Contribuição ao conhecimento químico da espécie Hovenia dulcis

• Autor(a) principal: Pucholobek, Gislaine
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24027
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA::QUIMICA ORGANICA::QUIMICA DOS PRODUTOS NATURAIS; Produtos naturais; Fitoquímicos; Plantas exóticas; Natural products; Phytochemicals; Exotic plants

O uso de produtos naturais para o tratamento de várias doenças permeia a história da humanidade, contribuindo desde o conhecimento empírico de uso das mais variadas plantas medicinais até o uso de substâncias químicas como material de partida ou inspiração para a síntese de fármacos. Da casca da árvore Hovenia dulcis, por exemplo, há registros de sua utilização no tratamento de doenças do reto, constipação, convulsão infantil, antispasmódico, febrífugo. Além desses efeitos estão também relatados na literatura atividade antitumoral, tratamento de doenças neurodegenerativas, diabetes e outros. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo contribuir ao conhecimento químico da espécie H. dulcis. Para isto, obteve-se extratos a partir da casca desta espécie, tendo como propósito a caracterização de compostos que possuam caráter farmacológico, assim como realizou-se estudos in silico para avaliar propriedades farmacocinéticas e toxicológicas de compostos relatados na literatura para a espécie H. dulcis. A tentativa de isolar fitoquímicos dos extratos das cascas de H. dulcis, devido ao curto espaço de tempo disponível para este trabalho, foi frustada. A única fração, obtida das colunas cromatográficas realizadas, que apresentou apenas uma mancha em CCD, não pôde ser caracterizada pelas análises de ressonância magnética nuclear por se tratar de uma mistura de substâncias químicas. Nos estudos in silico observou-se que a maioria dos compostos avaliados apresentaram propriedades farmacocinéticas esperadas para fármacos de administração oral e predição de bioatividades concordantes com os que são relatados na literatura. Em termos de toxicidade observou-se que a maioria dos compostos avaliados não apresentaram efeitos mutagênico, tumorigênico, efeitos na reprodução e irritante. Desta forma, os resultados obtidos neste trabalho indicam a relevância da continuidade de estudos fitoquímicos da espécie H. dulcis, assim como estudos computacionais de substâncias reportadas para esta planta, para a busca de compostos com potencial farmacológico.