A problemática do descarte irregular de resíduos da construção civil por pequenos geradores no município de Londrina/PR: caracterização de um ponto de descarte

• Autor(a) principal: Araujo, Isabela Cristine de
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/12073
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA; Construção civil - Eliminação de resíduos; Resíduos industriais - Legislação; Gestão integrada de resíduos sólidos; Building - Waste disposal; Factory and trade waste - Law and legislation; Integrated solid waste management

Atualmente os resíduos sólidos urbanos (RSU) constituem um grande passivo ambiental e a garantia da gestão adequada destes é um desafio para a administração pública. É necessário ainda levar em conta que grande parcela dos RSU é constituída pelos resíduos da construção civil (RCC). Através de uma pesquisa junto à Companhia Municipal de Trânsito de Urbanização de Londrina, realizou-se um levantamento de pontos de acumulo irregular de RCC pelo município. Para este trabalho foi escolhida uma área de descarte no bairro São Lourenço a ser caracterizada quantitativamente e qualitativamente no que diz respeito aos resíduos ali depositados e à comunidade ao seu entorno. A escolha da área se deu pelo volume de resíduos descartados irregularmente neste ponto e pelo agravante de ser uma área de preservação permanente. Para cumprir os objetivos deste trabalho foi aplicado um questionário investigativo com objetivo de avaliar a percepção dos moradores do entorno do ponto de descarte quanto à problemática do mesmo, além de uma metodologia de amostragem e classificação de resíduos de acordo com a ABNT 10.004/2004 e CONAMA Nº 307/2002. Após esta avaliação, percebeu-se a heterogeneidade tanto dos resíduos encontrados como da comunidade do entorno do ponto de descarte. 96% dos moradores afirmaram saber o que é reciclagem, no entanto, 46% não sabiam da capacidade de reciclagem do RCC. Entre os principais impactos percebidos pelos moradores destacaram-se a queima diária dos resíduos, bem como a fumaça proveniente desta, além de forte odor e presença de animais. Já no que diz respeito aos resíduos depositados na área, 89% foram classificados como classe II B – não perigosos inertes, como resíduos da construção civil, enquanto que 6% pertencem à classe II A – não perigosos não inertes como é o caso dos resíduos de madeira e papel. Ainda, 5% constituem resíduos classe I – Perigosos por exemplo pilha, telhas de amianto e aparelhos televisores. Do total de resíduos amostrados, 94% são considerados resíduos recicláveis, índice que aponta para a viabilidade de implementação de mecanismo mais adequado de gestão destes, de forma a investir em políticas paliativas ao descarte irregular por meios de prevenir que estes aconteçam.