Antracnose do feijoeiro: quantificação de danos e efeito do trifenil acetato de estanho no crescimento do hospedeiro e no progresso da doença
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-140844/ |
Resumo: | Foram conduzidos três experimentos com feijoeiro cultivar 'Carioca', para se investigarem a possibilidade de implementação de um sistema de manejo integrado da antracnose do feijoeiro. Na primeira etapa realizou-se a quantificação de danos nesse patossistema. A incorporação da desfolha do hospedeiro em funções de dano baseadas em severidade de doença, melhorou o ajuste da função. Entretanto, melhores resultados foram encontrados para as funções fundamentadas em variáveis derivadas de área foliar sadia. Propôs-se um limiar de dano econômico a partir dos resultados observados. Numa segunda etapa, procurou-se, por meio de técnicas de sensoriamento remoto, utilizando radiômetro de múltiplo espectro, relacionar doença e as variáveis de área foliar com medidas de refletância. Observou-se que desfolha e severidade de antracnose apresentaram baixas relações lineares com medidas de refletância. As melhores relações lineares com índice de área foliar (LAI), índice de área foliar sadia (HLAI), e absorção de área foliar sadia por unidade de tempo, HRI, foram obtidas com a refletância em 760 e 810nm, e para diferença normalizada (ND810,660). Apresentou-se um modelo para estimar o índice de área foliar sadio, HLAI, em função da refletância em 810nm. Na última etapa do trabalho verificou-se qual o comportamento da severidade de doença, desfolha, área sob a curva de progresso da doença, área sob a curva de progresso de doença (AUDPC), índice de área foliar (LAI), índice de área foliar sadia (HLAI), absorção da área foliar por unidade de tempo (HRI), duração da área foliar sadia (HAD), absorção da área foliar sadia (HAA) e produção, após intervenção no patossistema feijão/antracnose (Colleotrichum lindemuthianum) com o fungicida trifenil acetato de estanho em dosagens de 0,2 kg/ha. Os resultados demonstraram reduções significativas na severidade de doença e desfolha do hospedeiro, após o início das pulverizações ) na parcela controle. Não se observaram diferenças entre os valores de LAI para os tratamentos. Entretanto, os valores de HLAI e HRI apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Maiores valores de HLAI e HRI resultaram HAD e HAA superiores. Semelhantemente, maiores absorções de radiação resultaram em maiores produtividades. As avaliações semanais dos valores de HLAI e HRI demonstraram que a severidade de doença e/ou a desfolha os influenciam negativamente. Entretanto, essas variáveis responderam positivamente ao tratamento com o fungicida, indicando o potencial do emprego de variáveis derivadas da área foliar em um sistema de manejo da antracnose do feijoeiro baseado num limiar de dano econômico |
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Antracnose do feijoeiro: quantificação de danos e efeito do trifenil acetato de estanho no crescimento do hospedeiro e no progresso da doençaAnthracnose of bean: crop damage and effect of fentin acetate in host growth and disease progressANTRACNOSEFEIJÃOFUNGOS FITOPATOGÊNICOSMANEJO INTEGRADOForam conduzidos três experimentos com feijoeiro cultivar 'Carioca', para se investigarem a possibilidade de implementação de um sistema de manejo integrado da antracnose do feijoeiro. Na primeira etapa realizou-se a quantificação de danos nesse patossistema. A incorporação da desfolha do hospedeiro em funções de dano baseadas em severidade de doença, melhorou o ajuste da função. Entretanto, melhores resultados foram encontrados para as funções fundamentadas em variáveis derivadas de área foliar sadia. Propôs-se um limiar de dano econômico a partir dos resultados observados. Numa segunda etapa, procurou-se, por meio de técnicas de sensoriamento remoto, utilizando radiômetro de múltiplo espectro, relacionar doença e as variáveis de área foliar com medidas de refletância. Observou-se que desfolha e severidade de antracnose apresentaram baixas relações lineares com medidas de refletância. As melhores relações lineares com índice de área foliar (LAI), índice de área foliar sadia (HLAI), e absorção de área foliar sadia por unidade de tempo, HRI, foram obtidas com a refletância em 760 e 810nm, e para diferença normalizada (ND810,660). Apresentou-se um modelo para estimar o índice de área foliar sadio, HLAI, em função da refletância em 810nm. Na última etapa do trabalho verificou-se qual o comportamento da severidade de doença, desfolha, área sob a curva de progresso da doença, área sob a curva de progresso de doença (AUDPC), índice de área foliar (LAI), índice de área foliar sadia (HLAI), absorção da área foliar por unidade de tempo (HRI), duração da área foliar sadia (HAD), absorção da área foliar sadia (HAA) e produção, após intervenção no patossistema feijão/antracnose (Colleotrichum lindemuthianum) com o fungicida trifenil acetato de estanho em dosagens de 0,2 kg/ha. Os resultados demonstraram reduções significativas na severidade de doença e desfolha do hospedeiro, após o início das pulverizações ) na parcela controle. Não se observaram diferenças entre os valores de LAI para os tratamentos. Entretanto, os valores de HLAI e HRI apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Maiores valores de HLAI e HRI resultaram HAD e HAA superiores. Semelhantemente, maiores absorções de radiação resultaram em maiores produtividades. As avaliações semanais dos valores de