Efeitos dos níveis de monensina e proporções volumosos/concentrados na ração sobre a utilização dos alimentos e parâmetros da fermentação ruminal em animais ruminantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Paulo Henrique Mazza
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20210104-190157/
Resumo: Foram objetivos de presente estudo avaliar os efeitos de doses de monensina sobre a fermentação ruminai e digestão ruminai e total em ruminantes submetidos a diferentes dietas. No experimento um, nove vacas secas dotadas de fistulas ruminais foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, com 3 sub- períodos, em um arranjo fatorial de tratamentos 3 x 3, correspondentes a zero, 150 ou 300 mg de monensina sódica por animal e por dia e 25%, 50% ou 75% de concentrados na dieta, composta por mistura de concentrados, a base de milho e farelo de soja, e feno de Tifton 85. Os sub-períodos tiveram duração total de 21 dias, sendo os 16 primeiros dias destinados à adaptação dos animais à dieta. A depressão causada pela monensina sobre consumo de matéria seca foi maior nas dietas mistas ( 50% de concentrados). Para as variáveis pH, proporção molar de AGVs e concentração de nitrogênio amoniacal no conteúdo ruminai, coletadas às 0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 horas após a alimentação, bem como para a digestão ruminal in situ da fibra do feno e da MS dos grãos de milho, a resposta a doses altas de monensina foi maior em dietas com baixos níveis em fibra, enquanto que a resposta a doses baixas do produto foi maior em dietas com altos níveis em fibra. Excetuando a digestibilidade ruminai da fibra, a monensina melhorou todos estes parâmetros. A monensina aumentou a digestibilidade ruminai in situ (técnica dos sacos de náilon) e in vitro ( com inóculo dos animais tratados) da proteína bruta do farelo de soja, aumentou a digestibilidade total da matéria seca, da proteína bruta, da fibra bruta e os nutrientes digestíveis totais da dieta, avaliadas através do marcador óxido crômico, e diminuiu a concentração total dos AGVs, independentemente do nível de fibra utilizado. A monensina não afetou a digestibilidade total do extrato etéreo e dos extrativos não nitrogenados, bem como o volume líquido e a taxa de passagem de líquidosfpelo rúmen, qualquer que fosse a dieta utilizada. No experimento dois, dezoito carneiros machos e castrados foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com um arranjo fatorial de tratamentos 2 x 3, correspondentes a zero ou 40 mg de monensina sódica por animal e por dia e 25%, 50% ou 75% de concentrados na dieta. Esta possuía composição semelhante à das vacas. A monensina aumentou a digestibilidade total da proteína bruta, avaliada através de coleta total de fezes, independentemente do nível de fibra utilizado. A monensina interagiu com o nível de concentrados da dieta para a digestibilidade total da fibra bruta e retenção nitrogenada, sendo as melhores respostas obtidas na dieta predominantemente concentrada e piores na dieta mista. Este produto não alterou o consumo de matéria seca, a digestibilidade total da matéria seca, dos extrativos não nitrogenados, do extrato etéreo, da fibra em detergente ácido, da fibra em detergente neutro, da energia bruta e os nutrientes digestíveis totais em qualquer dieta. Concluiu-se que a resposta à monensina pode ser maior ou em dietas concentradas ou em dietas volumosas, dependendo da dose do produto utilizada.
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spelling Efeitos dos níveis de monensina e proporções volumosos/concentrados na ração sobre a utilização dos alimentos e parâmetros da fermentação ruminal em animais ruminantesEffects of monensin level and roughage/concentrate ratio on digestibility of nutrientes and ruminal fermentation in ruminantsALIMENTOS CONCENTRADOSALIMENTOS VOLUMOSOSDIETA ANIMALFERMENTAÇÃO RUMINALMONENSINARAÇÃOVACASForam objetivos de presente estudo avaliar os efeitos de doses de monensina sobre a fermentação ruminai e digestão ruminai e total em ruminantes submetidos a diferentes dietas. No experimento um, nove vacas secas dotadas de fistulas ruminais foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, com 3 sub- períodos, em um arranjo fatorial de tratamentos 3 x 3, correspondentes a zero, 150 ou 300 mg de monensina sódica por animal e por dia e 25%, 50% ou 75% de concentrados na dieta, composta por mistura de concentrados, a base de milho e farelo de soja, e feno de Tifton 85. Os sub-períodos tiveram duração total de 21 dias, sendo os 16 primeiros dias destinados à adaptação dos animais à dieta. A depressão causada pela monensina sobre consumo de matéria seca foi maior nas dietas mistas ( 50% de concentrados). Para as variáveis pH, proporção molar de AGVs e concentração de nitrogênio amoniacal no conteúdo ruminai, coletadas às 0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 horas após a alimentação, bem como para a digestão ruminal in situ da fibra do feno e da MS dos grãos de milho, a resposta a doses altas de monensina foi maior em dietas com baixos níveis em fibra, enquanto que a resposta a