Teoria Crítica e indústria museal: reflexões contemporâneas para pensar as ciências e os museus do tempo presente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Padovan, Thiago Lourenço
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/103/103131/tde-30012017-153144/
Resumo: PADOVAN, T. L. Teoria Crítica e indústria museal: reflexões contemporâneas para pensar as ciências e os museus do tempo presente. 2016. 384 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação Interunidades em Museologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Quantidade de visitantes, metas a cumprir, captação de recursos, dinamismo na prestação de serviços especializados... Estes são alguns dos termos do mundo dos negócios que, cada vez mais, figuram no linguajar dos gestores que atuam no âmbito dos grandes museus contemporâneos. Assim como quaisquer outras instituições culturais, os museus estão cada vez mais associados à lógica de mercado e à sociedade de consumo. Tais características ensejam a entrada da cultura na esquemática do capitalismo moderno e, para os frankfurtianos Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, este movimento de apropriação da cultura pelos mercados é compreendido a partir do conceito de indústria cultural. As grandes empresas que gerem os meios de comunicação de massa foram algumas das primeiras a perceberem as benesses advindas dessa indústria que, com o tempo, se embrenhou em todos os demais âmbitos da produção cultural. Os museus, filhos mais novos da indústria cultural, passaram por diversas transformações que os levaram a também fazer parte desse processo. Nesse ínterim, dentre os museus de ciência e tecnologia, emerge um tipo de instituição museal que chama a atenção: os centros de ciências. Compostos majoritariamente por objetos reproduzidos, ou seja, por modelos científico-pedagógicos e aparatos tecnológicos, ao invés de objetos histórico-preservados, estes museus buscam aliar o ensino de ciências à diversão pública. Munidos das novas tecnologias e da noção de interatividade expositiva, estes espaços são comparados a parques temáticos e, não raro, preferem não ser associados ao termo \"museu\". Dessa forma, empreendo neste trabalho a tarefa de explicar a maneira pela qual os museus passaram a levar em conta os ditames da indústria cultural e, também, demonstrar como os centros de ciências, enquanto poderosas instituições museais da contemporaneidade, tem alçado voo na construção não só de objetos, mas de modelos de museus reprodutíveis, componentes que acredito serem básicos para refletir sobre o que chamo neste trabalho de indústria museal.
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Assim como quaisquer outras instituições culturais, os museus estão cada vez mais associados à lógica de mercado e à sociedade de consumo. Tais características ensejam a entrada da cultura na esquemática do capitalismo moderno e, para os frankfurtianos Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, este movimento de apropriação da cultura pelos mercados é compreendido a partir do conceito de indústria cultural. As grandes empresas que gerem os meios de comunicação de massa foram algumas das primeiras a perceberem as benesses advindas dessa indústria que, com o tempo, se embrenhou em todos os demais âmbitos da produção cultural. Os museus, filhos mais novos da indústria cultural, passaram por diversas transformações que os levaram a também fazer parte desse processo. Nesse ínterim, dentre os museus de ciência e tecnologia, emerge um tipo de instituição museal que chama a atenção: os centros de ciências. Compostos majoritariamente por objetos reproduzidos, ou seja, por modelos científico-pedagógicos e aparatos tecnológicos, ao invés de objetos histórico-preservados, estes museus buscam aliar o ensino de ciências à diversão pública. Munidos das novas tecnologias e da noção de interatividade expositiva, estes espaços são comparados a parques temáticos e, não raro, preferem não ser associados ao termo \"museu\". Dessa forma, empreendo neste trabalho a tarefa de explicar a maneira pela qual os museus passaram a levar em conta os ditames da indústria cultural e, também, demonstrar como os centros de ciências, enquanto poderosas instituições museais da contemporaneidade, tem alçado voo na construção não só de objetos, mas de modelos de museus reprodutíveis, componentes que acredito serem básicos para refletir sobre o que chamo neste trabalho de indústria museal.PADOVAN, T. L. Critical Theory and the museum industry: contemporary reflections to think about sciences and museums in the present moment. 2016. 384 f. Dissertation (Master Degree) - Programa de Pós-graduação Interunidades em Museologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Number of visitors, goals to achieve, fund-raising, dynamism in specialized services, these are some common terms among the business world, which are increasingly part of the cultural managers\' language in major contemporary museums. As in any other cultural institutions, museums have been more related to the logics of the market and the consumption society. Such characteristics entail the entrance of culture in the modern capitalism scheme and, according to the frankfurters Theodor W. Adorno and Max Horkheimer, this movement of cultural appropriation by the markets is understood from the concept of cultural industry. The big corporations in charge of mass communication media was some of the first and realized the advantages of this industry which, with time, has plunged into all the remaining sites of cultural production. Museums, younger offspring of the cultural industry, have gone through various transformations that led them to be part of this process. In the interim, among museums of science and technology, a specific kind of museum institution stands out: science centers. Composed primarily of reproduced objects, in other words, scientific-educational models and technological apparatuses instead of historic-preserved objects, this museums aim at allying the teaching of science to the public entertainment. Provided with new technologies and the notion of expository interactivity, these spaces are compared to thematic parks and often prefer not to be associated with the term \"museum\". In this way, I engage in this work, the objective of explaining how museums have started to take into consideration the politics of the cultural industry while demonstrating how the science centers, as powerful institutions of contemporary times, have taken off in the construction of not only objects, but of models of reproducible museums, components that I believe to be primary in the comprehension of what I call in this work the museum industry.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLandim, Maria Isabel Pinto FerreiraPadovan, Thiago Lourenço2016-09-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/103/103131/tde-30012017-153144/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-30012017-153144Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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