Historicidade e fronteiras culturais entre Guarani e Jesuítas em territórios da província do Tape (1626-1638)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10737/1368 |
Resumo: | Os contatos interétnicos entre os Guarani e os europeus no século XVII ocorreram, por meio de distintas formas, nas mitas, encomiendas, bandeiras, escravidão e principalmente pelas alianças e guerras com os padres das reduções jesuíticas. No século XVII a Companhia de Jesus adentrou os territórios que atualmente configuram o estado do Rio Grande do Sul, onde estabeleceram alianças com algumas parcialidades indígenas, principalmente os Guarani, situação que possibilitou a fundação das reduções cujo intuito dos padres foi “catequizar” os indígenas. Contudo, nem todas as parcialidades Guarani aceitaram realizar estas alianças, por vezes declarando guerra contra as reduções para expulsar os padres de seus territórios, principalmente no que se refere às lideranças espirituais, os Paye e Karaí. O objetivo do trabalho consiste em compreender quais foram estas fronteiras culturais entre os Guarani e os jesuítas nos territórios da província do Tape entre os anos de 1626 a 1638. A metodologia da pesquisa, com base em teóricos que estudam a etnicidade, cultura e territorialidade, consistiu em revisões bibliográficas das produções científicas sobre os Guarani e a análise das Cartas Ânuas da Companhia de Jesus que abrangem a primeira fase das reduções jesuíticas em territórios da província do Tape. A historiografia tradicional por longo tempo reproduziu a concepção de que a Companhia de Jesus adentrou estes territórios e catequizou os indígenas, sem que eles demonstrassem qualquer tipo de reação, descrevendo-os como sujeitos “aculturados”. Entretanto, esta pesquisa constatou, por meio das análises das cartas ânuas dos jesuítas, que os Guarani atuaram nestes processos de contato avaliando em seus próprios termos as possibilidades ou não de se fazerem presentes nos espaços de jurisdição das reduções da Companhia de Jesus. A partir destas análises, pudemos apresentar distintas situações de alianças ou guerras em que se tornaram visíveis as fronteiras culturais entre Guarani e missionários, indígenas quer sejam Guarani ou mesmo Kaingang que aceitaram ou não fazer parte deste projeto. |
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Laroque, Luís Fernando da Silvahttp://lattes.cnpq.br/6550642682865922Cristo, Tuani De2017-02-09T19:41:06Z2017-02-09T19:41:06Z2017-012016-07-08Os contatos interétnicos entre os Guarani e os europeus no século XVII ocorreram, por meio de distintas formas, nas mitas, encomiendas, bandeiras, escravidão e principalmente pelas alianças e guerras com os padres das reduções jesuíticas. No século XVII a Companhia de Jesus adentrou os territórios que atualmente configuram o estado do Rio Grande do Sul, onde estabeleceram alianças com algumas parcialidades indígenas, principalmente os Guarani, situação que possibilitou a fundação das reduções cujo intuito dos padres foi “catequizar” os indígenas. Contudo, nem todas as parcialidades Guarani aceitaram realizar estas alianças, por vezes declarando guerra contra as reduções para expulsar os padres de seus territórios, principalmente no que se refere às lideranças espirituais, os Paye e Karaí. O objetivo do trabalho consiste em compreender quais foram estas fronteiras culturais entre os Guarani e os jesuítas nos territórios da província do Tape entre os anos de 1626 a 1638. A metodologia da pesquisa, com base em teóricos que estudam a etnicidade, cultura e territorialidade, consistiu em revisões bibliográficas das produções científicas sobre os Guarani e a análise das Cartas Ânuas da Companhia de Jesus que abrangem a primeira fase das reduções jesuíticas em territórios da província do Tape. A historiografia tradicional por longo tempo reproduziu a concepção de que a Companhia de Jesus adentrou estes territórios e catequizou os indígenas, sem que eles demonstrassem qualquer tipo de reação, descrevendo-os como sujeitos “aculturados”. Entretanto, esta pesquisa constatou, por meio das análises das cartas ânuas dos jesuítas, que os Guarani atuaram nestes processos de contato avaliando em seus próprios termos as possibilidades ou não de se fazerem presentes nos espaços de jurisdição das reduções da Companhia de Jesus. A partir destas análises, pudemos apresentar distintas situações de alianças ou guerras em que se tornaram visíveis as fronteiras culturais entre Guarani e missionários, indígenas quer sejam Guarani ou mesmo Kaingang que aceitaram ou não fazer parte deste projeto.-1CRISTO, Tuani De. Historicidade e fronteiras culturais entre Guarani e Jesuítas em territórios da província do Tape (1626-1638). 2016. Monografia (Graduação em História) – Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 08 jul. 2016. 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Os contatos interétnicos entre os Guarani e os europeus no século XVII ocorreram, por meio de distintas formas, nas mitas, encomiendas, bandeiras, escravidão e principalmente pelas alianças e guerras com os padres das reduções jesuíticas. No século XVII a Companhia de Jesus adentrou os territórios que atualmente configuram o estado do Rio Grande do Sul, onde estabeleceram alianças com algumas parcialidades indígenas, principalmente os Guarani, situação que possibilitou a fundação das reduções cujo intuito dos padres foi “catequizar” os indígenas. Contudo, nem todas as parcialidades Guarani aceitaram realizar estas alianças, por vezes declarando guerra contra as reduções para expulsar os padres de seus territórios, principalmente no que se refere às lideranças espirituais, os Paye e Karaí. O objetivo do trabalho consiste em compreender quais foram estas fronteiras culturais entre os Guarani e os jesuítas nos territórios da província do Tape entre os anos de 1626 a 1638. A metodologia da pesquisa, com base em teóricos que estudam a etnicidade, cultura e territorialidade, consistiu em revisões bibliográficas das produções científicas sobre os Guarani e a análise das Cartas Ânuas da Companhia de Jesus que abrangem a primeira fase das reduções jesuíticas em territórios da província do Tape. A historiografia tradicional por longo tempo reproduziu a concepção de que a Companhia de Jesus adentrou estes territórios e catequizou os indígenas, sem que eles demonstrassem qualquer tipo de reação, descrevendo-os como sujeitos “aculturados”. Entretanto, esta pesquisa constatou, por meio das análises das cartas ânuas dos jesuítas, que os Guarani atuaram nestes processos de contato avaliando em seus próprios termos as possibilidades ou não de se fazerem presentes nos espaços de jurisdição das reduções da Companhia de Jesus. A partir destas análises, pudemos apresentar distintas situações de alianças ou guerras em que se tornaram visíveis as fronteiras culturais entre Guarani e missionários, indígenas quer sejam Guarani ou mesmo Kaingang que aceitaram ou não fazer parte deste projeto. |
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CRISTO, Tuani De. Historicidade e fronteiras culturais entre Guarani e Jesuítas em territórios da província do Tape (1626-1638). 2016. Monografia (Graduação em História) – Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 08 jul. 2016. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/1368. |
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