Verificação da toxigenicidade de cepas de Clostridium perfringens isoladas de material de origem bovina e sua tipificação pelo ensaio imunoenzimático e eletroforese corada para esterase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baldassi, Lucia
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-06042020-135949/
Resumo: Cento e oitenta e sete amostras de diferentes tecidos provenientes de 71 bovinos, oriundos de vários Estados do país, foram processados para isolamento de microrganismos anaeróbios, sendo de cada uma delas isolada pelo menos uma cepa, caracterizada como Clostridium spp. Destas, 144 foram identificadas bioquimicamente como C. perfringens selecionando-se, aleatoriamente, 89 delas com o intuito de classificá-las segundo os tipos. As 89 cepas foram assim constituídas: fígado 32, conteúdo intestinal 19, rim 14, rúmen 6, sistema nervoso central 5, medula de osso metatarsiano 4, mama 2, sangue 2, baço 2, pulmão 2 e músculo 1. Estas cepas e as padrão ATCC tipos A, B, C e D foram cultivadas em meios apropriados, seus cultivos submetidos à centrifugação e os sobrenadantes e sedimentos separados. A partir dos sobrenadantes foi efetuado o teste de toxigenicidade para camundongos e a extração de exopolissacarídeos. Nestes exopolissacarídeos foram determinadas as concentrações de proteínas e carboidratos e também realizados testes de toxigenicidade para camundongos. Com os sedimentos foi realizada a eletroforese corada para esterase e o ensaio imunoenzimático (ELISA), ambos para tipificação das cepas em relação às padrão. As quatro cepas padrão e 10 das isoladas, em suas formas original e após a exaltação da virulência em cobaias, foram também submetidas a eletroforese corada para esterase. Os resultados mostraram que a maioria das cepas, 51 (57,3%), era toxigênica, portanto potencialmente patogênicas; que diferentes órgãos apresentaram cepas com toxigenicidade variável e a predominância do tipo A tanto pelo teste de ELISA (40,4%) quanto pela eletroforese (48,3%), seguido pelo D (33,7% e 22,5%, respectivamente). A toxigenicidade dos extratos de exopolissacarídeos só foi observada quando os níveis de proteína estavam em 0,04 mg/mL e os de carboidrato entre 0,31 a 0,59 mg/mL, tendo sido observada identidade nas cepas toxigênicas determinadas nos sobrenadantes de cultivo e nestes extratos. A eletroforese em relação à sorologia mostrou-se um bom método de classificação, uma vez que estes apresentaram, respectivamente, 94,4% e 86,4% de definição nos resultados. Ressalta-se a ocorrência de 39,3% de identidade nos resultados obtidos nestas duas provas o que permite sugerir o emprego de mais um teste na classificação de C. perfringens. Das cepas cuja virulência foi exaltada, 2 mostraram, em eletroforese corada para esterase, variação no número de bandas, apresentando porém a mesma mobilidade relativa.
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Estas cepas e as padrão ATCC tipos A, B, C e D foram cultivadas em meios apropriados, seus cultivos submetidos à centrifugação e os sobrenadantes e sedimentos separados. A partir dos sobrenadantes foi efetuado o teste de toxigenicidade para camundongos e a extração de exopolissacarídeos. Nestes exopolissacarídeos foram determinadas as concentrações de proteínas e carboidratos e também realizados testes de toxigenicidade para camundongos. Com os sedimentos foi realizada a eletroforese corada para esterase e o ensaio imunoenzimático (ELISA), ambos para tipificação das cepas em relação às padrão. As quatro cepas padrão e 10 das isoladas, em suas formas original e após a exaltação da virulência em cobaias, foram também submetidas a eletroforese corada para esterase. Os resultados mostraram que a maioria das cepas, 51 (57,3%), era toxigênica, portanto potencialmente patogênicas; que diferentes órgãos apresentaram cepas com toxigenicidade variável e a predominância do tipo A tanto pelo teste de ELISA (40,4%) quanto pela eletroforese (48,3%), seguido pelo D (33,7% e 22,5%, respectivamente). A toxigenicidade dos extratos de exopolissacarídeos só foi observada quando os níveis de proteína estavam em 0,04 mg/mL e os de carboidrato entre 0,31 a 0,59 mg/mL, tendo sido observada identidade nas cepas toxigênicas determinadas nos sobrenadantes de cultivo e nestes extratos. A eletroforese em relação à sorologia mostrou-se um bom método de classificação, uma vez que estes apresentaram, respectivamente, 94,4% e 86,4% de definição nos resultados. Ressalta-se a ocorrência de 39,3% de identidade nos resultados obtidos nestas duas provas o que permite sugerir o emprego de mais um teste na classificação de C. perfringens. Das cepas cuja virulência foi exaltada, 2 mostraram, em eletroforese corada para esterase, variação no número de bandas, apresentando porém a mesma mobilidade relativa.One hundred eighty seven clinical samples of 71 bovine, originated from many states of Brazil, were processed for anaerobes with the isolation of, at least one strains of Clostridium spp. From those, 144 were biochemically identified as C. perfringens selecting, at random, 89 in order to stablish the types prevalence. Those 89 selected strains consisted of: liver 32, intestinal contents 19, kidney 14, rumen 6, nervous sister 5, bone marrow 4, mama 2, blood 2, spleen 2, lung 2 e muscle 1, selected from the same or different animals. The selected strains and the ATCC strains types A, B, C and D, were cultivated in appropriated media, their culturas were centrifuged and the supernatant and sediment were separated. From the supernatants were performed toxigenicity tests to mice and exopolissacharides (EPS) extraction. From the EPS were determinated protein and carbohydrate concentrations and also made mice toxigenicity tests. From the sediments were done esterase electrophoresis and enzyme linked immunosorbent assay, both for the strains tipification. Those tests were compared with those obtained for ATCC strains. It was also done esterase electrophoresis of the ATCC and 10 isolated strains before and after virulence exaltation in guinea pigs. The results showed that the majority of the strains, 51 (57,30%), were toxigenic, though potentially pathogenic; strains isolated from different organs had variable toxigenic pattern and there was a type A predominance by ELISA (40,4%) and by electrophoresis (48,3%), followed by D (33,7% and 22,5%, respectively. The EPS extracts toxigenicity was only present when protein level was 0,04 mg/ml and the carbohydrate was between 0,31 and 0,50 mg/ml. The strains identified as toxigenic by this test were too in the cultura supernatants. Electrophoresis showed to be a good classification method, compared to the sorology, as those presented, respectively, 94,4 and 86,40% of results definition. Both methods presented 39,3% of identity, suggesting, in that way the necessity of more than one test for the C. perfringens classification. Two among all strains with virulence exaltated, showed, in esterase electrophoresis differences related to band number, but not in terms of relative electrophoretic mobility.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPIaria, Sebastião TimoBaldassi, Lucia1998-06-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-06042020-135949/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-04-06T20:04:02Zoai:teses.usp.br:tde-06042020-135949Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-04-06T20:04:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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