Bacillus thuringiensis é patogênico ao percevejo-marrom-da-soja?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guadagnin, João Pedro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31107
Resumo: O controle biológico pode ser uma alternativa viável econômica e ecologicamente sustentável para a mitigação dos efeitos adversos ocasionados pela utilização única e exclusiva de inseticidas químicos sintéticos. A bactéria Bacillus thuringiensis Berliner, 1911 é uma importante ferramenta no controle biológico de diversas pragas chave, das ordens Lepidoptera, Diptera e Coleoptera, em especial. Entretanto, pouco se sabe acerca dos potenciais efeitos das toxinas Cry de Bt sobre insetos-praga da ordem Hemiptera, e em particular, sobre os pentatomídeos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade de produtos comerciais à base de B. thuringiensis (Bt) sobre Euschistus heros, em condições de laboratório. Para tal, foram avaliados cinco produtos comerciais: Dipel WP® (var. kurstaki HD-1), Xentari® (var. aizawai GC-91), Acera® (var. aizawai isolados 1641 e 1644), BT Control® (var. kurstaki, cepa HD-1 (CCT 1306)) e BT Turbo Max® (var. kurstaki HD-1), nas dosagens recomendadas em bula pelo fabricante. Os produtos comerciais foram fornecidos individualmente a ninfas de 3º ínstar e adultos de E. heros, previamente privados de alimentação por 16 horas, na dosagem de 5 μL para ambos os instares, em placas de acrílico, ingerindo diretamente do fundo da placa, sem qualquer substrato. Foram utilizados 25 insetos por tratamento, individualizados nas placas de acrílico, sendo cada inseto considerado como uma repetição. A ingestão foi confirmada visualmente e, após duas horas da aplicação, todos os insetos receberam um grão de soja cada, sem tratamento, que eram trocados a cada 2 dias para as ninfas e adultos sobreviventes de E. heros. As placas com os insetos foram acondicionadas em sala climatizada, à temperatura de 25± 2ºC, umidade de 65 ± 10% e fotofase de 14h. A avaliação foi diária, durante sete dias, quantificando-se o número de mortos. Os produtos comerciais à base de B. thuringiensis foram patogênicos, causando mortalidade entre 48% e 72% para ninfas de 3° ínstar de E.heros, e de 12% a 44% para adultos. Os inseticidas Dipel WP® e Xentari WG® se destacaram dentre os tratamentos, causando os maiores percentuais de mortalidade acumulada sobre insetos de 3° instar ao 7º dia de avaliação, com 72% e 64%, respectivamente. Já no bioensaio com adultos, os bioinseticidas BT Turbo Max® e Xentari WG® obtiveram os maiores percentuais de mortalidade acumulada, ambos com 44% ao 7º dia de avaliação. Os resultados obtidos neste estudo demonstram a maior suscetibilidade dos percevejos pentatomídeos a Bt nos seus instares iniciais de vida, em detrimento do seu contato com a bactéria enquanto já adultos, onde a mortalidade total acumulada no bioensaio com ninfas de 3° instar foi superior à observada no bioensaio com adultos de E.heros.
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Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade de produtos comerciais à base de B. thuringiensis (Bt) sobre Euschistus heros, em condições de laboratório. Para tal, foram avaliados cinco produtos comerciais: Dipel WP® (var. kurstaki HD-1), Xentari® (var. aizawai GC-91), Acera® (var. aizawai isolados 1641 e 1644), BT Control® (var. kurstaki, cepa HD-1 (CCT 1306)) e BT Turbo Max® (var. kurstaki HD-1), nas dosagens recomendadas em bula pelo fabricante. Os produtos comerciais foram fornecidos individualmente a ninfas de 3º ínstar e adultos de E. heros, previamente privados de alimentação por 16 horas, na dosagem de 5 μL para ambos os instares, em placas de acrílico, ingerindo diretamente do fundo da placa, sem qualquer substrato. Foram utilizados 25 insetos por tratamento, individualizados nas placas de acrílico, sendo cada inseto considerado como uma repetição. A ingestão foi confirmada visualmente e, após duas horas da aplicação, todos os insetos receberam um grão de soja cada, sem tratamento, que eram trocados a cada 2 dias para as ninfas e adultos sobreviventes de E. heros. As placas com os insetos foram acondicionadas em sala climatizada, à temperatura de 25± 2ºC, umidade de 65 ± 10% e fotofase de 14h. A avaliação foi diária, durante sete dias, quantificando-se o número de mortos. Os produtos comerciais à base de B. thuringiensis foram patogênicos, causando mortalidade entre 48% e 72% para ninfas de 3° ínstar de E.heros, e de 12% a 44% para adultos. Os inseticidas Dipel WP® e Xentari WG® se destacaram dentre os tratamentos, causando os maiores percentuais de mortalidade acumulada sobre insetos de 3° instar ao 7º dia de avaliação, com 72% e 64%, respectivamente. Já no bioensaio com adultos, os bioinseticidas BT Turbo Max® e Xentari WG® obtiveram os maiores percentuais de mortalidade acumulada, ambos com 44% ao 7º dia de avaliação. Os resultados obtidos neste estudo demonstram a maior suscetibilidade dos percevejos pentatomídeos a Bt nos seus instares iniciais de vida, em detrimento do seu contato com a bactéria enquanto já adultos, onde a mortalidade total acumulada no bioensaio com ninfas de 3° instar foi superior à observada no bioensaio com adultos de E.heros.Biological control can be a viable economic and ecologically sustainable alternative for mitigating the adverse effects provided by the unique and exclusive use of synthetic chemical insecticides. Bacillus thuringiensis Berliner, 1911 is an important tool in the biological control of several key pests, of the orders Lepidoptera, Diptera and Coleoptera, in particular. However, little is known about the potential effects of Bt Cry toxins on insect pests of the Hemiptera order, and in particular, on pentatomids. In this context, the objective of this work was to evaluate the pathogenicity of commercial products based on B. thuringiensis (Bt) on Euschistus heros, under laboratory conditions. For this, five commercial products were evaluated: Dipel WP® (var. kurstaki HD-1), Xentari® (var. aizawai GC-91), Acera® (var. aizawai isolates 1641 and 1644), BT Control® (var. kurstaki, strain HD-1 (CCT 1306)) and BT Turbo Max® (var. kurstaki HD-1), in the dosages recommended in the package leaflet by the manufacturer. The commercial products were individually supplied to 3rd instar nymphs and adults of E. heros, previously deprived of food for 16 hours, at a dosage of 5 μl for both instars, in acrylic plates, ingesting directly from the bottom of the plate, without any substrate. 