Conhecimentos e atitudes dos farmacêuticos sobre a regulamentação da profissão e funcionamento de drogarias - uma abordagem sanitária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-06052021-161032/ |
Resumo: | O presente estudo, através de uma investigação de corte transversal, teve o propósito de caracterizar o perfil dos farmacêuticos que trabalham como responsáveis técnicos nas drogarias situadas no município de Ribeirão Preto, bem como avaliar seu conhecimento, atitudes e opiniões em relação a legislação que regulamenta o funcionamento de drogarias e da profissão. Também foi realizado um levantamento das características de 163 drogarias cadastradas através da análise dos processos na Vigilância Sanitária local. Foram entrevistados 100 farmacêuticos, responsáveis técnicos de drogarias, cuja seleção foi obtida por meio de um sorteio aleatório compondo uma amostra probabilística estratificada por localização geográfica de todas as drogarias em funcionamento. Na análise dos dados secundários foi constatada a presença do farmacêutico, durante a inspeção sanitária, em apenas 41% das drogarias, das quais 31% eram de propriedade de farmacêutico. Além disso, verificou-se que a maioria das infrações é grave e relaciona-se ao comércio irregular de medicamentos controlados (39%) a falta de assistência de farmacêutico (35%). A maioria (64%) dos farmacêuticos que trabalha nas drogarias é constituída por mulheres jovens, com idade entre 22 e 29 anos (47%), formadas pela UNAERP (44%) há cerca de três anos, e embora trabalhando em drogaria, tem sua formação voltada para área industrial (36%) ou análises clínicas (29%). Trabalham há pouco tempo, como assalariadas, por volta de seis horas por dia. Apenas 16% dos entrevistados afirmaram receber comissão sobre as vendas de medicamentos na drogaria e 22% afirmaram possuir outro emprego, predominando o trabalho em laboratório clínico e o hospital (farmácia hospitalar). Mais de 90% dos entrevistados afirmaram receber o piso ou acima do valor do piso salarial da categoria. 0 conhecimento dos farmacêuticos sobre a legislação sanitária foi avaliado como insuficiente ) para 28% deles, regular para 50% e bom para apenas 22%. Este nível de conhecimento baixo, não alcançando o máximo escore, não foi encontrado associado a nenhuma variável independente estudada, estando presente entre farmacêuticos de várias faixas etárias, ambos os sexos, independente do tempo de formado e instituição formadora, modalidade de formação. Conhecimento foi, entretanto, encontrado associado a variável Atitude I, que trata das atitudes do farmacêutico frente às suas atribuições na drogaria. Um maior conhecimento sobre legislação foi encontrado associado à atitude negativa em relação às atribuições do farmacêutico. Na avaliação das atitudes dos farmacêuticos observamos que a maioria (64%) apresentou atitudes positivas, enquanto 20% apresentaram atitudes negativas e 16% atitudes neutras em relação à legislação e à regulamentação da profissão. O estudo aponta para a necessidade de maior divulgação e disseminação de informações sobre a legislação sanitária vigentes entre estes profissionais para que possam exercer plenamente a profissão sem ameaças penais ou prejuízo da população. O encontro de mais da metade de farmacêuticos com atitudes positivas em relação à legislação aponta para o fato que poderia ser bem sucedida a estratégia de estimular o farmacêutico para o exercício de seu papel na farmácia. |
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Conhecimentos e atitudes dos farmacêuticos sobre a regulamentação da profissão e funcionamento de drogarias - uma abordagem sanitáriaPharmacists\' knowledge and attitudes about the regulation of the profession and operation of drugstores - a health approachAtitudesAttitudesConhecimentosFarmacêuticoHealth legislationKnowledgeLegislação sanitáriaPharmaceuticalO presente estudo, através de uma investigação de corte transversal, teve o propósito de caracterizar o perfil dos farmacêuticos que trabalham como responsáveis técnicos nas drogarias situadas no município de Ribeirão Preto, bem como avaliar seu conhecimento, atitudes e opiniões em relação a legislação que regulamenta o funcionamento de drogarias e da profissão. Também foi realizado um levantamento das características de 163 drogarias cadastradas através da análise dos processos na Vigilância Sanitária local. Foram entrevistados 100 farmacêuticos, responsáveis