Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Gérson Anderson de Carvalho
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-16102019-135855/
Resumo: O supergrupo do pirocloro é composto por óxidos cúbicos e trigonais de fórmula A2-mB2X6-wY1-n. O grupo da romeíta faz parte do supergrupo do pirocloro e é caracterizado pela predominância de Sb5+ na posição cristalográfica B. Atualmente apenas cinco espécies deste grupo foram aprovadas pela Associação Mineralógica Internacional (IMA). Neste trabalho foram analisadas 3 amostras (MC1-3), procedentes das localidades Kalugeri Hill, Vale de Babuna, cordilheira Jakupica, assentamento de Nezilovo, cidade: Veles, país: Macedônia (MC1) e Mina de Prabornaz, comuna de Saint Marcel, Vale de Aosta, país: Itália (MC2 e MC3).As fórmulas empíricas obtidas por microssonda eletrônica são: MC1)(Ca1,28Na0,560,14Ce0,01Pb0,01)(Sb1,70Ti0,30)(O5,87OH0,13)(F0,77OH0,23); MC2)(Ca1,17Ce0,360,21Na0,14Mn0,10Th0,01U0,01)(Sb1,22Ti0,74Fe0,02Nb0,02)O6,00 (OH0,75F0,19O0,06); MC3)(Ca1,070,57Mn0,20Na0,16)(Sb1,84Ti0,15Fe0,01)(O5,55OH0,45)(OH0,65F0,35). Identificou-se MC1 como fluorcalcioromeíta e MC2 e MC3 como hidroxicalcioromeíta. Todas as amostras possuem sistema cristalino cúbico, grupo espacial 3, Z = 8, sendo: MC1) = 10.2881(13) Å, V = 1088.9(4) Å3; MC2) = 10.2970(13) Å, V = 1091.8(4) Å3; MC3) = 10.289(6) Å, V = 1089.3(19) Å3. Os refinamentos estruturais foram finalizados com: MC1) R1 = 0,016, wR2 = 0,042 e GOF = 1,176; MC2) R1 = 0,23, wR2 = 0,049 e GOF = 1,095; MC3) R1 = 0,029, wR2 = 0,090 e GOF = 1,338. As fórmulas estruturais após refinamento foram: MC1)(Ca1,29Na0,550,11Pb0,05)Σ=2,00(Sb1,71Ti0,29)Σ=2,00(O5,73OH0,27)Σ=6,00(F0,77O0,21OH0,02)Σ=1,00; MC2)(Ca1,30Ce0,510,19)=2,00(Sb1,08Ti0,92)Σ=2,00O6,00(OH0,61O0,21F0,18)Σ=1,00; e MC3) (Ca1,610,24Na0,15)Σ=2,00(Sb1,80Ti0,20)Σ=2,00O6,00 (OH0,48F0,35O0,17)Σ=1,00. Os espectros Raman das amostras exibiram as bandas características das ligações presentes em minerais do grupo da romeíta, com abanda mais evidente correspondente ao stretching da ligação Sb-O em torno de510 cm-1.Para a amostra MC3 observaram-se picos em torno de 1600 e 3600 cm-1, confirmando a presença de água na estrutura. Não se observou estas mesmas bandas nos espectros de MC1 e MC2 devido à baixa intensidade das bandas acima de 1600 cm-1, não se distinguindo do ruído.
id USP_fda525a47719cb06ce3af3b0e6f9382d
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-16102019-135855
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeítaDescription and crystallochemical characterization of roméite-group mineralsDifração de raios XElectron microprobeEspectroscopia RamanGrupo da romeítaMicrossonda eletrônicaRaman espectroscopyRoméite groupX-ray diffractionO supergrupo do pirocloro é composto por óxidos cúbicos e trigonais de fórmula A2-mB2X6-wY1-n. O grupo da romeíta faz parte do supergrupo do pirocloro e é caracterizado pela predominância de Sb5+ na posição cristalográfica B. Atualmente apenas cinco espécies deste grupo foram aprovadas pela Associação Mineralógica Internacional (IMA). Neste trabalho foram analisadas 3 amostras (MC1-3), procedentes das localidades Kalugeri Hill, Vale de Babuna, cordilheira Jakupica, assentamento de Nezilovo, cidade: Veles, país: Macedônia (MC1) e Mina de Prabornaz, comuna de Saint Marcel, Vale de Aosta, país: Itália (MC2 e MC3).As fórmulas empíricas obtidas por microssonda eletrônica são: MC1)(Ca1,28Na0,560,14Ce0,01Pb0,01)(Sb1,70Ti0,30)(O5,87OH0,13)(F0,77OH0,23); MC2)(Ca1,17Ce0,360,21Na0,14Mn0,10Th0,01U0,01)(Sb1,22Ti0,74Fe0,02Nb0,02)O6,00 (OH0,75F0,19O0,06); MC3)(Ca1,070,57Mn0,20Na0,16)(Sb1,84Ti0,15Fe0,01)(O5,55OH0,45)(OH0,65F0,35). Identificou-se MC1 como fluorcalcioromeíta e MC2 e MC3 como hidroxicalcioromeíta. Todas