A influência das variáveis ambientais (meteorológicas e de qualidade do ar) na morbidade respiratória e cardiovascular na área metropolitana do Porto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-24062010-120704/ |
Resumo: | O Homem é parte integrante do sistema Ambiental. O ambiente cria impactos Nele e por sua vez ele também pode provocar impactos no Ambiente. O objetivo da tese foi identificar qual a intensidade e freqüência do impacto que a poluição atmosférica e a variabilidade das variáveis meteorológicas na saúde da população da Área Metropolitana do Porto (Portugal), através de um estudo epidemiológico ecológico. Escolheu-se o período de 2002 a 2005 para estudar um conjunto de cidades que contam com espaços urbanos, suburbanos e industriais mesclados, perto do litoral Atlântico com clima Mediterrânico. Usando como métodos a análise descritiva e multivariada (ACP), de correlação e regressão múltipla (RM), assim como índices de conforto térmico (ID, H, Te e Tev), trabalharam-se dados de admissões hospitalares (4 hospitais públicos) de doenças cardiovasculares (DCV) (401-405, Hipertensão; 410-414, DCV Isquêmica, 426-428, Insuficiência Cardíaca) e respiratórias (490-496, Asma/Bronquite; 500-507, Pneumoconioses), informações meteorológicas do Instituto de Meteorologia de Portugal (Temperatura, Umidade, Precipitação e Pressão) e valores diários e mensais do índice de Oscilação do Atlântico Norte (OAN), da NOAA, assim como, saídas de normais de pressão e médias de velocidade de vento do modelo NOAA e de 10 estações fixas de qualidade do ar pertencentes à Agencia Portuguesa do Ambiente (O3; NO2, NO, CO, SO2, PM10, PM2,5). Identificaram-se alguns períodos de temperaturas elevadas (38°C) durante o verão e inversões térmicas durante o inverno (2004/05), as quais criaram situações de estresse térmico por calor e muito frio (dos 1461 mais de 930 dias -24°C< TEv tmin Urmáx vmáx < 0°C), por um lado, e aumento da poluição, por outro. Esse aumento da poluição contribuiu para se observar maior número de casos por doenças respiratórias por Asma/bronquite (lag 3 dias durante inverno 2004/05 correlação com PM2,5=0,33), doenças Cardíacas Hipertensivas (regressão multivariada para Primavera, para PM10 com Beta=0,80, R2ajustado=0,076), e Insuficiências Cardíacas (regressão para Outono NO2 Beta = 0,42 com R2ajustado= 0,060). Encontrou-se também relação significativa e forte entre a variabilidade da Oscilação do Atlântico Norte (OAN) e de alguns poluentes durante o inverno (ex: correlação PM10=0,71, em 2003; PM2,5= 0,91, em 2005; SO2=0,45, em 2004). Uma importante conclusão, também sugerida por outros autores, é que as mudanças climáticas podem modificar a intensidade e regularidade da OAN, afetando assim a circulação atmosférica o que terá impacto direto na dispersão dos poluentes em pequena escala e conseqüentemente irá influenciar a saúde publica. |
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A influência das variáveis ambientais (meteorológicas e de qualidade do ar) na morbidade respiratória e cardiovascular na área metropolitana do PortoThe environmental variables (meteorological and air quality) impact on respiratory and cardiovascular morbidity in Metropolitan Porto Area.Air pollutionCardiovascular morbidityConforto térmicomorbidade cardiovascularmorbidade respiratóriaNorth Atlantic OscillationOscilação do Atlântico NortePoluiçãoRespiratory morbidityThermal ComfortO Homem é parte integrante do sistema Ambiental. O ambiente cria impactos Nele e por sua vez ele também pode provocar impactos no Ambiente. O objetivo da tese foi identificar qual a intensidade e freqüência do impacto que a poluição atmosférica e a variabilidade das variáveis meteorológicas na saúde da população da Área Metropolitana do Porto (Portugal), através de um estudo epidemiológico ecológico. Escolheu-se o período