técnicos de drogarias, cuja seleção foi obtida por meio de um sorteio aleatório compondo uma amostra probabilística estratificada por localização geográfica de todas as drogarias em funcionamento. Na análise dos dados secundários foi constatada a presença do farmacêutico, durante a inspeção sanitária, em apenas 41% das drogarias, das quais 31% eram de propriedade de farmacêutico. Além disso, verificou-se que a maioria das infrações é grave e relaciona-se ao comércio irregular de medicamentos controlados (39%) a falta de assistência de farmacêutico (35%). A maioria (64%) dos farmacêuticos que trabalha nas drogarias é constituída por mulheres jovens, com idade entre 22 e 29 anos (47%), formadas pela UNAERP (44%) há cerca de três anos, e embora trabalhando em drogaria, tem sua formação voltada para área industrial (36%) ou análises clínicas (29%). Trabalham há pouco tempo, como assalariadas, por volta de seis horas por dia. Apenas 16% dos entrevistados afirmaram receber comissão sobre as vendas de medicamentos na drogaria e 22% afirmaram possuir outro emprego, predominando o trabalho em laboratório clínico e o hospital (farmácia hospitalar). Mais de 90% dos entrevistados afirmaram receber o piso ou acima do valor do piso salarial da categoria. 0 conhecimento dos farmacêuticos sobre a legislação sanitária foi avaliado como insuficiente ) para 28% deles, regular para 50% e bom para apenas 22%. Este nível de conhecimento baixo, não alcançando o máximo escore, não foi encontrado associado a nenhuma variável independente estudada, estando presente entre farmacêuticos de várias faixas etárias, ambos os sexos, independente do tempo de formado e instituição formadora, modalidade de formação. Conhecimento foi, entretanto, encontrado associado a variável Atitude I, que trata das atitudes do farmacêutico frente às suas atribuições na drogaria. Um maior conhecimento sobre legislação foi encontrado associado à atitude negativa em relação às atribuições do farmacêutico. Na avaliação das atitudes dos farmacêuticos observamos que a maioria (64%) apresentou atitudes positivas, enquanto 20% apresentaram atitudes negativas e 16% atitudes neutras em relação à legislação e à regulamentação da profissão. O estudo aponta para a necessidade de maior divulgação e disseminação de informações sobre a legislação sanitária vigentes entre estes profissionais para que possam exercer plenamente a profissão sem ameaças penais ou prejuízo da população. O encontro de mais da metade de farmacêuticos com atitudes positivas em relação à legislação aponta para o fato que poderia ser bem sucedida a estratégia de estimular o farmacêutico para o exercício de seu papel na farmácia.This cross sectional study aimed to characterize the profile of pharmacists working as technical responsible in drugstores located in the municipality of Ribeirao Preto. It also had as objectives to assess their knowledge, attitudes and opinions regarding their profession and the legislation, which regulates their working places and profession. In addition, the drugstore characteristics of all 163 registered local shops in the sanitary surveillance system were analysed. One hundred pharmacists were interviewed being their selection obtained through a randomised stratified sample of all drugstores. In the secondary data analysis the pharmacist, during the inspection visits, was found in his working place only in 41% of the drugstores. In 31% of them the pharmacist was the owner. Most of them (64%) are young women, between 22 and 29 years old (47%), newly (three years ago) graduated by UNAERP (44%). Although actually working in drugstore they were educated to the industrial area of pharmacy (36%) or clinic analysis (29%). They were recently employed and work about six hours per day. Only 16% reported they were paid commission on the selling of medicines and 22% reported to have another job, mainly working in clinical laboratories or hospitals. More than 90% received the minimum wage decided by the union. Their knowledge on the sanitary legislation was assessed as insufficient for 28% of them, medium for 50%, and good for only 22%. This low level of knowledge has not reached the maximum score and it was found associated with none of the tested independent variables. Thus, low knowledge was found to be independent of age, sex, time of graduation, university and modality of pharmacy graduation. Knowledge was, however, found associated