Adiposidade muscular esquelética, depósitos de gordura e ancestralidade genética - Estudo ELSA-Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-10092024-140959/ |
Resumo: | Introdução: A adiposidade corporal está associada a maior prevalência de doenças cardiovasculares (DCV). O acúmulo de gordura muscular pode ser avaliado de forma não invasiva através da Tomografia Computadorizada (TC) e pode variar de acordo com diferentes ancestralidades. Objetivo: Verificar se a qualidade muscular paravertebral e psoas está relacionada ao diabetes (glicemia de jejum 126 mg/dL, HbA1c 6,5% ou TOTG 200 mg/dL) na parcela de afro-brasileiros voluntários. Métodos: Foi utilizado estudo transversal, incluindo 5.079 voluntários entre 35 e 74 anos de São Paulo que fazem parte da coorte ELSA-Brasil, os quais foram submetidos a uma aquisição tomográfica abdominal que coletou dados de fígado, baço, seios renais, gordura total, visceral e subcutânea, musculatura paravertebral e psoas. Simultaneamente, a população foi submetida a testes genéticos para estimar sua ancestralidade, incluindo ascendência africana, ameríndia e europeia. As associações entre achados de imagem, ancestralidade genética, raça autorreferida, diabetes e outros fatores de risco para DCV foram avaliadas por meio de regressão logística multivariada. Resultados A população do estudo, representando a composição brasileira miscigenada, dividida em tercis de ancestralidade africana. Esta divisão demonstrou as seguintes proporções: 1º <9,7%; 2º de 9,8-30,1%; 3º > 30,2%) sendo o primeiro de maior contribuição Europeia e Ameríndia, e o terceiro, Africano. Ao comparar indivíduos destes tercis com e sem diabetes, verificamos que, em mulheres, o 3º tercil tem maior influência da densidade paravertebral no diabetes (p<0,001); e para os homens esta influência é significativa tanto para o grupo psoas quanto para o paravertebral (p<0,05). Conclusão: Em uma população mista brasileira, o subgrupo mais africano revelou que a densidade muscular dos grupos paravertebral e psoas está fortemente correlacionada ao diabetes. Este estudo demonstra a importância da TC como ferramenta não-invasiva válida para estimar o estado metabólico do indivíduo |
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Adiposidade muscular esquelética, depósitos de gordura e ancestralidade genética - Estudo ELSA-BrasilSkeletal muscle adiposity, fat depots and ancestry - ELSA-Brasil StudyCardiovascular diseasesComputed tomographyDiabetesDiabetesDoenças cardiovascularesFatGorduraMuscleMúsculoTomografia computadorizadaIntrodução: A adiposidade corporal está associada a maior prevalência de doenças cardiovasculares (DCV). O acúmulo de gordura muscular pode ser avaliado de forma não invasiva através da Tomografia Computadorizada (TC) e pode variar de acordo com diferentes ancestralidades. Objetivo: Verificar se a qualidade muscular paravertebral e psoas está relacionada ao diabetes (glicemia de jejum 126 mg/dL, HbA1c 6,5% ou TOTG 200 mg/dL) na parcela de afro-brasileiros voluntários. Métodos: Foi utilizado estudo transversal, incluindo 5.079 voluntários entre 35 e 74 anos de São Paulo que fazem parte da coorte ELSA-Brasil, os quais foram submetidos a uma aquisição tomográfica abdominal que coletou dados de fígado, baço, seios renais, gordura total, visceral e subcutânea, musculatura paravertebral e psoas. Simultaneamente, a população foi submetida a testes genéticos para estimar sua ancestralidade, incluindo ascendência africana, ameríndia e europeia. As associações entre achados de imagem, ancestralidade genética, raça autorreferida, diabetes e outros fatores de risco para DCV foram avaliadas por meio de regressão logística multivariada. Resultados A população do estudo, representando a composição brasileira miscigenada, dividida em tercis de ancestralidade africana. Esta divisão demonstrou as seguintes proporções: 1º <9,7%; 2º de 9,8-30,1%; 3º > 30,2%) sendo o primeiro de maior contribuição Europeia e Ameríndia, e o terceiro, Africano. Ao comparar indivíduos destes tercis com e sem diabetes, verificamos que, em mulheres, o 3º tercil tem maior influência da densidade paravertebral no diabetes (p<0,001); e para os homens esta influência é significativa tanto para o grupo psoas quanto para o paravertebral (p<0,05). Conclusão: Em uma população mista brasileira, o subgrupo mais africano revelou que a densidade muscular dos grupos paravertebral e psoas está fortemente correlacionada ao diabetes. Este estudo demonstra a importância da TC como ferramenta não-invasiva válida para estimar o estado metabólico do indivíduoIntroduction: Body fat is associated with a greater prevalence of cardiovascular diseases (DCV). Muscle mass quality (density) can be non-invasively determined by Computed Tomography (CT) and may vary accordingly to ancestry. Objective: To verify whether paravertebral and psoas muscular quality is related to diabetes (fasting glucose 126 mg/dL, HbA1c 6.5% or OGTT 200 mg/dL) among Afro-Brazilian volunteers. Methods: Transversal study, including 5,079 volunteers between 35 and 74 years of age from São Paulo who are part of ELSA-Brasil cohort, who were submitted to an abdominal CT scan, to evaluate liver, spleen, renal sinus, total adipose tissue at L4 level, visceral and subcutaneous fat, as well as paravertebral and psoas muscles. Simultaneously, individuals collected blood samples to genetic tests to estimate ancestry, including African, American and European ancestry. Associations between imaging findings, genetic ancestry, self-reported race, diabetes, and other CVD risk factors were assessed using multivariate logistic regression. Results: In a mixed Brazilian population, the classification into tertiles of African ancestry showed proportions as follows: 1st <9.7%; 2nd 9.8-30.1%; 3rd > 30.2%. The first and second tertiles with major contribution from Europe and America, and the third, from Africa. When comparing these tertiles with and without diabetes, we found that, in women, the 3rd tertile has a greater influence of paravertebral density in diabetes (p<0.001); and for men this influence is significant for both psoas and the paravertebral group (p<0.05).Conclusion: In a mixed Brazilian population, the African subgroup revealed that muscular density of the paravertebral and psoas groups is strongly correlated with diabetesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLotufo, Paulo AndradeOliveira, Adriana Maria de Lima2024-06-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-10092024-140959/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-24T16:14:02Zoai:teses.usp.br:tde-10092024-140959Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-24T16:14:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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