Dermatite atópica: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/58490 |
Resumo: | A dermatite atópica (DA) caracteriza-se por uma doença cutânea crônica, pruriginosa e inflamatória que ocorre, mais frequentemente, em crianças, apesar de também afetar adultos, a qual afeta significativamente o bem-estar e a qualidade de vida dos portadores. Etiologicamente, sabe-se que a DA é multifatorial e está relacionada com fatores genéticos, ambientais, epigenéticos, hormonais, entre outros. Em virtude da sua variedade etiológica, a epidemiologia é variada e a incidência depende de diversos fatores. Contudo, sabe-se que consiste em uma patologia presente em cerca de 20% das crianças em todo o mundo e possui prevalência de 10% em adultos. A patogênese ainda carece de esclarecimentos, mas está relacionada a defeitos na barreira epidérmica, resposta imune alterada e interrupção do equilíbrio microbiano. As manifestações clínicas decorrentes da DA são muito amplas, sendo o prurido e a pele, caracteristicamente, sensível e seca as mais comuns. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, clínico, baseado na história de evolução e características clínicas das lesões, o que pode ser avaliado por alguns critérios. A análise histopatológica é sugestiva e varia com o estágio agudo ou crônico da lesão biopsiada. Alguns exames complementares podem ser úteis, como o nível sérico de IgE, o qual costuma se apresentar elevado na maioria dos pacientes. O manejo terapêutico é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na qualidade de vida. Inicialmente, vale ressaltar os cuidados gerais, como evitar contato com alérgenos ou rotina de banhos muito quentes. Ademais, pode-se utilizar o tratamento farmacológico, com medicações tópicas ou sistêmicas, nos casos mais graves, sendo que o uso dos emolientes ainda constitui a base do tratamento. Por fim, sendo a DA uma doença multifatorial, o seu tratamento necessita de uma abordagem multidisciplinar, a qual demonstra resultados promissores e eficazes. |
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