A reflexividade e a morte no conto Linda, uma história horrível, de Caio Fernando Abreu
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Letras |
Texto Completo: | https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/14870 |
Resumo: | Este artigo é fundamentado em estudos sobre mise en abyme e reflexividade realizados por Lucien Dallenbach (2001, 1979, 1977) e Gian Maria Tore (2014). O procedimento narrativo da mise en abyme constitui-se na desarticulação da massa textual, intervindo na rede de relações, de modo a assinalar a intersecção de encadeamentos significativos diversos, isto é, um interessante jogo narrativo especular. O processo de escrita decorrente da mise en abyme instaura a investigação sobre o próprio ato criador que envolve a literatura. Espécie de construto artístico e crítico, a obra literária torna-se um objeto “olhante e olhado”, que questiona e é também questionado. A mise en abyme corresponde, pois, a um meio capaz de transformar e transgredir a narrativa, apresentando-se como parte integrante de um objeto estético. Nesse sentido, a hipótese formulada por este estudo constitui em pensar o procedimento narrativo da mise en abyme segundo um questionamento mais vasto, longe das amarras tradicionais do encaixe narrativo ou da repetição vertiginosa, com uma abordagem articulada à noção de reflexividade. O texto propõe uma análise do conto Linda, uma história horrível, da coletânea Os dragões não conhecem o paraíso (1988), de Caio Fernando Abreu. O conto narra uma experiência limite, a partir da reflexividade contida nos olhares trocados entre três personagens, a mãe, o filho e a cadela de nome Linda. Desse modo, a análise propõe uma leitura do conto Linda, uma história horrível, de Caio Fernando Abreu, observando a construção da reflexividade e da figurativização da morte, tema que permite identificar um momento privilegiado da obra do escritor. |
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A reflexividade e a morte no conto Linda, uma história horrível, de Caio Fernando AbreuEstudos Literários Literatura BrasileiraMise en abyme; Morte; Caio Fernando AbreuEste artigo é fundamentado em estudos sobre mise en abyme e reflexividade realizados por Lucien Dallenbach (2001, 1979, 1977) e Gian Maria Tore (2014). O procedimento narrativo da mise en abyme constitui-se na desarticulação da massa textual, intervindo na rede de relações, de modo a assinalar a intersecção de encadeamentos significativos diversos, isto é, um interessante jogo narrativo especular. O processo de escrita decorrente da mise en abyme instaura a investigação sobre o próprio ato criador que envolve a literatura. Espécie de construto artístico e crítico, a obra literária torna-se um objeto “olhante e olhado”, que questiona e é também questionado. A mise en abyme corresponde, pois, a um meio capaz de transformar e transgredir a narrativa, apresentando-se como parte integrante de um objeto estético. Nesse sentido, a hipótese formulada por este estudo constitui em pensar o procedimento narrativo da mise en abyme segundo um questionamento mais vasto, longe das amarras tradicionais do encaixe narrativo ou da repetição vertiginosa, com uma abordagem articulada à noção de reflexividade. O texto propõe uma análise do conto Linda, uma história horrível, da coletânea Os dragões não conhecem o paraíso (1988), de Caio Fernando Abreu. O conto narra uma experiência limite, a partir da reflexividade contida nos olhares trocados entre três personagens, a mãe, o filho e a cadela de nome Linda. Desse modo, a análise propõe uma leitura do conto Linda, uma história horrível, de Caio Fernando Abreu, observando a construção da reflexividade e da figurativização da morte, tema que permite identificar um momento privilegiado da obra do escritor.Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)Alonso, Mariângela2023-12-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/1487010.3895/rl.v25n47.14870Revista de Letras; v. 25, n. 47 (2023)2179-52820104-999210.3895/rl.v25n47reponame:Revista de Letrasinstname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRporhttps://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/14870/9942https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/downloadSuppFile/14870/2455Direitos autorais 2023 CC Atribuição 4.0http://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-30T22:27:27Zoai:periodicos.utfpr:article/14870Revistahttps://periodicos.utfpr.edu.br/rlPUBhttps://periodicos.utfpr.edu.br/rl/oai||revistadeletras-ct@utfpr.edu.br2179-52820104-9992opendoar:2024-04-30T22:27:27Revista de Letras - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false |
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