Overdentures mandibulares retidas por mini-implantes ou implantes convecionais: avaliação da função mastigatória e colonização microbiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Tatiana Ramirez
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-23062015-090159/
Resumo: Implantes de diâmetro reduzido, ou mini-implantes, têm sido recentemente considerados para a retenção e suporte de overdentures mandibulares em pacientes totalmente desdentados. No entanto, pouco se sabe sobre o desempenho da função mastigatória com esse tipo de tratamento e da microbiota associada aos mini-implantes. Portanto, estudos clínicos que validem o tratamento com mini-implantes e overdentures são necessários. Assim, os objetivos deste estudo foram: 1) avaliar a habilidade e performance mastigatórias de indivíduos portadores de overdentures mandibulares retidas por quatro ou dois mini-implantes (grupos I e II, respectivamente) ou dois implantes convencionais (grupo III); 2) comparar a performance mastigatória destes indivíduos com a encontrada em portadores de próteses totais convencionais (grupo IV comparador externo); e 3) comparar qualitativa e quantitativamente a microbiota peri-implantar de mini-implantes e de implantes convencionais. Participaram deste estudo 60 indivíduos portadores de overdentures mandibulares (20 de cada grupo) e 20 portadores de próteses totais convencionais. Três meses após a instalação das overdentures mandibulares (grupos I, II e III), a habilidade mastigatória (HM) foi avaliada por meio de um questionário desenvolvido para esta finalidade. A performance mastigatória (PM) dos participantes foi avaliada seis meses após a instalação das overdentures por meio de um método que determina a alteração de cor de uma goma de mascar utilizada como alimento teste. A microbiota do sulco peri-implantar dos mini-implantes do grupo II e dos implantes convencionais (grupo III) foi identificada e quantificada pelo método DNA Checkerboard (38 espécies de microrganismos avaliadas) em dois momentos: T0 (primeira coleta), realizada 3 meses após a exposição dos implantes à cavidade oral, e T1 (segunda coleta), seis meses após a primeira coleta. Os grupos foram comparados por meio de testes adequados à distribuição dos dados (&alpha;=5%). Embora a HM tenha sido semelhante entre os grupos I, II e III, a dificuldade em mastigar alimentos moles associada à overdenture foi maior para o grupo III (Kruskal-Wallis, p=0,041). A PM também foi similar nos grupos I, II e III, mas significantemente maior do que a do grupo IV (Tukey, p<0,05). As 38 espécies alvo do estudo foram detectadas nos dois tipos de implantes em T0 e T1, com exceção da espécie E. faecalis nos implantes convencionais em T1. Houve uma diminuição significante na quantidade total de bactérias e fungos no grupo II e aumento no grupo III (Wilcoxon Pareado, p<0,05) no período analisado. A quantidade total de microrganismos no grupo III foi significantemente maior do que no grupo II em T1 (Mann-Whitney; p<0,05), sendo que mais de 70% das espécies avaliadas estavam presentes em maior quantidade no grupo III (Mann-Whitney; p<0,05). Levando-se em conta as limitações deste estudo, pode-se concluir que overdentures mandibulares retidas por quatro ou dois mini-implantes são tão efetivas quanto aquelas retidas por dois implantes convencionais quanto a habilidade e performance mastigatórias, e que este tipo de reabilitação promove uma performance mastigatória superior à encontrada em portadores de próteses totais convencionais. Além disso, a microbiota do sulco peri-implantar de mini-implantes é quantitativamente inferior e qualitativamente semelhante à microbiota associada a implantes convencionais quando utilizados para reter/suportar overdentures mandibulares.
