Acrotonia da brotação de macieira em região de inverno ameno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Patto, Leonardo Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2287
Resumo: Durante a dormência, as plantas de clima temperado cessam temporariamente o crescimento visível. No caso da macieira sabe-se que a temperatura é o fator ambiental que mais influencia a dormência. A planta necessita de baixas temperaturas para induzir a entrada e posteriormente a saída da dormência, para então retomar o crescimento vegetativo. Sabe-se que quando não ocorre acúmulo suficiente de frio, as plantas apresentam crescimento errático, com brotação ocorrendo predominantemente na porção distal dos ramos, comprometendo a brotação satisfatória. No entanto, há pouca informação sobre o metabolismo destes carboidratos e sua relação com a dormência de plantas em condições de inverno ameno. Contudo o objetivo deste trabalho foi avaliar as diferenças biológicas e bioquímicas entre as porções distal e proximal de ramos de macieira que influenciam a acrotonia. De abril a outubro dos anos de 2012, 2013 e 2014, foram coletados ramos e esporões de três cultivares de macieira (Eva, Galaxy e Fuji Suprema) cultivadas em um pomar comercial no município de Plamas-PR. Para avaliar a intensidade da dormência em gemas vegetativas foi realizado o teste de estacas de uma só gema, e o teste de Tabuenca para as gemas florais. Variáveis bioquímicas também foram avaliadas como o teor de proteínas solúveis; atividade de alfa-amilase; açúcares (glicose, frutose, sacarose e sorbitol); amido e umidade. De forma geral as cultivares apresentaram tempo médio de brotação (TMB) menores do que em clima temperado. A porcentagem de brotação manteve-se alta na maioria das coletas para as três cultivares. O teste de Tabuenca confirmou a precocidade da cultivar Eva e mostrou comportamento muito semelhante entre a ‘Galaxy’ e a ‘Fuji Suprema’. Além disso foi observado um intervalo muito curto entre a saída da endodormência em condições de forçagem e em condição de campo. A umidade ponderal variou conforme o padrão da temperatura em cada ano, sendo que em 2013, ano de maior acúmulo de frio a umidade ponderal apresentou os menores valores para todas as cultivares. Em 2013 a tendência de aumento da atividade da alfa-amilase e no teor de proteína coincidiram com o menor valor de TMB. A glicose e frutose apresentaram comportamento muito semelhantes entre si durante as observações. O teor de sacarose variou de ano para ano, não apresentando um padrão fixo. O sorbitol, açúcar mais abundante no xilema, tende a ser mais constante durante a dormência com leve tendência de redução próximo à brotação. O teor de amido tende a diminuir com os primeiros acúmulos de horas frio, no entanto frequentemente sofre ressíntese, devido às ondas de calor comuns no inverno. Existe diferenças entre as porções dital e proximal dos ramos para todas as variáveis analisadas, com teor de carboidrato, atividade enzimática, proteínas e umidade predominantemente maiores na porção distal dos ramos, com algumas exceções pontuais. Isso pode estar associado à ocorrência de acrotonia em macieiras. As plantas avaliadas parecem não entrar em dormência profunda em condição de inverno ameno, tendo seu metabolismo muito sujeito às oscilações de temperatura. O metabolismo das plantas tende a mudar de ano para ano de acordo com o padrão do inverno em cada ano.
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Contudo o objetivo deste trabalho foi avaliar as diferenças biológicas e bioquímicas entre as porções distal e proximal de ramos de macieira que influenciam a acrotonia. De abril a outubro dos anos de 2012, 2013 e 2014, foram coletados ramos e esporões de três cultivares de macieira (Eva, Galaxy e Fuji Suprema) cultivadas em um pomar comercial no município de Plamas-PR. Para avaliar a intensidade da dormência em gemas vegetativas foi realizado o teste de estacas de uma só gema, e o teste de Tabuenca para as gemas florais. Variáveis bioquímicas também foram avaliadas como o teor de proteínas solúveis; atividade de alfa-amilase; açúcares (glicose, frutose, sacarose e sorbitol); amido e umidade. De forma geral as cultivares apresentaram tempo médio de brotação (TMB) menores do que em clima temperado. A porcentagem de brotação manteve-se alta na maioria das coletas para as três cultivares. O teste de Tabuenca confirmou a precocidade da cultivar Eva e mostrou comportamento muito semelhante entre a ‘Galaxy’ e a ‘Fuji Suprema’. Além disso foi observado um intervalo muito curto entre a saída da endodormência em condições de forçagem e em condição de campo. A umidade ponderal variou conforme o padrão da temperatura em cada ano, sendo que em 2013, ano de maior acúmulo de frio a umidade ponderal apresentou os menores valores para todas as cultivares. Em 2013 a tendência de aumento da atividade da alfa-amilase e no teor de proteína coincidiram com o menor valor de TMB. A glicose e frutose apresentaram comportamento muito semelhantes entre si durante as observações. O teor de sacarose variou de ano para ano, não apresentando um padrão fixo. O sorbitol, açúcar mais abundante no xilema, tende a ser mais constante durante a dormência com leve tendência de redução próximo à brotação. O teor de amido tende a diminuir com os primeiros acúmulos de horas frio, no entanto frequentemente sofre ressíntese, devido às ondas de calor comuns no inverno. Existe diferenças entre as porções dital e proximal dos ramos para todas as variáveis analisadas, com teor de carboidrato, atividade