Implicações da altura de manejo de pastagem de papuã nas características físicas e químicas de um latossolo vermelho sob sistema de integração lavoura-pecuária

• Autor(a) principal: Bortolini, Diego
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/216
• topic: Solos - Manejo; Pastagens - Manejo; Plantas forrageiras; Soil management; Range management; Forage plants

No sul do Brasil há ocorrência espontânea de papuã nas lavouras no período de verão, planta que, apesar de ser considerada daninha, possui grande potencial forrageiro. Entretanto, sua utilização como forrageira ainda é pouco estudada, especialmente no sistema de integração lavoura-pecuária. Este trabalho teve por objetivo avaliar as alterações ocorridas nas características físicas e químicas e na atividade microbiana do solo, em pasto de papuã (Urochloa (Syn. Brachiaria) plantaginea) com diferentes alturas de manejo, na presença e ausência de pisoteio animal. O trabalho foi conduzido na Estação Experimental do IAPAR, no município de Pato Branco, PR. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com três repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema bifatorial de parcelas subdivididas durante o período de pastejo. As parcelas receberam os níveis do fator altura de manejo de pasto de papuã (0,10, 0,20, 0,30 e 0,40 m), enquanto que as subparcelas foram constituídas de áreas com (pastejadas por cabras) e sem pisoteio animal (corte manual). No inverno, em sucessão ao pasto, foi implantado cultivo de trigo, somente nas subparcelas que receberam pisoteio animal. Foram avaliadas a densidade do solo, porosidade total, macro e microporosidade e resistência à penetração, os teores de matéria orgânica, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e alumínio, saturação por alumínio, pH e saturação por bases, em amostras coletadas nas camadas: 0,00–0,05, 0,05–0,10, 0,10–0,15 e 0,15–0,20 m de profundidade. Avaliou-se, também, a respiração microbiana em amostra da camada 0,00–0,10 m de profundidade. Os dados foram submetidos a análise de variância, complementada pela análise de regressão e por estudos de correlação simples. De maneira geral, a altura de manejo do pasto de papuã, na presença ou não de pisoteio animal, não alterou significativamente as características físicas, químicas e biológicas do solo, avaliadas após o primeiro ciclo de aplicação dos tratamentos. Foram observados efeitos do pisoteio sobre a porosidade do solo, mas em níveis que não causaram problemas ao desenvolvimento das plantas de trigo cultivadas após o pasto. O rendimento de grãos da cultura de trigo não foi afetado significativamente pela altura de manejo do pasto de papuã sob pastejo direto.