#VidasQuilombolasImportam: discurso de resistência à necropolítica na gestão da crise do Covid-19
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Calidoscópio (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/23265 |
Resumo: | Este estudo analisa como atores sociais em rede resistiram e reagiram discursivamente ao abandono das comunidades quilombolas pela União na gestão da pandemia do novo coronavírus. Tendo como base os pressupostos da abordagem sociocoginitva dos Estudos Críticos do Discurso (Tomazi e Cabral, 2017; van Dijk, 1980, 2016, 2017a, 2017b), em diálogo com as ciências sociais (Santos, 2020; Mbembe; 2018; Oliveira, 2016) e com propostas teórico-metodológicas que se ocupam de fenômenos inatos ao ambiente digital (Santaella, 2016; Malini e Antoun, 2013; Malini 2020a, 2020b e 2020c; Mintz, 2019; Paveau, 2017), examinamos de que forma as estruturas discursivas como macroproposições, léxico, tópicos discursivos, transitividade verbal, multimodalidade, argumentação e quantificação (jogo dos números), impactadas por estruturas tecnológicas, foram mobilizadas pelo (e no) discurso para a resistência à necropolítica praticada pelo Estado brasileiro. A partir dos exames de postagens realizadas na plataforma Facebook foi possível identificar, por exemplo, que as estruturas discursivas supracitadas atuaram na estratégia de denúncia dos males causados pela necropolítica ao tempo que reforçaram os argumentos em favor da proteção especial aos quilombolas. Ademais, identificamos nas interações estudadas a performatividade como elemento característico desses contradiscursos. Palavras-chave: quilombolas; necropolítica; Estudos Críticos do Discurso. |
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#VidasQuilombolasImportam: discurso de resistência à necropolítica na gestão da crise do Covid-19 Este estudo analisa como atores sociais em rede resistiram e reagiram discursivamente ao abandono das comunidades quilombolas pela União na gestão da pandemia do novo coronavírus. Tendo como base os pressupostos da abordagem sociocoginitva dos Estudos Críticos do Discurso (Tomazi e Cabral, 2017; van Dijk, 1980, 2016, 2017a, 2017b), em diálogo com as ciências sociais (Santos, 2020; Mbembe; 2018; Oliveira, 2016) e com propostas teórico-metodológicas que se ocupam de fenômenos inatos ao ambiente digital (Santaella, 2016; Malini e Antoun, 2013; Malini 2020a, 2020b e 2020c; Mintz, 2019; Paveau, 2017), examinamos de que forma as estruturas discursivas como macroproposições, léxico, tópicos discursivos, transitividade verbal, multimodalidade, argumentação e quantificação (jogo dos números), impactadas por estruturas tecnológicas, foram mobilizadas pelo (e no) discurso para a resistência à necropolítica praticada pelo Estado brasileiro. A partir dos exames de postagens realizadas na plataforma Facebook foi possível identificar, por exemplo, que as estruturas discursivas supracitadas atuaram na estratégia de denúncia dos males causados pela necropolítica ao tempo que reforçaram os argumentos em favor da proteção especial aos quilombolas. Ademais, identificamos nas interações estudadas a performatividade como elemento característico desses contradiscursos. Palavras-chave: quilombolas; necropolítica; Estudos Críticos do Discurso. This study analyzes how social actors in a network resisted and reacted discursively to the abandonment of quilombola communities by the Brasilian Federal Government in managing the new coronavirus pandemic. Based on the assumptions of the socio-cognitive approach of Critical Discourse Studies (Tomazi e Cabral, 2017; van Dijk, 1980, 2016, 2017a, 2017b), in dialogue with the social sciences (Santos, 2020; Mbembe; 2018; Oliveira, 2016) and with theoretical-methodological proposals that study phenomena innate to the digital (Santaella, 2016; Malini e Antoun, 2013; Malini 2020a, 2020b e 2020c; Mintz, 2019; Paveau, 2017), we examine how discursive structures such as macropropositions, lexicon, discursive topics, verbal transitivity, multimodality, argumentation and quantification (numbers game), impacted by technological structures, were mobilized by (and in) the discourse for resistance to necropolitics practiced by the government. The analyzes of postings made on the Facebook platform identify, for example, that these discursive structures acted in the strategy of denouncing the losses caused by the necropolitics while reinforcing the arguments in favor of special protection for quilombolas. Furthermore, in the interactions studied, we identified performativity as a characteristic element of these resistence discourses.Unisinos2021-12-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/2326510.4013/cld.2021.193.06Calidoscópio; Vol. 19 No. 3 (2021): Setembro/Novembro; 372-384Calidoscópio; v. 19 n. 3 (2021): Setembro/Novembro; 372-3842177-6202reponame:Calidoscópio (Online)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:Unisinosporhttps://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/23265/60748837Copyright (c) 2021 Calidoscópioinfo:eu-repo/semantics/openAccessVieira da Silva, GirleyMattedi Tomazi, Micheline2021-12-07T21:15:09Zoai:ojs2.revistas.unisinos.br:article/23265Revistahttps://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopioPUBhttps://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/oaicmira@unisinos.br || cmira@unisinos.br2177-62022177-6202opendoar:2021-12-07T21:15:09Calidoscópio (Online) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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