Mudanças climáticas e secas no Brasil: uma análise espacial integrada a partir de modelos IEGC e monitoramento climático no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimenta, Bruno Proença Pacheco
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-15102020-101650/
Resumo: As mudanças climáticas resultantes do aquecimento global e seus impactos na natureza e na sociedade são um dos maiores desafios enfrentados pela civilização humana no período atual. No caso brasileiro, a região mais vulnerável socialmente é o Semiárido. Essa região cobre 86% do interior da parte nordeste do país, que, com sua população de 23 milhões de habitantes em 2017, a garante o título de região seca mais populosa do mundo. Essa região ficará vulnerável a vários impactos climáticos, uma vez que o aumento da temperatura pode fazer com que os locais com déficit hídrico fiquem ainda mais secos e o curto período de chuva pode desaparecer. O aumento da frequência de secas poderá levar a região a passar por um processo de aridização até o final do século, e essa soma de fatores torna a região uma das mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas. Este trabalho estima o efeito de choques climáticos no Semiárido brasileiro sobre a produtividade agrícola, especificamente na produção de feijão, milho e mandioca, que são as culturas mais representativas da região. Como medida de choques climáticos, usamos o Índice Integrado de Secas e o Índice de Saúde da Vegetação, para projeções futuras. Esses choques de produtividade são então utilizados em um modelo inter-regional equilíbrio geral computável calibrado para as sub-regiões do Semiárido, a fim de calcular o impacto das secas em variáveis como nível de atividade de cada setor, emprego e produto bruto de cada região.
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