Estudo da aplicação de argamassa de alta resistência como reforço estrutural de vigas em concreto armado

• Autor(a) principal: Borges, Renata Gnatta
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27893
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL; Argamassa; Concreto de alta resistência; Concreto - Tecnologia; Vigas; Mortar; High strength concrete; Concrete - Tecnology; Girders

O concreto de pós reativos (CPR), classificado como UHPC (Ultra High Performance Concrete), possui alta visibilidade e atenção na área de tecnologia do concreto, devido à suas propriedades e desempenho promissores como altas resistências e durabilidade. No entanto, apesar de seu grande destaque científico, ainda não é comum ver sua utilização em aplicações reais da construção civil. Inicialmente, o trabalho tinha o intuito de analisar o desempenho do CPR em aplicações de reforço estrutural em vigas de concreto armado. No entanto, na etapa de produção dos corpos de prova, foi adicionado mais água do que o traço previsto e não foi realizada a etapa de cura úmida, fazendo com que o material produzido não atingisse as características desejadas, principalmente de alta resistência. Desta forma, o reforço utilizado foi descaracterizado como concreto de pós reativos e classificado como uma argamassa de alta resistência. Com esta nova definição, objetivo do estudo foi avaliar o comportamento do material quanto à sua resistência mecânica, deformabilidade e aderência à estrutura a ser reforçada, para estudar a viabilidade desta aplicação em um cenário real. A metodologia utilizada foi a pesquisa experimental. Como modelo de estudo, foram feitas vigas em concreto armado convencional que após o tempo adequado de cura receberam um reforço composto por argamassa de alta resistência. Para fins de comparação, uma proporção das amostras não recebeu o reforço. A partir dos corpos de prova, foram realizados ensaios de flexão em três pontos e de compressão axial de amostras da argamassa produzida. Os resultados de resistência à compressão da argamassa tiveram uma média de 25 MPa, frente ao fck de 20 MPa do concreto convencional produzido. Nos ensaios de flexão, o material apresentou um desempenho positivo no reforço estrutural das vigas de concreto quando posicionado na região de compressão do elemento, aumentando em 40,38% a resistência à flexão quando comparado às amostras de referência. Também foram realizados testes com o reforço posicionado na face inferior da viga, para analisar seu comportamento na região de tração da estrutura. Neste caso, os valores de resistência se mostraram inferiores às amostras de referência, indicando que a camada de argamassa rompeu por tração.