doses baixas do produto foi maior em dietas com altos níveis em fibra. Excetuando a digestibilidade ruminai da fibra, a monensina melhorou todos estes parâmetros. A monensina aumentou a digestibilidade ruminai in situ (técnica dos sacos de náilon) e in vitro ( com inóculo dos animais tratados) da proteína bruta do farelo de soja, aumentou a digestibilidade total da matéria seca, da proteína bruta, da fibra bruta e os nutrientes digestíveis totais da dieta, avaliadas através do marcador óxido crômico, e diminuiu a concentração total dos AGVs, independentemente do nível de fibra utilizado. A monensina não afetou a digestibilidade total do extrato etéreo e dos extrativos não nitrogenados, bem como o volume líquido e a taxa de passagem de líquidosfpelo rúmen, qualquer que fosse a dieta utilizada. No experimento dois, dezoito carneiros machos e castrados foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com um arranjo fatorial de tratamentos 2 x 3, correspondentes a zero ou 40 mg de monensina sódica por animal e por dia e 25%, 50% ou 75% de concentrados na dieta. Esta possuía composição semelhante à das vacas. A monensina aumentou a digestibilidade total da proteína bruta, avaliada através de coleta total de fezes, independentemente do nível de fibra utilizado. A monensina interagiu com o nível de concentrados da dieta para a digestibilidade total da fibra bruta e retenção nitrogenada, sendo as melhores respostas obtidas na dieta predominantemente concentrada e piores na dieta mista. Este produto não alterou o consumo de matéria seca, a digestibilidade total da matéria seca, dos extrativos não nitrogenados, do extrato etéreo, da fibra em detergente ácido, da fibra em detergente neutro, da energia bruta e os nutrientes digestíveis totais em qualquer dieta. Concluiu-se que a resposta à monensina pode ser maior ou em dietas concentradas ou em dietas volumosas, dependendo da dose do produto utilizada.The objective of this study was to evaiuate the effects of monensin ievel on ruminai fermentation and, ruminai and total tract digestibility in ruminants fed with different diets. In trial one, nine rumen-fistulated dry cows were used in a completely random design replicated with three periods to evaluate three monensin leveis (O, 150 and 300 mg/animal/day) and three concentrate leveis (25%, 50% and 75%) in a 3 x 3 factorial arrangement. Twenty-one day subperiods were used, the first sixteen for diet adaptation, constituted by Tifton 85 hay and concentrate mixture. Monensin decreased dry matter intake only in 50%-concentrate diet. For ruminai pH, molar proportion of volatile fatty acids, and ammonia-N concentration collected at 0h, 2h, 4h, 6h, 8h, 10h and 12h after the moming meal, as well as in situ rumina! digestion (nylon bag method) of hay acid detergent fiber and neutral detergent fiber and com grain dry matter the responses to high leveis of monensin were higher in low-forage diets. Responses to low leveis of monensin were higher in high-forage diets. Except for in situ ruminai digestion of fiber, monensin improved those parameters. Monensin increased in situ and in vitro ( inoculated with rumen flui d of experimental animais) ruminai digestion of soybean meai crude protein, increased total tract digestibility of dry matter, crude protein, crude fiber, and total digestible nutrients and decreased total volatile fatty acids concentrations independent on concentrate Ievel. Monensin suplementation did not influence total tract digestibility of ether extract and nitrogen-free extract, as well as ruminai liquid tumover and ruminai liquid volume. In triai two, 18 wethers were randomly distributed to three diets with different concentrate leveis (25%, 50% and 75%) wíthout ( control) or with monensin ( 40 mg/anímal/day). Experimental period extended for twenty-six days, the last five used for feces and urine collection. Diet was similar to the one described in tríal one. Monensin íncreased total tract digestíbílity of crude protein, independent on concentrate level. There was an interaction between concentrate levei and monensin on total tract digestibility of crude fiber and nitrogen balance. The best response to monensin was obtained from the high-concentrate diet and the worst from the 50%­ concentrate diet. Monensin supplementation did not influence dry matter intake, total tract digestibility of dry matter, ether extract, nitrogen-free extract, acid detergent fiber, neutral detergent fiber, gross energy and total digestible nutrients in any diet. It was concluded that monensin response can be greater in either high-concentrate or high- forage diets depending on its administration level.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMattos, Wilson Roberto SoaresRodrigues, Paulo Henrique Mazza2000-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20210104-190157/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-07T22:51:49Zoai:teses.usp.br:tde-20210104-190157Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-07T22:51:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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