Ganho genético em caracteres agronômicos, fenológicos e bioquímicos de soja no Brasil

• Autor(a) principal: Milioli, Anderson Simionato
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25516
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Soja; Soja - Melhoramento genético; Cultivos agrícolas - Rendimento; Plantas - Melhoramento genético; Soybean; Soybean - Breeding; Crop yields; Plant breeding; Agronomia

A soja é uma das principais culturas produzidas no âmbito mundial,e as produtividades obtidas a campo têm aumentado consideravelmente nas últimas décadas no Brasil. Para avaliar o ganho genético de caracteres agronômicos, fenológicos e bioquímicos, cultivares de soja lançadas entre 1966 e 2011 foram avaliadas nas principais regiões de cultivo do Brasil. Os ensaios foram conduzidos em 25 ambientes (local x ano) na região Sul, 14 na região Centro-Oeste e em oiton as regiões Norte e Nordeste, nas safras agrícolas 2016/17, 2017/18 e 2018/19. Os melhores preditores lineares não viesados (BLUP) de cada caractere foram obtidos via metodologia de modelos mistos. Os BLUPs e os anos de lançamento das cultivares foram utilizados nas análises de regressão para obtenção das taxas de ganho genético. As taxas de ganho linear para o rendimento de grãos na região Sul foram de 15,31, 13,83 e 14,13 kg ha-1ano-1(0,42, 0,36 e 0,39% ano-1) para o conjunto completo, precoce e médio de cultivares, respectivamente. O modelo quadrático também mostrou uma tendência de aumento nas taxas de ganho nos últimos anos da série histórica, embora o ajuste não foi significativo. Além disso, as novas cultivares apresentaram maior estatura de planta, teor de óleo, rendimento de óleo e proteína, e menor peso de mil sementes, período vegetativo, ciclo total e teor de proteína comparativamente às cultivares mais antigas, embora houve diferenças significativas entre as macrorregiões 1 e 2. Na região Centro-Oeste, as taxas de ganho linear para o rendimento de grãos foram de 17,55, 13,58, 21,84 e 20,83 kg ha-1ano-1(0,62, 0,47, 0,77 e 0,69% ano-1) para o conjunto completo, precoce, médio e tardio de cultivares, respectivamente. As novas cultivares apresentaram maior teor de óleo, rendimento de óleo e proteína, e menor teor de proteína e inserção de primeira vagem comparativamente às cultivares antigas. Também houve tendência de redução do ciclo e período vegetativo ao longo dos anos. Em relação às regiões Norte e Nordeste, não foram identificados ganhos significativos para a maioria dos caracteres avaliados. Os resultados obtidos evidenciam que os programas de melhoramento têm sido eficientes ao longo dos anos na melhoria da produtividade e de caracteres de importância em soja nas principais regiões produtoras do Brasil, e que platôs de produtividade ainda não foram alcançados.