as amostras possuem sistema cristalino cúbico, grupo espacial 3, Z = 8, sendo: MC1) = 10.2881(13) Å, V = 1088.9(4) Å3; MC2) = 10.2970(13) Å, V = 1091.8(4) Å3; MC3) = 10.289(6) Å, V = 1089.3(19) Å3. Os refinamentos estruturais foram finalizados com: MC1) R1 = 0,016, wR2 = 0,042 e GOF = 1,176; MC2) R1 = 0,23, wR2 = 0,049 e GOF = 1,095; MC3) R1 = 0,029, wR2 = 0,090 e GOF = 1,338. As fórmulas estruturais após refinamento foram: MC1)(Ca1,29Na0,550,11Pb0,05)Σ=2,00(Sb1,71Ti0,29)Σ=2,00(O5,73OH0,27)Σ=6,00(F0,77O0,21OH0,02)Σ=1,00; MC2)(Ca1,30Ce0,510,19)=2,00(Sb1,08Ti0,92)Σ=2,00O6,00(OH0,61O0,21F0,18)Σ=1,00; e MC3) (Ca1,610,24Na0,15)Σ=2,00(Sb1,80Ti0,20)Σ=2,00O6,00 (OH0,48F0,35O0,17)Σ=1,00. Os espectros Raman das amostras exibiram as bandas características das ligações presentes em minerais do grupo da romeíta, com abanda mais evidente correspondente ao stretching da ligação Sb-O em torno de510 cm-1.Para a amostra MC3 observaram-se picos em torno de 1600 e 3600 cm-1, confirmando a presença de água na estrutura. Não se observou estas mesmas bandas nos espectros de MC1 e MC2 devido à baixa intensidade das bandas acima de 1600 cm-1, não se distinguindo do ruído.Pyrochlore supergroup is comprised of trigonal cubic oxides of formula A2-mB2X6-wY1-n. Roméite group is part of pyrochlore supergroup and is characterized by the predominance of Sb5+ in crystallographic position B. Only five species of this group have been currently approved by the International Mineralogical Association (IMA). In this work, 3 samples (MC1-3) were analyzed, which comes from Kalugeri Hill, Babuna Valley, Jakupica Mountains, Nezilovo,Veles, Macedonia (MC1) and Prabornaz Mine, Saint Marcel, Valle d‘Aosta, Italy (MC2 and MC3). The empirical formulas obtained by electron microprobe are: MC1) (Ca1,28Na0,560,14Ce0,01Pb0,01)(Sb1,70Ti0,30)(O5,87OH0,13)(F0,77OH0,23); MC2) (Ca1,17Ce0,360,21Na0,14Mn0,10Th0,01U0,01)(Sb1,22Ti0,74Fe0,02Nb0,02)O6,00 (OH0,75F0,19O0,06); MC3) (Ca1,070,57Mn0,20Na0,16)(Sb1,84Ti0,15Fe0,01)(O5,55OH0,45)(OH0,65F0,35). MC1 was identified as fluorcalcioroméite and MC2 and MC3 as hydroxycalcioroméite. All samples have cubic crystalline system, space group 3, Z = 8, where: MC1) = 10.2881(13) Å, V = 1088.9(4) Å3; MC2) = 10.2970(13) Å, V = 1091.8(4)3; MC3) = 10.289(6) Å, V = 1089.3(19) Å3;. The structural refinements were finalized with: MC1) R1 = 0,016, wR2 = 0,042 and GOF = 1,176; MC2) R1 = 0,23, wR2 = 0,049 and GOF = 1,095; MC3) R1 = 0,029, wR2 = 0,090 and GOF = 1,338. The structural formulas after refinement were: MC1)(Ca1,29Na0,550,11Pb0,05)Σ=2,00(Sb1,71Ti0,29)Σ=2,00(O5,73OH0,27)Σ=6,00(F0,77O0,21OH0,02)Σ=1,00; MC2)(Ca1,30Ce0,510,19)=2,00(Sb1,08Ti0,92)Σ=2,00O6,00(OH0,61O0,21F0,18)Σ=1,00; and MC3) (Ca1,610,24Na0,15)Σ=2,00(Sb1,80Ti0,20)Σ=2,00O6,00 (OH0,48F0,35O0,17)Σ=1,00. Raman spectra of all samples exhibited the characteristic bands of the chemical bonds present in roméite group minerals, with the most evident one corresponding to the stretching of Sb-O bond around 510 cm-1. For MC3, peaks around 1600 and 3600 cm-1 were observed, confirming the presence of water in the structure. It was not observed these same bands in the spectra of MC1 and MC2 due to the low intensity of the bands above 1600 cm-1, whichwere not distinguished from noise.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade, Marcelo Barbosa deAtencio, DanielLopes, Gérson Anderson de Carvalho2019-07-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-16102019-135855/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T22:03:09Zoai:teses.usp.br:tde-16102019-135855Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T22:03:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
Description and crystallochemical characterization of roméite-group minerals
title Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
spellingShingle Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
Lopes, Gérson Anderson de Carvalho
Difração de raios X
Electron microprobe
Espectroscopia Raman
Grupo da romeíta
Microssonda eletrônica
Raman espectroscopy
Roméite group
X-ray diffraction
title_short Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
title_full Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
title_fullStr Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
title_full_unstemmed Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
title_sort Descrição e caracterização cristaloquímica de minerais do grupo da romeíta
author Lopes, Gérson Anderson de Carvalho
author_facet Lopes, Gérson Anderson de Carvalho
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Andrade, Marcelo Barbosa de
Atencio, Daniel
dc.contributor.author.fl_str_mv Lopes, Gérson Anderson de Carvalho
dc.subject.por.fl_str_mv Difração de raios X
Electron microprobe
Espectroscopia Raman
Grupo da romeíta
Microssonda eletrônica
Raman espectroscopy
Roméite group
X-ray diffraction
topic Difração de raios X
Electron microprobe
Espectroscopia Raman
Grupo da romeíta
Microssonda eletrônica
Raman espectroscopy
Roméite group
X-ray diffraction
description O supergrupo do pirocloro é composto por óxidos cúbicos e trigonais de fórmula A2-mB2X6-wY1-n. O grupo da romeíta faz parte do supergrupo do pirocloro e é caracterizado pela predominância de Sb5+ na posição cristalográfica B. Atualmente apenas cinco espécies deste grupo foram aprovadas pela Associação Mineralógica Internacional (IMA). Neste trabalho foram analisadas 3 amostras (MC1-3), procedentes das localidades Kalugeri Hill, Vale de Babuna, cordilheira Jakupica, assentamento de Nezilovo, cidade: Veles, país: Macedônia (MC1) e Mina de Prabornaz, comuna de Saint Marcel, Vale de Aosta, país: Itália (MC2 e MC3).As fórmulas empíricas obtidas por microssonda eletrônica são: MC1)(Ca1,28Na0,560,14Ce0,01Pb0,01)(Sb1,70Ti0,30)(O5,87OH0,13)(F0,77OH0,23); MC2)(Ca1,17Ce0,360,21Na0,14Mn0,10Th0,01U0,01)(Sb1,22Ti0,74Fe0,02Nb0,02)O6,00 (OH0,75F0,19O0,06); MC3)(Ca1,070,57Mn0,20Na0,16)(Sb1,84Ti0,15Fe0,01)(O5,55OH0,45)(OH0,65F0,35). Identificou-se MC1 como fluorcalcioromeíta e MC2 e MC3 como hidroxicalcioromeíta. Todas as amostras possuem sistema cristalino cúbico, grupo espacial 3, Z = 8, sendo: MC1) = 10.2881(13) Å, V = 1088.9(4) Å3; MC2) = 10.2970(13) Å, V = 1091.8(4) Å3; MC3) = 10.289(6) Å, V = 1089.3(19) Å3. Os refinamentos estruturais foram finalizados com: MC1) R1 = 0,016, wR2 = 0,042 e GOF = 1,176; MC2) R1 = 0,23, wR2 = 0,049 e GOF = 1,095; MC3) R1 = 0,029, wR2 = 0,090 e GOF = 1,338. As fórmulas estruturais após refinamento foram: MC1)(Ca1,29Na0,550,11Pb0,05)Σ=2,00(Sb1,71Ti0,29)Σ=2,00(O5,73OH0,27)Σ=6,00(F0,77O0,21OH0,02)Σ=1,00; MC2)(Ca1,30Ce0,510,19)=2,00(Sb1,08Ti0,92)Σ=2,00O6,00(OH0,61O0,21F0,18)Σ=1,00; e MC3) (Ca1,610,24Na0,15)Σ=2,00(Sb1,80Ti0,20)Σ=2,00O6,00 (OH0,48F0,35O0,17)Σ=1,00. Os espectros Raman das amostras exibiram as bandas características das ligações presentes em minerais do grupo da romeíta, com abanda mais evidente correspondente ao stretching da ligação Sb-O em torno de510 cm-1.Para a amostra MC3 observaram-se picos em torno de 1600 e 3600 cm-1, confirmando a presença de água na estrutura. Não se observou estas mesmas bandas nos espectros de MC1 e MC2 devido à baixa intensidade das bandas acima de 1600 cm-1, não se distinguindo do ruído.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-07-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-16102019-135855/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-16102019-135855/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090781658480640