Delirium em CTI: ansiedade e depressão como possíveis fatores de risco na população idosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hofmeister, Marta Velo
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pfeifer, Paula Moraes, Marques, Samanta Fanfa, Lohmann, Michele Pereira, Ruschel, Patricia Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Contextos Clínicos
Texto Completo: https://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/20961
Resumo: As doenças cardiovasculares, quando agravadas, podem requerer cuidados hospitalares específicos em Centro de Tratamento Intensivo (CTI). As características desta unidade podem potencializar o afastamento do paciente de sua subjetividade, aumentando a vulnerabilidade para desenvolvimento de delirium – uma das síndromes mais comuns no ambiente hospitalar, especialmente na população idosa. Frente a isso, foram avaliados 94 pacientes com idade igual ou superior a 60 anos, a fim de identificar se existe relação entre a ansiedade e depressão no momento da internação em CTI de um hospital cardiológico e o desenvolvimento de delirium nas 48 horas seguintes. Foram utilizadas a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e a Confusional Assessment Method in Intensive Care Unit (CAM-ICU). Foi possível observar uma tendência de que pacientes com sintomas de ansiedade e, principalmente, de depressão têm maior probabilidade de desenvolver delirium. Entre os pacientes com depressão, 18.8% apresentaram delirium e, daqueles sem depressão, 4.2%. Em relação à ansiedade, 11.1% dos que apresentaram ansiedade tiveram também delirium, comparado a 4.1% entre aqueles sem ansiedade. Observa-se a importância de se identificar o impacto de sintomas psicológicos na evolução clínica do paciente, tendo em vista a associação de delirium a desfechos clínicos desfavoráveis.  
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