Risco de disfonia e avaliação fonoaudiológica em voz em contexto jornalístico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cota, Ariane dos Reis
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-10032022-130824/
Resumo: O jornalismo é a profissão que busca apurar e apresentar notícias para a população. Atualmente, o profissional do jornalismo tem transitado entre as diferentes mídias (telejornalismo, jornalismo impresso, radiojornalismo, webjornalismo, assessorias de imprensa e outros) e as demandas vocais o acompanham, independentemente da mídia na qual desenvolva sua atividade. Verificar os fatores de risco para disfonia aos quais esses profissionais estão expostos e quais as possíveis alterações vocais que eles apresentam é essencial para uma intervenção mais adequada a essa classe profissional. O objetivo da pesquisa foi analisar o risco de disfonia e avaliar a possível presença de alteração vocal e sua relação com aspectos perceptivo auditivos e visuais e aspectos acústicos de profissionais atuantes em contexto jornalístico em uma Superintendência de Comunicação Social. Trata-se de estudo transversal analítico comparativo para o qual foram convidados os 49 profissionais atuantes na Superintendência de Comunicação Social da Universidade de São Paulo, campus capital. Foi realizada avaliação vocal contemplando diferentes aspectos: investigação de riscos e autoavaliação a partir do Protocolo de Rastreio de Risco de Disfonia Geral (PRRD-G), avaliação perceptivo auditiva pelo Consensus Auditoryperceptual Evaluation Of Voice (CAPE-V), avaliação perceptivo auditiva e visual considerando tipo respiratório, modo respiratório, Coordenação pneumofonoarticulatória (CPFA) e ataque vocal, assim como avaliação acústica considerando os aspectos de frequência fundamental (f0) jitter, shimmer e harmonic noise to ratio (HNR), ambas realizadas por três juízes. Os resultados apontaram 23 (46,94%) participantes com baixo risco, e 26 (53,06%) alto risco. No que se refere à presença de alteração vocal 42 (85,71%) apresentaram alteração leve/moderada/extrema e 7(14,29%) não apresentaram alteração. Foram encontradas relações significantes entre o grupo de alto risco e os parâmetros de sinais e sintomas vocais (p < 0,001), uso inadequado de voz fora do trabalho (p=0,012), alimentação inadequada (p=0,013), prejuízos no sono (p=0,021), doenças de saúde geral (p=0,031), hidratação abaixo do recomendado (p=0,010) e autoavaliação vocal negativa (p=0,009). As avaliações perceptivo-auditiva e visual mostraram maior presença de alteração vocal leve (75%); tipo respiratório e modo respiratório foram mais alterados naqueles indivíduos com alteração vocal. Não foram encontradas relações significantes entre o G do CAPE-V e os aspectos acústicos e perceptivos auditivos e visuais. A maioria da amostra apresentou alto risco de disfonia e presença de alteração leve; não houve relação entre grau de risco e a presença de alteração vocal. Sinais e sintomas vocais, uso inadequado de voz fora do trabalho, alimentação inadequada, prejuízos no sono, doenças de saúde geral, hidratação abaixo do recomendado e autoavaliação vocal negativa se relacionaram com o grupo com alto risco de disfonia. Os grupos com e sem alteração vocal foram homogêneos no que se refere aos aspectos perceptivo auditivos e visuais e aspectos acústicos
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O objetivo da pesquisa foi analisar o risco de disfonia e avaliar a possível presença de alteração vocal e sua relação com aspectos perceptivo auditivos e visuais e aspectos acústicos de profissionais atuantes em contexto jornalístico em uma Superintendência de Comunicação Social. Trata-se de estudo transversal analítico comparativo para o qual foram convidados os 49 profissionais atuantes na Superintendência de Comunicação Social da Universidade de São Paulo, campus capital. Foi realizada avaliação vocal contemplando diferentes aspectos: investigação de riscos e autoavaliação a partir do Protocolo de Rastreio de Risco de Disfonia Geral (PRRD-G), avaliação perceptivo auditiva pelo Consensus Auditoryperceptual Evaluation Of Voice (CAPE-V), avaliação perceptivo auditiva e visual considerando tipo respiratório, modo respiratório, Coordenação pneumofonoarticulatória (CPFA) e ataque vocal, assim como avaliação acústica considerando os aspectos de frequência fundamental (f0) jitter, shimmer e harmonic noise to ratio (HNR), ambas realizadas por três juízes. Os resultados apontaram 23 (46,94%) participantes com baixo risco, e 26 (53,06%) alto risco. No que se refere à presença de alteração vocal 42 (85,71%) apresentaram alteração leve/moderada/extrema e 7(14,29%) não apresentaram alteração. Foram encontradas