enzimática, proteínas e umidade predominantemente maiores na porção distal dos ramos, com algumas exceções pontuais. Isso pode estar associado à ocorrência de acrotonia em macieiras. As plantas avaliadas parecem não entrar em dormência profunda em condição de inverno ameno, tendo seu metabolismo muito sujeito às oscilações de temperatura. O metabolismo das plantas tende a mudar de ano para ano de acordo com o padrão do inverno em cada ano.During dormancy, temperate plants temporarily stops visible growth. In apple trees, it is known that temperature is the environmental factor that most influences dormancy. The plant requires low temperatures to induce input and then to output endodormancy, thus resumption vegetative grow. It is known that when there isn’t sufficient chilling accumulation, plants present erratic growth, with budbreak occurring predominantly in the distal portion of the branches, compromising the satisfactory budbreak. However, there is little information on the metabolism of these carbohydrates and their relationship to plant dormancy in subtropical humid climates. This work aimed to evaluate the biological and biochemical differences between the distal and proximal portions of apple tree branches that influence acrotonia. From April to October of 2012, 2013 and 2014, branches and spurs of three apple cultivars (Eva, Galaxy and Fuji Suprema) were harvested in a commercial orchard in Palmas-PR. In order to evaluate the dormancy intensity in vegetative and floral buds, single bud cuttings test and Tabuenca test were carried out, respectively. Biochemical variables were also evaluated such as soluble protein content; Alpha-amylase activity; Soluble sugars (glucose, fructose, sucrose and sorbitol); Starch and water content. In general, the cultivars showed the Mean Time to Budbrst (MTB) lower than in temperate climate. The budburst percentage remained high in most of the observation dates for the three cultivars. The Tabuenca test confirmed the precocity of the cultivar Eva and showed very similar behavior between 'Galaxy' and 'Fuji Suprema'. In addition, a very short interval between the endodormancy output under forcing conditions and in field condition was observed. The water content varied according to the temperature pattern in each year, and in 2013, the year of greatest cold accumulation, the lowest values for all cultivars were observed. In 2013, the trend of increased alpha-amylase activity and protein content coincided with the lower value of MTB. Glucose and fructose presented very similar behavior among themselves during the observations. The sucrose content varied from year to year and did not present a fixed pattern. Sorbitol, sugar most abundant in the xylem, tends to be more constant during dormancy with a slight reduction tendency close to budding. The starch content tends to decrease with the first chilling accumulations, however it often undergoes resynthesis due to the heat waves common in winter. There are differences between the distal and proximal portions of the branches for all variables analyzed, with carbohydrate content, enzymatic activity, proteins and humidity predominantly larger in the distal portion of the branches, with some occasional exceptions. This may be associated with the occurrence of acrotonia in apple trees. The evaluated apple trees do not appear to fall into deep endodormancy in a mild winter condition, their metabolism seems to be very subject to temperature oscillations. Plant metabolism tends to change from year to year according to the winter pattern in each year.CAPESporUniversidade Tecnológica Federal do ParanáPato BrancoPrograma de Pós-Graduação em AgronomiaUTFPRBrasilCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIAFitotecniaHibernaçãoPlantas - MetabolismoMaçã - CultivoFisiologia vegetalHibernationPlants - MetabolismApples - PlantingPlant physiologyAcrotonia da brotação de macieira em região de inverno amenoAcrotony in apple trees in mild winter regioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPato BrancoCitadin, Idemirhttp://lattes.cnpq.br/4503540110400432Oldoni, Tatiane Luiza Cadorinhttp://lattes.cnpq.br/3815028689849043Herter, Flavio GilbertoCarvalho, Ruy Inacio Neiva deDanner, Moeses AndrigoCitadin, Idemirhttp://lattes.cnpq.br/8040238344392237Patto, Leonardo Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/2287/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTPB_PPGAG_D_Patto, Leonardo Silva_2017.pdf.txtPB_PPGAG_D_Patto, Leonardo Silva_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain130982http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/2287/3/PB_PPGAG_D_Patto%2c%20Leonardo%20Silva_2017.pdf.txt070d8a4ee2b1a97b6046b496bba51193MD53THUMBNAILPB_PPGAG_D_Patto, Leonardo Silva_2017.pdf.jpgPB_PPGAG_D_Patto, Leonardo Silva_2017.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1394http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/2287/4/PB_PPGAG_D_Patto%2c%20Leonardo%20Silva_2017.pdf.jpg8dd714f985f9744b5d19eb4de1b2d529MD54ORIGINALPB_PPGAG_D_Patto, Leonardo Silva_2017.pdfPB_PPGAG_D_Patto, Leonardo Silva_2017.pdfapplication/pdf1116782http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/2287/1/PB_PPGAG_D_Patto%2c%20Leonardo%20Silva_2017.pdf0cb20e038fc3ddd51f6f74730947aaeeMD511/22872017-08-14 13:47:20.113oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/2287Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2017-08-14T16:47:20Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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