HLAI e HRI demonstraram que a severidade de doença e/ou a desfolha os influenciam negativamente. Entretanto, essas variáveis responderam positivamente ao tratamento com o fungicida, indicando o potencial do emprego de variáveis derivadas da área foliar em um sistema de manejo da antracnose do feijoeiro baseado num limiar de dano econômicoThree field experiments were conducted with bean cultivar 'Carioca', to investigate the possibility of implementation of integrated management of anthracnose. lnitially, crop damage was quantified. Defoliation, when incorporated in disease severity to calculate area under disease progress curve (AUDPC), resulted in a best damage function than without defoliation. However, the best relationships were found for damage functions established for healting leaf area variables. In this paper, a damage threshold was proposed. In the second phase, the relationships between disease, healting leaf area variables, yield and canopy reflectance, were investigated with a multispectral radiometer. No wavelength or vegetation index could be used for good estimate of defoliation or disease severity in the field. Good relationships between leaf area index (LAl), healthy leaf area index (HLAI) and healthy leaf area absorption on any given day (HRI) were showed with reflectance at 760 and 810 nm and normalized difference, using 810 and 660 nm. The reflectance at 810 nm was proposed in a model to estimate HLAI. In the last phase, disease severity progress, defoliation, AUDPC, LAl, HLAl, HRl, healthy leaf area duration (HAD), total healthy leaf area absorption (HAA) and yield were investigated after sprays with fentin acetate (0,2 kg/ha) in the bean/anthracnose (Colletotrrichum lindemuthianum) pathosystem. The results showed the lowest host defoliation and disease severity after sprays in the control pIot began. No difference was found for LAI. However, HLAI and HRI showed significant differences among treatments. The bigger values of HLAI and HRI resulted in bigger HAD, HAA, radiation absorption and yield values. A weekly assessment of HLAI and HRI values showed a negative effect of defoliation and disease severity in these variables. However, a positive effect in these variables was showed with sprays of fentin acetate. These results indicated the potential of using leaf area variables in an anthracnose management system based in a damage threshold.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFilho, Armando BergaminGianasi, Leonardo1999-05-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-140844/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-21T03:12:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191220-140844Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-21T03:12:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Foram conduzidos três experimentos com feijoeiro cultivar 'Carioca', para se investigarem a possibilidade de implementação de um sistema de manejo integrado da antracnose do feijoeiro. Na primeira etapa realizou-se a quantificação de danos nesse patossistema. A incorporação da desfolha do hospedeiro em funções de dano baseadas em severidade de doença, melhorou o ajuste da função. Entretanto, melhores resultados foram encontrados para as funções fundamentadas em variáveis derivadas de área foliar sadia. Propôs-se um limiar de dano econômico a partir dos resultados observados. Numa segunda etapa, procurou-se, por meio de técnicas de sensoriamento remoto, utilizando radiômetro de múltiplo espectro, relacionar doença e as variáveis de área foliar com medidas de refletância. Observou-se que desfolha e severidade de antracnose apresentaram baixas relações lineares com medidas de refletância. As melhores relações lineares com índice de área foliar (LAI), índice de área foliar sadia (HLAI), e absorção de área foliar sadia por unidade de tempo, HRI, foram obtidas com a refletância em 760 e 810nm, e para diferença normalizada (ND810,660). Apresentou-se um modelo para estimar o índice de área foliar sadio, HLAI, em função da refletância em 810nm. Na última etapa do trabalho verificou-se qual o comportamento da severidade de doença, desfolha, área sob a curva de progresso da doença, área sob a curva de progresso de doença (AUDPC), índice de área foliar (LAI), índice de área foliar sadia (HLAI), absorção da área foliar por unidade de tempo (HRI), duração da área foliar sadia (HAD), absorção da área foliar sadia (HAA) e produção, após intervenção no patossistema feijão/antracnose (Colleotrichum lindemuthianum) com o fungicida trifenil acetato de estanho em dosagens de 0,2 kg/ha. Os resultados demonstraram reduções significativas na severidade de doença e desfolha do hospedeiro, após o início das pulverizações ) na parcela controle. Não se observaram diferenças entre os valores de LAI para os tratamentos. Entretanto, os valores de HLAI e HRI apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Maiores valores de HLAI e HRI resultaram HAD e HAA superiores. Semelhantemente, maiores absorções de radiação resultaram em maiores produtividades. As avaliações semanais dos valores de HLAI e HRI demonstraram que a severidade de doença e/ou a desfolha os influenciam negativamente. Entretanto, essas variáveis responderam positivamente ao tratamento com o fungicida, indicando o potencial do emprego de variáveis derivadas da área foliar em um sistema de manejo da antracnose do feijoeiro baseado num limiar de dano econômico |
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