de 2002 a 2005 para estudar um conjunto de cidades que contam com espaços urbanos, suburbanos e industriais mesclados, perto do litoral Atlântico com clima Mediterrânico. Usando como métodos a análise descritiva e multivariada (ACP), de correlação e regressão múltipla (RM), assim como índices de conforto térmico (ID, H, Te e Tev), trabalharam-se dados de admissões hospitalares (4 hospitais públicos) de doenças cardiovasculares (DCV) (401-405, Hipertensão; 410-414, DCV Isquêmica, 426-428, Insuficiência Cardíaca) e respiratórias (490-496, Asma/Bronquite; 500-507, Pneumoconioses), informações meteorológicas do Instituto de Meteorologia de Portugal (Temperatura, Umidade, Precipitação e Pressão) e valores diários e mensais do índice de Oscilação do Atlântico Norte (OAN), da NOAA, assim como, saídas de normais de pressão e médias de velocidade de vento do modelo NOAA e de 10 estações fixas de qualidade do ar pertencentes à Agencia Portuguesa do Ambiente (O3; NO2, NO, CO, SO2, PM10, PM2,5). Identificaram-se alguns períodos de temperaturas elevadas (38°C) durante o verão e inversões térmicas durante o inverno (2004/05), as quais criaram situações de estresse térmico por calor e muito frio (dos 1461 mais de 930 dias -24°C< TEv tmin Urmáx vmáx < 0°C), por um lado, e aumento da poluição, por outro. Esse aumento da poluição contribuiu para se observar maior número de casos por doenças respiratórias por Asma/bronquite (lag 3 dias durante inverno 2004/05 correlação com PM2,5=0,33), doenças Cardíacas Hipertensivas (regressão multivariada para Primavera, para PM10 com Beta=0,80, R2ajustado=0,076), e Insuficiências Cardíacas (regressão para Outono NO2 Beta = 0,42 com R2ajustado= 0,060). Encontrou-se também relação significativa e forte entre a variabilidade da Oscilação do Atlântico Norte (OAN) e de alguns poluentes durante o inverno (ex: correlação PM10=0,71, em 2003; PM2,5= 0,91, em 2005; SO2=0,45, em 2004). Uma importante conclusão, também sugerida por outros autores, é que as mudanças climáticas podem modificar a intensidade e regularidade da OAN, afetando assim a circulação atmosférica o que terá impacto direto na dispersão dos poluentes em pequena escala e conseqüentemente irá influenciar a saúde publica.Humans are part of environmental system. Environment impacts on Humans and we so can impact on earth ecosystems. The thesis aims identify the intensity and frequency of air pollution and meteorological impact on Porto Metropolitan Area (PMA) public health, although a ecological epidemiological study. The 2002- 2005 period was select to study climatologically Mediterranean seaside cities with typical urban, suburban and industrial mixed spaces. The statistical methods used were: descriptive and multivariate (ACP) analyze, correlation and multiple regression, as well as, discomfort indices (ID, Te, Tev, H). Data set from 3 different institutions was analyzed: admission from 4 public hospitals referent to heart (401-405, Hypertension; 410-414, Ischemic cardiac, 426-428, Heart Insufficiency) and respiratory diseases (490-496, Asthma/Bronchitis; 500-507, Pneumoconioses), meteorological information from Meteorological Institute of Portugal.(Temperature, Humidity, Precipitation, Wind speed, Pressure) and daily and monthly North Atlantic Oscillation index values, from NOAA, as well as, pressure daily normal and wind velocity daily mean NOAA model output and from 10 fixed air quality stations (Environmental Portuguese Agency) the pollutants (O3; NO2, NO, CO, SO2, PM10, PM2,5) time series. Some high temperature (38°C) periods was identified during summertime and thermal inversions in the wintertime (2004 and 2005), which provoked stress for heat and cold (from 1461 days, 930 days the thermal sensation was -24°C< TEv tmin Urmáx vmáx < 0°C), and pollution increase. The air pollution increased the hospital