with the variable measuring attitudes toward the functions of the pharmacist in the drugstore. The scale of attitudes showed that most of pharmacists presented positive attitudes (64%), 20% neutral attitudes, and 16% negative attitudes regarding the legislation and the regulation of their profession. The results pointed out to the need to improve dissemination of information about the sanitary legislation among these professionals aiming their full exercise of the profession without legal threats or jeopardy of people\'s health. The finding of more than half of pharmacists with positive attitude toward the legislation suggests that it could be a successful strategy to stimulate them to exercise their professional role in the drugstore.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVieira, Elisabeth MeloniSilva, Luci Rodrigues da2002-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-06052021-161032/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-20T20:17:02Zoai:teses.usp.br:tde-06052021-161032Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-20T20:17:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente estudo, através de uma investigação de corte transversal, teve o propósito de caracterizar o perfil dos farmacêuticos que trabalham como responsáveis técnicos nas drogarias situadas no município de Ribeirão Preto, bem como avaliar seu conhecimento, atitudes e opiniões em relação a legislação que regulamenta o funcionamento de drogarias e da profissão. Também foi realizado um levantamento das características de 163 drogarias cadastradas através da análise dos processos na Vigilância Sanitária local. Foram entrevistados 100 farmacêuticos, responsáveis técnicos de drogarias, cuja seleção foi obtida por meio de um sorteio aleatório compondo uma amostra probabilística estratificada por localização geográfica de todas as drogarias em funcionamento. Na análise dos dados secundários foi constatada a presença do farmacêutico, durante a inspeção sanitária, em apenas 41% das drogarias, das quais 31% eram de propriedade de farmacêutico. Além disso, verificou-se que a maioria das infrações é grave e relaciona-se ao comércio irregular de medicamentos controlados (39%) a falta de assistência de farmacêutico (35%). A maioria (64%) dos farmacêuticos que trabalha nas drogarias é constituída por mulheres jovens, com idade entre 22 e 29 anos (47%), formadas pela UNAERP (44%) há cerca de três anos, e embora trabalhando em drogaria, tem sua formação voltada para área industrial (36%) ou análises clínicas (29%). Trabalham há pouco tempo, como assalariadas, por volta de seis horas por dia. Apenas 16% dos entrevistados afirmaram receber comissão sobre as vendas de medicamentos na drogaria e 22% afirmaram possuir outro emprego, predominando o trabalho em laboratório clínico e o hospital (farmácia hospitalar). Mais de 90% dos entrevistados afirmaram receber o piso ou acima do valor do piso salarial da categoria. 0 conhecimento dos farmacêuticos sobre a legislação sanitária foi avaliado como insuficiente ) para 28% deles, regular para 50% e bom para apenas 22%. Este nível de conhecimento baixo, não alcançando o máximo escore, não foi encontrado associado a nenhuma variável independente estudada, estando presente entre farmacêuticos de várias faixas etárias, ambos os sexos, independente do tempo de formado e instituição formadora, modalidade de formação. Conhecimento foi, entretanto, encontrado associado a variável Atitude I, que trata das atitudes do farmacêutico frente às suas atribuições na drogaria. Um maior conhecimento sobre legislação foi encontrado associado à atitude negativa em relação às atribuições do farmacêutico. Na avaliação das atitudes dos farmacêuticos observamos que a maioria (64%) apresentou atitudes positivas, enquanto 20% apresentaram atitudes negativas e 16% atitudes neutras em relação à legislação e à regulamentação da profissão. O estudo aponta para a necessidade de maior divulgação e disseminação de informações sobre a legislação sanitária vigentes entre estes profissionais para que possam exercer plenamente a profissão sem ameaças penais ou prejuízo da população. O encontro de mais da metade de farmacêuticos com atitudes positivas em relação à legislação aponta para o fato que poderia ser bem sucedida a estratégia de estimular o farmacêutico para o exercício de seu papel na farmácia. |
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