Fragmentos florestais urbanos em Foz do Iguaçu: potencial para uso público

• Autor(a) principal: Galdino, Vanessa Lopes
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26161
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA; Florestas - Conservação; Florestas - Aspectos sociais; Florestas - Uso múltiplo; Forest conservation; Forests and forestry - Social aspects; Forests and forestry - Multiple use; Engenharia/Tecnologia/Gestão

As áreas remanescentes florestais são importantes para a proteção e a conservação dos recursos naturais. Elas interferem diretamente na qualidade de vida dos seres vivos atuando em funções ecológicas, sociais, estéticas e educativas. As funções que uma vegetação exerce no perímetro urbano contribuem para a valorização destas áreas, para um convívio social, valorizando economicamente as propriedades e possibilitando que a população tenha momentos de lazer e recreação. Respeitar as interações homem e ambiente é também monitorar e preservar as áreas de vegetação, tendo a sensibilidade de que o respeito com a natureza lhe fornecerá uma melhor qualidade de vida. Visando avaliar e monitorar a preservação de áreas de vegetação, bem como a melhor qualidade de vida da população, os levantamentos das áreas de remanescentes florestais tem sua importância para analisar o uso e ocupação do solo e fornecer elementos para o planejamento de uso ambiental e administração dos recursos naturais. O presente trabalho teve como objetivo um levantamento dos fragmentos florestais, buscando identificar aquelas com potencial para uso público na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. Foi determinado o índice de área verde para cada região do município e para toda área urbana. Foi feita uma diagnose de cada fragmento, com base em indicadores de conservação do fragmento sugeridos na literatura e sugeridas propostas de uso e/ou medidas para conservação, preservação ou recuperação, de acordo com as situações encontradas. Para isso foram utilizados os seguintes indicadores: área, índice de circularidade, presença de resíduos, cobertura do dossel e presença de corpos d’água. Foi atribuído um peso para cada indicador, gerada uma tabela onde fragmentos que obtiveram peso superior a 13 foram selecionados e indicados como potencialmente aptos para uso público. Ao todo foram mapeados 55 fragmentos florestais urbanos, os quais foram separados entre particular ou público, sendo que 18 são particulares e 37 são públicos, subdividas em municipal, estadual e federal. Em 12 dos 55 fragmentos não foi possível o acesso para analisar as variáveis in loco. Recomenda-se o uso de 13 fragmentos para uso público. Cinco já são utilizados pela comunidade e 18 fragmentos não foram recomendados para o uso público. Foz do Iguaçu possui respectivamente 11m², 13m² e 12,8m² de vegetação per capita para os dados populacionais de 2005, 2010 e 2019. Quando comparado ao mínimo indicado pela Sociedade Brasileira de arborização Urbana- SBAU de 15m² e a Organização Mundial da Saúde - OMS de 12m² per capita, Foz do Iguaçu satisfaz o mínimo apenas segundo a Organização Mundial da Saúde para a população de 2010 e para a população estimada em 2019.