Identificação dos períodos críticos de incêndios florestais para Presidente Prudente – SP

• Autor(a) principal: Tessedor, Dário Henrique
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26899
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Incêndios florestais - Previsão; Mudanças climáticas; Precipitação (Meteorologia); Forest fire forecasting; Climatic changes; Precipitation (Meteorology)

Os incêndios florestais são um dos graves problemas ambientais que afetam diversos países, aumentando drasticamente a extensão de áreas queimadas. A ocorrência e a propagação dos incêndios florestais estão fortemente associadas às condições climáticas. As variáveis que mais influenciam na ocorrência de incêndio são: umidade, precipitação, temperatura, radiação solar, material combustível, cobertura vegetal. Como consequência temos fragmentação de habitat, impactos na saúde, perda da biodiversidade, a erosão dos solos; a intensificação do efeito-estufa, pela emissão de gases para a atmosfera e a própria diminuição da qualidade atmosférica local. Índices de perigo de incêndio são números que refletem a probabilidade de ocorrer um incêndio, assim como a facilidade do mesmo se propagar, com base nas condições atmosféricas do dia ou de uma sequência de dias. O trabalho teve como objetivo identificar os períodos críticos de riscos de incêndios Florestais em Presidente Prudente - SP por meio da aplicação da Fórmula de Monte Alegre. Foram utilizados os dados diários de precipitação e umidade relativa das 13h00min da estação Climatológica de Presidente Prudente para os anos de 2005 a 2020. Os dados de ocorrência de incêndios foram extraídos a partir de informações de satélites, disponibilizados através do site oficial do Banco de Dados de Queimadas - BDQUEIMADAS, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Foram identificados períodos quente e chuvoso (outubro a março) e ameno e seco (abril a setembro). Foi possível identificar 426 focos para o período estudado. Pode-se observar que 24 e 37% dos dias foram classificados como críticos, Alto e Muito Alto, respectivamente. Foi verificada que os focos de calor se concentram nas classes de perigo Alto e Muito Alto, onde o valor médio da ocorrência dos focos observados nessas classes foi de 16,2 e 74,2%. Do total dos focos de incêndio, 78,6% ocorreram nos meses de maio a setembro, meses esses que apresentaram as menores médias de precipitações. Foi identificado que os períodos mais críticos de ocorrência de incêndio são as estações outono e inverno.