Análise comparativa da violência contra mulher no maranhão, no nordeste e entre as regiões do país pré e durante a pandemia do Covid-19 / Comparative analysis of violence against women in maranhão, northeast and between regions of the country pre and during the Covid-19 pandemic

• Autor(a) principal: Costa, Sueli de Souza
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Júnior, Vicente de Paula do Rego, Cunha, Wildon Serejo da
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/46932
• topic: violência contra a mulher; direitos da mulher; relações interpessoais; classificação internacional de doenças.

O Fundo de População das Nações Unidas aponta aumento de aproximadamente 20% nos casos de violência doméstica no mundo no período de isolamento da pandemia de Covid-19 em 2020, reflexo da redução de esforços de prevenção e proteção, serviços sociais e cuidados, e aumento da incidência de violência. Assim, este trabalho objetivou realizar análise comparativa dos casos de violência contra a mulher ocorridos no Maranhão, comparando o período pré-Covid-19 (2017-2018) ao período pandêmico (2019-2020), buscando obter conhecimento da epidemiologia da violência contra mulher. Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo descritivo retrospectivo a partir dos dados disponíveis no Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, do período de 2017-2020. Foram coletados dados referentes a feminicídios, lesão corporal dolosa contra a mulher, estupro, ameaça à mulher e total de ligações ao Ligue 180, no período referido, de todos os estados brasileiros, sendo categorizados posteriormente por regiões geográficas e, por fim, comparado o estado do Maranhão à região Nordeste. Os dados encontrados apontam decréscimo do número de feminicídios e de casos de lesão corporal dolosa, apesar do aumento da proporcionalidade semestral do número de estupros registrados, no Maranhão em 2019-2020, em relação a 2017-2018; havendo oscilação para mais em outros estados do Nordeste e outras regiões do país. Desta forma, nota-se que ainda é necessário que haja uma legislação mais rigorosa quanto à proteção da mulher, bem como melhor direcionamento de políticas públicas, a fim de diminuir gastos desnecessários quanto à Segurança Pública dos estados e quanto ao SUS.