25 insects per treatment were used, individualized on acrylic plates, each insect being considered as a repetition. Ingestion was confirmed visually and, two hours after application, all insects received one soybean grain, without treatment, which were changed every 2 days for nymphs and adults of E. heros surviving. The plates with the insects were placed in a climate-controlled room, at a temperature of 25 ± 2ºC, humidity of 65 ± 10% and photophase of 14 hours. The assessment was carried out daily, for seven days, quantifying the number of dead insects. Commercial products based on B. thuringiensis were pathogenic, causing mortality between 48% and 72% for 3rd instar E.heros nymphs, and between 12% and 44% for adults. The insecticides Dipel WP® and Xentari WG® stood out among the treatments, causing the highest percentages of accumulated mortality on 3rd instar insects on the 7th day of evaluation, with 72% and 64%, respectively. In the bioassay with adults, the BT Turbo Max® and Xentari WG® bioinsecticides had the highest percentages of accumulated mortality, both with 44% on the 7th day of evaluation. The results obtained in this study demonstrate the greater susceptibility of pentatomid bugs to Bt in their initial instars of life, to the detriment of their contact with the bacteria as adults, where the total mortality accumulated in the bioassay with 3rd instar nymphs was higher than that observed in the bioassay with adults of E.heros.porAgronomiaDois VizinhosUniversidade Tecnológica Federal do ParanáUTFPRBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIAPragas agrícolas - Controle biológicoInsetos nocivos - Controle biológicoResistência aos inseticidasAgricultural pests - Biological controlInsect pests - Biological controlInsecticide resistanceBacillus thuringiensis é patogênico ao percevejo-marrom-da-soja?Is Bacillus thuringiensis pathogenic for soybean brown stink bug?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisDois VizinhosSilva, Everton Ricardi Lozano daMaciel, Rodrigo Mendes AntunesPotrich, MicheleSilva, Everton Ricardi Lozano daGuadagnin, João Pedroreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALbaciluspatogenicopercevejosoja.pdfbaciluspatogenicopercevejosoja.pdfapplication/pdf2818030http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31107/1/baciluspatogenicopercevejosoja.pdf3211c4391a7a057b9d1a33f577ace1f0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81290http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31107/3/license.txtb9d82215ab23456fa2d8b49c5df1b95bMD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31107/2/license_rdf24013099e9e6abb1575dc6ce0855efd5MD52TEXTbaciluspatogenicopercevejosoja.pdf.txtbaciluspatogenicopercevejosoja.pdf.txtExtracted texttext/plain79632http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31107/4/baciluspatogenicopercevejosoja.pdf.txt225be8f4169cb1b684fb5dbd946a9393MD54THUMBNAILbaciluspatogenicopercevejosoja.pdf.jpgbaciluspatogenicopercevejosoja.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1214http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/31107/5/baciluspatogenicopercevejosoja.pdf.jpg9371cbbe0468d629f6c1751b01bf9618MD551/311072023-04-12 03:07:28.329oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/31107TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVVEZQUiBhIHZlaWN1bGFyLCAKYXRyYXbDqXMgZG8gUG9ydGFsIGRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIChQSUFBKSBlIGRvcyBDYXTDoWxvZ29zIGRhcyBCaWJsaW90ZWNhcyAKZGVzdGEgSW5zdGl0dWnDp8Ojbywgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG5vIDkuNjEwLzk4LCAKbyB0ZXh0byBkZXN0YSBvYnJhLCBvYnNlcnZhbmRvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyByZWdpc3RyYWRhcyBubyBpdGVtIDQgZG8gCuKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSAKRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIApTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCB2aXNhbmRvIGEgCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEuCgogIEFzIHZpYXMgb3JpZ2luYWlzIGUgYXNzaW5hZGFzIHBlbG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvIOKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgClRyYWJhbGhvcyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgCmRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlIG5vcyBDYXTDoWxvZ29zIEVsZXRyw7RuaWNvcyBkbyBTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdIGUgZGEg4oCcRGVjbGFyYcOnw6NvIApkZSBBdXRvcmlh4oCdIGVuY29udHJhbS1zZSBhcnF1aXZhZGFzIG5hIEJpYmxpb3RlY2EgZG8gQ8OibXB1cyBubyBxdWFsIG8gdHJhYmFsaG8gZm9pIGRlZmVuZGlkby4gCk5vIGNhc28gZGUgcHVibGljYcOnw7VlcyBkZSBhdXRvcmlhIGNvbGV0aXZhIGUgbXVsdGljw6JtcHVzLCBvcyBkb2N1bWVudG9zIGZpY2Fyw6NvIHNvYiBndWFyZGEgZGEgCkJpYmxpb3RlY2EgY29tIGEgcXVhbCBvIOKAnHByaW1laXJvIGF1dG9y4oCdIHBvc3N1YSB2w61uY3Vsby4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2023-04-12T06:07:28Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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