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Assim, os objetivos deste estudo foram: 1) avaliar a habilidade e performance mastigatórias de indivíduos portadores de overdentures mandibulares retidas por quatro ou dois mini-implantes (grupos I e II, respectivamente) ou dois implantes convencionais (grupo III); 2) comparar a performance mastigatória destes indivíduos com a encontrada em portadores de próteses totais convencionais (grupo IV comparador externo); e 3) comparar qualitativa e quantitativamente a microbiota peri-implantar de mini-implantes e de implantes convencionais. Participaram deste estudo 60 indivíduos portadores de overdentures mandibulares (20 de cada grupo) e 20 portadores de próteses totais convencionais. Três meses após a instalação das overdentures mandibulares (grupos I, II e III), a habilidade mastigatória (HM) foi avaliada por meio de um questionário desenvolvido para esta finalidade. A performance mastigatória (PM) dos participantes foi avaliada seis meses após a instalação das overdentures por meio de um método que determina a alteração de cor de uma goma de mascar utilizada como alimento teste. A microbiota do sulco peri-implantar dos mini-implantes do grupo II e dos implantes convencionais (grupo III) foi identificada e quantificada pelo método DNA Checkerboard (38 espécies de microrganismos avaliadas) em dois momentos: T0 (primeira coleta), realizada 3 meses após a exposição dos implantes à cavidade oral, e T1 (segunda coleta), seis meses após a primeira coleta. Os grupos foram comparados por meio de testes adequados à distribuição dos dados (&alpha;=5%). Embora a HM tenha sido semelhante entre os grupos I, II e III, a dificuldade em mastigar alimentos moles associada à overdenture foi maior para o grupo III (Kruskal-Wallis, p=0,041). A PM também foi similar nos grupos I, II e III, mas significantemente maior do que a do grupo IV (Tukey, p<0,05). As 38 espécies alvo do estudo foram detectadas nos dois tipos de implantes em T0 e T1, com exceção da espécie E. faecalis nos implantes convencionais em T1. Houve uma diminuição significante na quantidade total de bactérias e fungos no grupo II e aumento no grupo III (Wilcoxon Pareado, p<0,05) no período analisado. A quantidade total de microrganismos no grupo III foi significantemente maior do que no grupo II em T1 (Mann-Whitney; p<0,05), sendo que mais de 70% das espécies avaliadas estavam presentes em maior quantidade no grupo III (Mann-Whitney; p<0,05). Levando-se em conta as limitações deste estudo, pode-se concluir que overdentures mandibulares retidas por quatro ou dois mini-implantes são tão efetivas quanto aquelas retidas por dois implantes convencionais quanto a habilidade e performance mastigatórias, e que este tipo de reabilitação promove uma performance mastigatória superior à encontrada em portadores de próteses totais convencionais. Além disso, a microbiota do sulco peri-implantar de mini-implantes é quantitativamente inferior e qualitativamente semelhante à microbiota associada a implantes convencionais quando utilizados para reter/suportar overdentures mandibulares.Narrow diameter implants, or mini dental implants, have recently been considered to retain and to support mandibular and maxillary overdentures in completely edentulous subjects. However, there is scant information about the performance of masticatory function with this type of treatment and the microbiota associated with mini-implants. Therefore, clinical trials to valid the treatment with mini implants and overdentures are necessary. Thus, this study aimed to: 1) assess the ability and masticatory performance in mandibular overdenture wearers after the insertion of four or two mini implants (group I and II, respectively) or two standard-size implants (group III); 2) compare their masticatory performance with that obtained by complete denture wearers (group IV external comparison); 3) compare qualitatively and quantitatively the peri-implant microbiota of mini and standard-size implants. Sixty mandibular overdenture wearers (20 per group) and 20 complete denture wearers participated in the study. Three months after the insertion of the mandibular overdentures (group I, II and III) the masticatory ability (MA) was assessed by a questionnaire developed for this purpose. The masticatory performance (MP) was assessed six months after the insertion of the overdentures by a test using a color-changeable chewing gum. The peri-implant microbiota of mini (group II) and standard-size implants (group III) was identified and quantified by DNA Checkerboard method (38 microorganisms species assessed) in two times: T0 (first collect) three months after the implants exposure to the oral cavity, and T1 (second collect) six months after T0. The groups were compared by tests according to data distribution (&alpha;=5%). Although the MA was similar between the assessed groups (I, II and III), the difficult to chew soft foods caused by the overdenture was higher for group III (Kruskal-Wallis, p=0,041). The MP was similar between groups I, II and III. However, it was higher than the MP in group IV (Tukey, p<0,05). All the 38 species were detected in the two implants in T0 and T1, except the E. faecalis in group III in T1. There was a significant decrease in the total amount of bacteria and fungi in group II and increase in group III (Wilcoxon Pareado; p<0,05) during the period analysed. The total amount of microorganisms in group III was higher than in group II in T1 (Mann-Whitney; p<0,05), with over than 70% of the species identified in larger amount in group III (Mann-Whitney; p<0,05). Taking into account the limitations of this study, it was concluded that the mandibular overdentures retained by four or two mini implants are as effective as those retained by two standard-size implants considering the masticatory ability and performance. Moreover, these treatments promote higher masticatory performance than that found in conventional dentures wearers. In addition, the peri-implant microbiota of mini implants is quantitatively lower and qualitatively similar to the microbiota associated with standard-size implants used to retain overdentures.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlbuquerque Junior, Rubens Ferreira deSouza, Raphael Freitas deCunha, Tatiana Ramirez2015-06-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-23062015-090159/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-23062015-090159Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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