corpos sociais. Para o segmento de Moda Afro-Brasileira, esses resultados são relevantes, demonstrando o potencial de crescimento deste novo mercado |
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Moda Afro-Brasileira, design de resistência: o vestir como ação políticaAfro-Brazilian Fashion, resistance design: the dress up as political actionAfro-Brazilian FashionEthnic and Race RelationsFashionFashion - Social aspectsModaModa - Aspectos sociaisModa Afro-BrasileiraOrgulho CrespoPride CrespoRelações Étnicas e RaciaisO objetivo desta pesquisa foi estudar a Moda Afro-Brasileira como um Design de Resistência e suas imbricações sociais e culturais no campo simbólico, que instiga seu público a se vestir como uma ação política. Percebemos que esse corpo social, usa essa moda, como enunciadora do seu discurso político através da composição visual da sua imagem nas marchas dos movimentos negros. Devido a esta profundidade, elegemos a metodologia da investigação qualitativa, para identificar elementos culturais visuais presentes nestes trajes e, definimos como corpus a Marcha do Orgulho Crespo que aconteceu em São Paulo entre os anos de 2015 a 2017. Devido ao reconhecimento positivo e afirmativo desta marcha contra o racismo e o preconceito étnico-racial no Estado de São Paulo, foi aprovada a Lei 16.682/2018 que instituiu o Dia do Orgulho Crespo, a ser celebrado no dia 26 de julho. Nos debruçamos no arcabouço teórico de Ana Beatriz Simon Factum sobre Design de Resistência para compreender questões relativas à ressignificação de objetos que resgatam o reconhecimento de identidade, a noção de pertencimento, as lutas de resistência e memória da cultura africana como patrimônio cultural brasileiro. Como resultado, a metodologia da investigação qualitativa permitiu a compreensão do conceito de identidade que é mais percebido por meio da imagem de moda, 36 vezes, do que no discurso, 34 vezes. O conceito de resistência é mais explorado na imagem de moda, onde apareceu 28 vezes, e no discurso apenas 10 vezes. O conceito de pertencimento, também é mais forte na imagem de moda, aparecendo 27 vezes na imagem, contra 15 vezes nos discursos. Esses dados explicam que os conceitos de identidade, pertencimento e resistência são mais fortes, quando materializados na concepção de imagem de moda, do que na construção dos discursos desses corpos sociais. Para o segmento de Moda Afro-Brasileira, esses resultados são relevantes, demonstrando o potencial de crescimento deste novo mercadoThe porpouse of this research was to study Afro-Brazilian Fashion as a Design of Resistance and social and cultural implications in the symbolic field of study, prompting its audience to dress as political action. We realize that this social body uses this fashion as an enunciator of its political discourse through the visual composition of its image in the marches of black movements. Because to this profundity, we chose the methodology of qualitative research, identify visual cultural elements present in these costumes and, we defined as corpus the March of Pride Crespo that it happened place in São Paulo from 2015 to 2017. Because to the positive and affirmative acknowledgement of this march against the racism and ethno-racial prejudice in the State of São Paulo, was approved the Law 16.682 / 2018 establishing the Curly Pride Day, to be celebrated on July 26. For this we will use the theoretical knowledge of Ana Beatriz Simon Factum\'s on Resistance Design to understand issues related to the resignification of objects that rescue the recognition of identity, the notion of belonging, the struggles of resistance and memory of African culture as a Brazilian cultural heritage. As a result, the qualitative research methodology allowed the understanding of the concept of identity that is more perceived through the fashion image 36 times than in the speech 34 times. The concept of resistance is most explored in the fashion image, where it appeared 28 times, and in speech only 10 times. The concept of belonging is also stronger in the fashion image, appearing 27 times in the image, against 15 times in the speeches. These data explain that the concepts of identity, belonging and resistance are stronger when materialized in the conception of fashion image than in the construction of discourses of these social bodies. For the Afro-Brazilian Fashion segment, these results are relevant, demonstrating the growth potential of this new marketBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVicentini, Claudia Regina GarciaSantos, Maria do Carmo Paulino dos2019-10-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-06122019-182505/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-01-28T20:20:01Zoai:teses.usp.br:tde-06122019-182505Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-01-28T20:20:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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