relações significantes entre o grupo de alto risco e os parâmetros de sinais e sintomas vocais (p < 0,001), uso inadequado de voz fora do trabalho (p=0,012), alimentação inadequada (p=0,013), prejuízos no sono (p=0,021), doenças de saúde geral (p=0,031), hidratação abaixo do recomendado (p=0,010) e autoavaliação vocal negativa (p=0,009). As avaliações perceptivo-auditiva e visual mostraram maior presença de alteração vocal leve (75%); tipo respiratório e modo respiratório foram mais alterados naqueles indivíduos com alteração vocal. Não foram encontradas relações significantes entre o G do CAPE-V e os aspectos acústicos e perceptivos auditivos e visuais. A maioria da amostra apresentou alto risco de disfonia e presença de alteração leve; não houve relação entre grau de risco e a presença de alteração vocal. Sinais e sintomas vocais, uso inadequado de voz fora do trabalho, alimentação inadequada, prejuízos no sono, doenças de saúde geral, hidratação abaixo do recomendado e autoavaliação vocal negativa se relacionaram com o grupo com alto risco de disfonia. Os grupos com e sem alteração vocal foram homogêneos no que se refere aos aspectos perceptivo auditivos e visuais e aspectos acústicosJournalism is the profession that seeks to gather and present news to the population. Currently, the journalist has been transiting between different media (television journalism, print journalism, radio journalism, web journalism, press offices and others) and the vocal demands accompany him, regardless of the media in which he develops his activity. To verify the risk factors for dysphonia to which these professionals are exposed and what are the possible vocal alterations they may present is essential for a more adequate intervention for this professional class. The objective of the research was to analyze the risk of dysphonia and evaluate the possible presence of vocal alteration and its relation with auditory and visual perceptual aspects and acoustic aspects of professionals working in journalistic context in a Superintendence of Social Communication. This is a comparative analytical cross-sectional study to which the 49 professionals working in the Superintendence of Social Communication of the University of São Paulo, capital campus, were invited. Vocal evaluation was performed considering different aspects: risk investigation and self-assessment from the Dysphonia Risk Screening Protocol - General (DRSP), auditory perceptual evaluation by the Consensus Auditoryperceptual Evaluation Of Voice (CAPE-V), auditory and visual perceptual evaluation considering breathing type, breathing mode, pneumophonoarticulatory coordination (PPAC) and vocal attack, as well as acoustic evaluation considering the aspects of fundamental frequency (f0) jitter, shimmer and HNR, both performed by three judges. The results showed 23 (46.94%) participants with a low risk, and 26 (53.06%) with a high risk. Regarding the presence of vocal alteration 42 (85.71%) presented mild/moderate/extreme alteration and 7(14.29%) did not present vocal alteration. Significant relations were found between the high-risk group and the parameters of vocal signs and symptoms (p<0.001), inappropriate voice use outside work (p=0.012), inappropriate diet (p=0.013), sleep impairment (p=0.021), general health diseases (p=0.031), hydration below recommended (p=0.010) and negative vocal self-assessment (p=0.009). The perceptual-auditory and visual evaluations showed greater presence of mild vocal alteration (75%); breathing type and breathing mode were more altered in those individuals with vocal alteration. No significant relations were found between the G of CAPE-V and the acoustic and auditory and visual perceptual aspects. Most of the sample had high risk of dysphonia and presence of mild alteration; there was no relation between degree of risk and the presence of vocal alteration. Vocal signs and symptoms, inappropriate voice use outside of work, inadequate diet, sleep disturbance, general health conditions, less than recommended hydration and negative vocal self-assessment were related to the group at high risk of dysphonia. The groups with and without vocal alteration were homogeneous regarding the auditory and visual perceptual aspects and acoustic aspectsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNemr, Nair KatiaCota, Ariane dos Reis2021-12-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-10032022-130824/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-03-25T14:41:02Zoai:teses.usp.br:tde-10032022-130824Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-03-25T14:41:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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