admissions for respiratory diseases special Asthma/bronquitis (lag 3 days during 2004/05 Winter correlation PM2.5= 0.33), Cardiac Hypertension (Spring multivariate regression Beta= 0.80, R2ajusted= 0.076), and Heart insufficiency (Autumn multivariate regression NO2 Beta = 0.42 with R2ajustaded= 0.060). Significant and strong association was found between North Atlantic Oscillation (NAO) and some pollutants during Wintertime (eg.: correlation PM10=0.71, 2003; PM2.5=0.91, 2005; SO2=0.45, 2004). ). It is important to notice that some studies have already suggested that climate change can modify the intensity and regularity of the NAO, affecting the atmospheric general circulation and it could have a direct impact on pollutants dispersion in small scale and on public health.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGoncalves, Fabio Luiz TeixeiraLeal, António Rui MarcelinoAzevedo, Jezabel Miriam Fernandes2010-05-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-24062010-120704/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:11Zoai:teses.usp.br:tde-24062010-120704Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O Homem é parte integrante do sistema Ambiental. O ambiente cria impactos Nele e por sua vez ele também pode provocar impactos no Ambiente. O objetivo da tese foi identificar qual a intensidade e freqüência do impacto que a poluição atmosférica e a variabilidade das variáveis meteorológicas na saúde da população da Área Metropolitana do Porto (Portugal), através de um estudo epidemiológico ecológico. Escolheu-se o período de 2002 a 2005 para estudar um conjunto de cidades que contam com espaços urbanos, suburbanos e industriais mesclados, perto do litoral Atlântico com clima Mediterrânico. Usando como métodos a análise descritiva e multivariada (ACP), de correlação e regressão múltipla (RM), assim como índices de conforto térmico (ID, H, Te e Tev), trabalharam-se dados de admissões hospitalares (4 hospitais públicos) de doenças cardiovasculares (DCV) (401-405, Hipertensão; 410-414, DCV Isquêmica, 426-428, Insuficiência Cardíaca) e respiratórias (490-496, Asma/Bronquite; 500-507, Pneumoconioses), informações meteorológicas do Instituto de Meteorologia de Portugal (Temperatura, Umidade, Precipitação e Pressão) e valores diários e mensais do índice de Oscilação do Atlântico Norte (OAN), da NOAA, assim como, saídas de normais de pressão e médias de velocidade de vento do modelo NOAA e de 10 estações fixas de qualidade do ar pertencentes à Agencia Portuguesa do Ambiente (O3; NO2, NO, CO, SO2, PM10, PM2,5). Identificaram-se alguns períodos de temperaturas elevadas (38°C) durante o verão e inversões térmicas durante o inverno (2004/05), as quais criaram situações de estresse térmico por calor e muito frio (dos 1461 mais de 930 dias -24°C< TEv tmin Urmáx vmáx < 0°C), por um lado, e aumento da poluição, por outro. Esse aumento da poluição contribuiu para se observar maior número de casos por doenças respiratórias por Asma/bronquite (lag 3 dias durante inverno 2004/05 correlação com PM2,5=0,33), doenças Cardíacas Hipertensivas (regressão multivariada para Primavera, para PM10 com Beta=0,80, R2ajustado=0,076), e Insuficiências Cardíacas (regressão para Outono NO2 Beta = 0,42 com R2ajustado= 0,060). Encontrou-se também relação significativa e forte entre a variabilidade da Oscilação do Atlântico Norte (OAN) e de alguns poluentes durante o inverno (ex: correlação PM10=0,71, em 2003; PM2,5= 0,91, em 2005; SO2=0,45, em 2004). Uma importante conclusão, também sugerida por outros autores, é que as mudanças climáticas podem modificar a intensidade e regularidade da OAN, afetando assim a circulação atmosférica o que terá impacto direto na dispersão dos poluentes em pequena escala e conseqüentemente irá influenciar a saúde publica. |
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