Levantamento florístico das espécies de trepadeiras no Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, Brasil

• Autor(a) principal: Sozzo, Amanda Rocha
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/6977
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::BOTANICA APLICADA; Trepadeira; Áreas de conservação de recursos naturais; Levantamentos florestais; Climbing plants; Natural resources conservation areas; Forest surveys

A cada dia que passa mais florestas são derrubadas por diferentes motivos, causando grandes impactos ao meio ambiente. A fim de preservar a biodiversidade e recursos energéticos, foram criadas as Unidades de Conservação. O Parque Nacional do Iguaçu é um tipo de UC que tem representatividade de remanescente de Floresta Estacional Semidecidual. Sendo assim, foi realizado o levantamento florístico das espécies de trepadeiras do Parque Nacional do Iguaçu, Paraná – Brasil, com o objetivo de determinar a composição de lianas presentes, assim como suas síndromes de dispersão e hábito trepador, e mapear as trilhas percorridas, além de colaborar com o conhecimento dessa comunidade e subsidiar futuros trabalhos referentes a essa forma de vida e área de estudo. O PARNA Iguaçu compreende 185.262,5 hectares de área total, que engloba 14 municípios, sendo Céu Azul, Foz do Iguaçu, Matelândia, São Miguel do Iguaçu, Santa Tereza do Oeste e Serranópolis do Iguaçu os percorridos nesse estudo. O clima é identificado como Cfa – subtropical úmido, com temperaturas mínimas de 5°C e máximas de 40ºC e umidade relativa do ar acima de 80%. Para a coleta do material, foram realizadas expedições de quinze em quinze dias entre os meses de maio de 2015 e maio de 2016. Foram identificadas 111 espécies, pertencentes a 67 gêneros e 35 famílias botânicas. As famílias botânicas mais representativas em número de espécies foram: Sapindaceae (14), Bignoniaceae (13), Convovulaceae (nove), Apocynaceae (oito), Asteraceae (sete), Fabaceae (sete), Dioscoreaceae (quatro) Amanranthaceae (três), Cucurbitaceae (três), Malpighiaceae (três), Malvaceae (três), Rosaceae (três), Rubiaceae (três) e Solanaceae (três). Essas 14 famílias representam 74,8% do total de espécies registradas. Foram identificadas três espécies consideradas raras na categoria de extinção, Mikania microptera DC., Prestonia riedelii (Müll.Arg.) Markgr. e Prestonia tomentosa R.Br., e uma em perigo, Strychnos rubiginosa A.DC. de acordo com com a Lista Vermelha de plantas ameaçadas de extinção no estado do Paraná. Em relação as síndromes de dispersão, 52% das espécies foram classificadas como anemocóricas, 25% como zoocóricas e 23% como autocóricas. Referente ao hábito trepador, 34,3% registradas exclusivamente como volúveis, 37,1% como apoiantes e 20% como preênseis. Os resultados obtidos nesse estudo são semelhantes aos realizados em Florestas Estacionais Semideciduais. Quando comparado ao levantamento preliminar, houve um aumento de 49,5% de espécies identificadas, mostrando que os períodos de floração e frutificação diferem uma das outras.