Diagnóstico da educação alimentar dos alunos do 1° ano do ensino médio de colégios público e privado da cidade de Cascavel - PR

• Autor(a) principal: Martins, Luciane Fátima do Nascimento
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/21745
• topic: Ensino de Ciências; Nutrição - Pesquisa; Saúde; Hábitos alimentares; Nutrition - Research; Health; Food habits

Os maus hábitos alimentares estão diretamente relacionados com o desenvolvimento de doenças. É comprovado que a educação alimentar desde os primeiros meses de vida da criança podem colaborar com a diminuição de índices de desnutrição, obesidade e demais doenças correlatas na fase adulta. Por isso, o ambiente escolar deve estar apto a transmitir conhecimentos e incentivar os bons hábitos alimentares. Este trabalho avaliou a rotina alimentar de alunos do 1o ano do ensino médio de uma escola particular (escola A) e de uma escola pública (escola B), comparando-os e analisando a conscientização e o ensino adquirido no ambiente escolar. Os hábitos alimentares foram avaliados a partir da aplicação de um questionário e os dados antropométricos foram medidos em sala de aula. Os resultados mostraram que a escola A, apresentou maior número de alunos com o IMC elevado, em especial do sexo masculino, além disso, a maioria dos alunos responderam estar insatisfeitos com o seu peso corporal, e gostaria que este diminuísse, a maioria já fez regime por conta própria e já frequentou um nutricionista. Em ambas as escolas os alunos praticam atividades físicas com frequência, costumam comer toda vez que tem fome e constantemente ou eventualmente ingerem alimentos a frente de televisores, videogames e computadores. Sobre o hábito de ler os rótulos dos alimentos, em ambas as escolas o índice foi baixo, sendo superior na escola A. O consumo de água foi alto em ambas as escolas. O consumo de suco natural e industrializado foi superior na escola A e o consumo de refrigerante e leite foi superior na escola B. O consumo de arroz e feijão foi alto em ambas as escolas. Em relação aos demais alimentos analisados, ambas as escolas apresentaram porcentagem baixa de alunos que responderam consumir estes alimentos diariamente. Não houve diferença no consumo dos alimentos do grupo 2 e do grupo 4, mas o consumo dos alimentos do grupo 3 e do grupo 5 foi superior na escola B. Os índices da escola A foram superiores quando perguntado se os alunos já tiveram aula de educação alimentar, e se eles conheciam os macronutrientes e micronutrientes dos alimentos. Em ambas as escolas os alunos souberam classificar os alimentos saudáveis dos pouco saudáveis e apesar de algumas dúvidas souberam classificar de forma correta os alimentos vendidos nas cantinas das escolas. O presente trabalho demonstrou que a educação alimentar está mais presente na escola particular e que pode ter sido responsável por melhores escolhas alimentares, no entanto, a maioria dos alunos fora do perfil eutrófico também foi encontrado nessa escola. Em ambas as escolas observou-se hábitos alimentares incorretos, indicando que a educação alimentar está sendo negligenciada, sendo necessário um maior acompanhamento dos professores e o desenvolvimento de projetos voltados a educação alimentar.