Dermatite atópica: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Laís Nogueira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Scheffler, Adrieli Valdira, Rocha, Luciana do Prado, Conte, Anna Maíra Massad, Barbosa, Christina Santos, de Menezes, Emanuele Aluize, Fiorese, Gabriela Sartor, Barcaro, Karenn Parreiras Pires, Schiochet, Maria Paula Agacy, Velucci, Fernanda Vicente
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/58490
Resumo: A dermatite atópica (DA) caracteriza-se por uma doença cutânea crônica, pruriginosa e inflamatória que ocorre, mais frequentemente, em crianças, apesar de também afetar adultos, a qual afeta significativamente o bem-estar e a qualidade de vida dos portadores. Etiologicamente, sabe-se que a DA é multifatorial e está relacionada com fatores genéticos, ambientais, epigenéticos, hormonais, entre outros. Em virtude da sua variedade etiológica, a epidemiologia é variada e a incidência depende de diversos fatores. Contudo, sabe-se que consiste em uma patologia presente em cerca de 20% das crianças em todo o mundo e possui prevalência de 10% em adultos. A patogênese ainda carece de esclarecimentos, mas está relacionada a defeitos na barreira epidérmica, resposta imune alterada e interrupção do equilíbrio microbiano. As manifestações clínicas decorrentes da DA são muito amplas, sendo o prurido e a pele, caracteristicamente, sensível e seca as mais comuns. No que tange ao diagnóstico, este é, frequentemente, clínico, baseado na história de evolução e características clínicas das lesões, o que pode ser avaliado por alguns critérios. A análise histopatológica é sugestiva e varia com o estágio agudo ou crônico da lesão biopsiada. Alguns exames complementares podem ser úteis, como o nível sérico de IgE, o qual costuma se apresentar elevado na maioria dos pacientes. O manejo terapêutico é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na qualidade de vida. Inicialmente, vale ressaltar os cuidados gerais, como evitar contato com alérgenos ou rotina de banhos muito quentes. Ademais, pode-se utilizar o tratamento farmacológico, com medicações tópicas ou sistêmicas, nos casos mais graves, sendo que o uso dos emolientes ainda constitui a base do tratamento. Por fim, sendo a DA uma doença multifatorial, o seu tratamento necessita de uma abordagem multidisciplinar, a qual demonstra resultados promissores e eficazes.
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