Avaliação da presença de Cryptococcus ssp. no Bosque Marechal Cândido Rondon e na Praça Marechal Floriano Peixoto no centro de Londrina-PR

• Autor(a) principal: Carvalho, Aline Christine da Silva
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25659
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA; Pombos; Saúde ambiental; Fungos patogênicos; Vegetação urbana; Pigeons; Environmental health; Pathogenic fungi; Urban plants

As enfermidades relacionadas aos pombos urbanos fazem com que essa ave seja tema para a saúde ambiental, visto que abrigam diversos microrganismos patogênicos que são fatores de risco biológico para a saúde humana. Dentre esses microrganismos encontra-se um fungo causador da criptococose, doença que atinge os pulmões e o sistema nervoso central podendo levar a óbito pessoas de saúde mais vulnerável. Acredita-se que esta infecção se adquire do meio ambiente por inalação de bioaerossóis fúngicos do gênero Cryptococcus, encontrado comumente nas fezes de pombos. A superpopulação de pombos presentes na região central de Londrina levanta a hipótese que exista um potencial risco de contaminação daqueles que transitam nas proximidades do Bosque Marechal Candido Rondon e na Praça Marechal Floriano Peixoto, principais locais de afetados pelos pombos e de grande circulação de pessoas. Com o objetivo de avaliar a presença do fungo Cryptococcus ssp. nestes locais, foram realizadas três campanhas de amostragem nos meses de março, agosto e setembro de um dia, com duas coletas em cada, pela manhã e pela tarde. Foram coletados bioaerossóis pela técnica de sedimentação espontânea em placas de Petri, as quais continham meio de cultura seletivo para fungos. As coletas ocorreram em cinco pontos no Bosque e três pontos na Praça, os quais foram definidos por serem locais com fluxo constante de pessoas. Após incubação em estufa bacteriológica por 96 horas a 30±1ºC das amostras coletadas, foi realizada a contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) dos fungos coletados, identificação e isolamento dos que apresentaram característica leveduriforme e coloração branco/bege, bem como a confirmação do gênero Cryptococcus por meio de visualização microscópica dos fungos isolados em suspensão de Tinta Nanquim. O número médio da concentração de UFC.m-3 fúngicas encontrado nas amostras coletadas no período da manhã foi de 633, enquanto a média nas amostras da tarde foi de 1.143 UFC.m-3. As condições climáticas interferiram diretamente nos resultados, constatando-se uma relação entre a temperatura ambiente no momento da coleta e a concentração média de UFC.m-3 fúngicas. A porcentagem média de UFC leveduriforme encontrada em todo o conjunto amostral foi de 11,3%, sendo, portanto, minoria em relação aos fungos filamentosos. Das dez colônias leveduriformes isoladas que apresentavam as características do fungo em estudo, 80% foram classificadas como pertencentes ao gênero Cryptococcus. Os resultados apontam que nos dois locais de amostragem estão presentes bioaerossóis do gênero Cryptococcus que podem vir a ser inalados pelas pessoas que circulam por estes ambientes.